O Fundo Soberano de Emergência (FSE) de Cabo Verde, criado com um capital inicial de 10 milhões de euros, vai financiar a aquisição de um avião para emergências pela Guarda Costeira, nomeadamente evacuações médicas.
O financiamento da aquisição da aeronave será garantido através de uma proposta de alteração à lei que em 2019 criou o FSE, e que será levada pelo Governo à sessão plenária desta semana na Assembleia Nacional.
Na proposta de alteração, o executivo defende tratar-se de um ajustamento à lei que criou o FSE, para garantir essa operação, já que a aeronave – a única da Guarda Costeira está avariada há vários anos e vai ser vendida em hasta pública - vai atuar no quadro de emergências do arquipélago.
“Portanto, trata-se de uma situação que pode ser qualificada como sendo de emergência eminente e cuja prevenção urge diligenciar, através de uma solução com garantias de viabilidade técnica, operacional, financeira e de sustentabilidade. No essencial, pretende-se complementar a abordagem corretiva, já prevista no diploma que cria o FSE, com uma abordagem preventiva, cuja pertinência e urgência são evidentes”, lê-se na proposta de alteração.
Em concreto, a alteração proposta prevê que aquele Fundo possa financiar “despesas de investimento e de funcionamento no âmbito de operações devidamente estruturadas”, que “concorram de forma objetiva e sustentável para a prevenção e/ou correção de situações de emergência”, sendo elegíveis os projetos que envolvam “evacuações médicas e fiscalização económica e policial das águas territoriais nacionais”.
O Orçamento Retificativo para este ano, aprovado em julho devido à crise provocada pela pandemia de covid-19, conta com uma dotação específica de 600 milhões de escudos (5,5 milhões de euros) para a aquisição de um “avião para emergências” para garantir, nomeadamente, as evacuações médicas entre as ilhas, atualmente feitas por voos comerciais.
“O Governo entendeu, de acordo com os estudos feitos por técnicos e especialistas, em como o custo da manutenção do Dornier 228 [avião que estava ao serviço da Guarda Costeira] é muito mais elevado do que o montante que precisamos para adquirir um avião mais novo e em condições. E mais adaptado para fazer as duas coisas [evacuações e patrulhamento]”, afirmou anteriormente o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.
“A opção que nós temos hoje é de vender o Dornier: Porquê? De acordo com os estudos feitos, para repararmos o Dornier, fazermos a manutenção e garantirmos a operacionalidade, precisamos de pelo menos 4,8 milhões de euros. Com esse montante, nós podemos comprar aviões muito mais novos e em melhores condições de operar nos céus de Cabo Verde”.
O objetivo, sublinhou, passa por investir “para comprar um avião que possa fazer ao mesmo tempo a evacuação sanitária, sem concorrer com as empresas que atuam no setor comercial”, garantindo também a fiscalização da zona económica exclusiva e do espaço aéreo de Cabo Verde.
“Esta é a decisão que foi tomada, de vender o avião Dornier, assim como está, porque não se justifica investir na sua recuperação e manutenção, e comprar novos aparelhos para que possamos vencer o desafio da segurança, e particularmente da segurança sanitária”, concluiu Olavo Correia, que é também ministro das Finanças.
Em causa, para esta nova opção, está o programa de Reforço do Sistema Nacional de Saúde devido aos efeitos da covid-19, que conta com uma dotação de 2.663 milhões de escudos (24,1 milhões de euros), conforme consta do Orçamento Retificativo para 2020.
O documento esclarece que a aquisição de aeronave visa “dar resposta à situação de emergência para além do patrulhamento aéreo, com recurso ao Fundo Soberano de Emergência”, sendo o investimento “alocado às Forças Armadas para efeito de gestão, mediante uma renda anual de aproximadamente 60 a 70 milhões de escudos [540 mil a 630 mil euros]”.
