O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, mostrou-se hoje indignado pelo facto de Cabo Verde perder a presidência da CEDEAO para a Costa do Marfim, tendo afirmando que a grande derrotada foi a comunidade.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana reagiu assim, depois de saber que o arquipélago perdeu hoje, para a Costa do Marfim, a presidência da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), durante a Cimeira de Chefes de Estado da organização, que decorre hoje em Abuja, Nigéria.
Segundo o governante, foi uma derrota para a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e não para a diplomacia cabo-verdiana nem para o arquipélago que, sublinhou, é um um Estado de direito democrático”.
Luís Filipe Tavares mostrou-se indignado, uma vez que, tendo em conta o critério de rotatividade alfabética, esta devia ser a vez de Cabo Verde presidir à Comissão da CEDEAO.
“Gostaria de fazer minha as palavras do Presidente da República. Hoje senti um grande orgulho de ser cabo-verdiano, onde o Chefe de Estado e toda a delegação batalhou muito bem para defender os interesses do nosso país, sendo que o direito e os estatutos estavam do nosso lado e todos os procedimentos e regras da CEDEAO foram respeitados por Cabo Verde”, assegurou.
Na ocasião, disse que todos os países estão no processo de negociações uma, vez que todos estão em dívida e que há Estados que tem dívidas muito superiores à de Cabo Verde.
Cabo Verde manifestou a intenção de assumir a presidência rotativa da Comissão da CEDEAO, mas, apesar de estatutariamente ser a sua vez, o facto de o país ter dívidas à organização terá pesado na decisão.
Com Inforpress
O Governo deve ainda explicar por qual razão a candidatura que tinha apoios claros foi abandonada a favor de um desconhecido na CEDEAO. Os parlamentares da CEDEAO e do Parlamento Africano todas fizeram campanha pelo Orlando Dias e, em menos de um mês, os coelhos tiram da cartola o mome de José Luís Livramento. Já tinham sido avisados que era uma candidatura perdida ...
Faz espécie é a insistência do PM e do MNE em expor o Chefe do Estado ao confronto com seus homólogos.
Falta de diplomacia e um erro grave do Ministro.