Na proposta de alteração à lei que criou o FSE, o Governo recorda a “inexistência de meios aéreos no país para garantir a execução de importantes funções como as operações da Proteção Civil, a fiscalização económica e policial das águas territoriais e ainda as evacuações médicas domésticas”.
Acrescenta que essa falta de meios resulta “numa lacuna grave e perigosa, por vezes colmatada através de soluções pontuais sem garantias de sustentabilidade”.
“As situações emergenciais vividas pelo país nos últimos anos, felizmente em reduzido número, mas, ainda assim, com consequências muito graves para as populações – designadamente, a erupção vulcânica ocorrida em 2014 na ilha do Fogo e alguns acidentes marítimos – deixaram claro as fragilidades do país em lidar com tal tipo de situações”, assume o Governo, na mesma proposta de alteração que o parlamento deverá votar na sexta-feira.
Com Lusa
A seu ver, houve um claro esforço do jurado para beneficiar a vencedora do concurso. Justifica que foi dada nota máxima a essa concorrente num item e noutros retiram-lhe décimas na pontuação para que pudesse ficar à frente.
“Somos uma empresa cabo-verdiana, apresentamos uma proposta financeira de 13 mil contos – quando o tecto eram 15 milhões de escudos – a nossa equipa técnica era integrada por um arqueólogo-historiador, um topografo com 36 anos de experiencia, 1 engenheiro gráfico, 1 biólogo, 1 guia de montanha formado em ciências sociais e com experiencia nesse tipo de trabalho noutras ilhas e que recebeu um diploma de mérito. Além disso propusemos formar guias em Santiago”, descreve Eduardo Lenine. Este confessa que ficou espantado ao verificar que, apesar da qualidade da proposta que fez, a sua empresa ficou logo chumbada na primeira fase.
Inconformado com a situação, diz, enviou um email ao ministro Carlos Santos a pedir o envio da ficha técnica ou o relatório sobre a empresa vencedora, mas tal foi negado. “Quisemos interpor recurso e informaram-nos que os documentos estariam disponíveis para consulta na cidade da Praia das 10 horas às 10.30 desse dia. Respondi que esse tempo era demasiado curto e sabem que a base da minha empresa é a ilha de Santo Antão. Eu tinha um representante em Santiago, mas o tempo que ele dispunha era muito pouco. Quer dizer, um júri composto por 4 pessoas tem 15 dias para analisar as propostas das empresas e nós temos apenas meia hora para analisar o processo e interpor recurso”, critica Lenine.
Entretanto, prossegue, acabou por ter mais tempo e fazer o protesto. Só que, continua, o Ministério do Turismo remeteu-se ao silêncio absoluto sobre o assunto.
Ciente de que faltou transparência no processo, Eduardo Lenine resolveu denunciar o caso através da comunicação social e assegura que vai dar conhecimento do mesmo a de[censurado]dos da nação. O empresário exige uma explicação do ministro do Turismo sobre esse concurso, pois, para ele, esse governante está a brincar com o dinheiro público.
Lançado em Setembro, o concurso visa o levantamento cartográfico, digital, fotográfico e de sinalização física de uma rota principal pedestre em Santiago, numa extensão norte/sul de 300 quilómetros. E ainda de rotas complementares com ramificações a todos os municípios, integrando a identificação do património histórico, etnográfico e natural, as comunidades existentes e a oferta de serviços, bem como a sua divulgação através de um conjunto de comunidades virtuais especializadas sobre caminhadas (trekking), btt e trail runnin.
Nha boka ka sta la.
C Verde : não se pode dizer nada e fazer nada
Desorientado mesmo !
Por isso chama-se Movimento Caranguejo !!!
Ou então o Movimento Cadá : " nho kumpra midju nho poi na nho tanbor, nho torna vende'l nho bai pa S. Tomé..."
Os tiranos de outrora resolviam doar terrenos a uma certa igreja para a remição dos pecados. Assim está o MPD se comportando