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Jorge Carlos Fonseca

O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, disse esta segunda-feira, 28, que ainda não tem uma “posição definitiva” quanto à data das eleições legislativas e presidenciais do próximo ano, depois de já ter auscultado o Conselho da República, partidos políticos e outras entidades. 

Jorge Carlos Fonseca falava à imprensa, na cidade da Praia, após reunião do Conselho da República, órgão político de consulta do Chefe de Estado, e de anteriormente ter auscultado os partidos políticos com registados no Tribunal Constitucional e outras entidades.

Explicando todos os contornos legais, as hipóteses avançadas por todas essas entidades e os atrasos no processo de recenseamento na diáspora, o Presidente disse que ainda não tem uma “posição definitiva” e que vai “ponderar” e nos próximos dias vai anunciar as dadas.

Relativamente às questões legais, o Presidente da República explicou que teoricamente as legislativas deveriam acontecer entre os dias 21 de março e 20 de maio, respeitando os 30 dias antes ou 30 dias depois da data da posse do atual Governo, a 22 de abril de 2016.

Quanto às presidenciais, tanto a primeira como eventual segunda volta, devem ocorrer entre 45 dias e 25 dias anterior ao termo de mandato do atual Presidente, que é a 20 de outubro de 2021, tendo por isso como balizas entre 10 e 25 de setembro.

“Se for só isto eu não teria problemas. Era só ouvir e ver a data mais adequada”, salientou Jorge Carlos Fonseca, adiantando que vai levar em conta outros fatores, nomeadamente os atrasos no processo de recenseamento na diáspora e dificuldades de ordem logística, motivados pela pandemia da covid-19.

O Presidente reafirmou igualmente que não quer prolongar o seu mandado além de 20 de outubro, embora a Constituição da República dá essa possibilidade, mas por razões ponderosas, neste casos legislativas anteriores, e pelo “tempo que for necessário”.

“Ouvi argumento de uns e de outros, todos eles ponderosos. À partida ia à reunião com algumas ideias quanto a datas e neste momento entendo que devo, num curto prazo, ponderar tudo e marcar as datas, procurando cumprir regras constitucionais e legais sobre a matéria”, explicou.

O chefe de Estado cabo-verdiano sublinhou ainda que não há nenhuma data que permitir cumprir todos das exigências, tanto legais como outras, mas garantiu que vai tomar uma posição “legal e ajustada” à situação pandémica que o país vive.

O político disse que tinha ideia de fazer o anúncio ao país antes do final deste ano, mas legalmente tem até pelo menos 10 de janeiro, e que vai marcar a data das duas eleições no mesmo dia.

As últimas eleições legislativas em Cabo Verde aconteceram em 20 de março de 2016 e as presidenciais realizaram-se em 02 de outubro de 2016, reelegendo à primeira volta, com 74% dos votos, Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo e último mandato.

Em 25 de outubro, o país realizou as suas oitavas eleições municipais, que são convocadas pelo Governo, mancando o início do ciclo eleitoral em Cabo Verde, que se prolonga até 2021.

O Conselho da República é um órgão político de consulta do Presidente da República, que o preside, sendo composto ainda pelo presidente da Assembleia Nacional, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, Provedor de Justiça, presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental, antigos presidentes da República e cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado.

Com Lusa

Comentários  

0 # BALAM BALAM 30-12-2020 20:00
Frouxo é favor, António Pereira. Muito mais que isso: malabarista, inconquente e traidor a si próprio, portanto um incongruente e altamente cínico. Basta lembrar que o hipócrita se recusou a nomeara Mário Matos com argumentos de tabaria e veio nomear anos mais tarde sete embaixadores políticos, incluindo um criminoso com processo já acusado pelo MP. Um democrata da treta com conversa de chacha. Além de dar cobertura às aldrabices com injustificadas condecorações. O pior presidente CV de sempre. Enoja-me ver a figura de polichileno que aí está e ao papel de baixo chefe de estado que ele se presta a fazer. Espero não ter um presidente tão mesquinho e rancoroso e ao serviço da pior política possível. Saia de cena e vá vender livros na Feira da Ladra que ilhe fica melhor. CV está farto dos seus dribles e fingimentos.
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 30-12-2020 19:59
Caro António Pereira, estas do Zona, sinceramente, eu não sabia. Sim, de facto, o homem é muito inteligente. Como poeta, adoro- o. Aliás, ele e mano mais velho, Mário Fonseca, são uns dos meus poetas predilectos. Agora, como Presidente da República, o nosso Zona não vale nada. Preferiria mil vezes o Comandante Pedro Pires ou o Jurista António Mascarenhas Monteiro. O Zona não leva o cargo predidencial a sério. Ele bate record como único presidente, no mundo, que, em dois mandatos, mais festas e paródias tem feito e ainda consegue ter tempo de escrever cerca de 12 (doze) livros, entre romances, poesias, crónicas e ensaios. Isto são mesmo obras, AS OBRAS DO NOSSO ZONA. Cumprimentos, ó Pereira.
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0 # António Pereira 30-12-2020 13:37
O Zona foi sempre "bluff" e continua sendo "bluff"; eu lembro-me do Jorginho, no Liceu Adriano Moreira; um excelente memorizador=decorador das lições constantes dos livros acadêmicos; um viciado jogador às bolas de berlinde; sem jeito de jogar às bolas de futebol, por isso restava-lhe ir à baliza( um mau guarda redes); não tinha namorada, e com pouco jeito em saber tê-la; levou essa falta de jeito até para Portugal, como estudante universitário.Em Portugal, teve procedimentos anedoticos, como sendo: nas festas, fingir-se embriagado para se justificar deitar-se a trás das meninas, quando estas cansadas, se recolhiam um pouco para o descanso. Lá ia o Zona meter-se, no meio delas, "embriagado". Zona mostrou-se sempre como aluno de boas notas escolares(aluno brilhante), aproveitando muito a utilização das suas capacidades de memorizar. Zona tem dificuldade em se afirmar como homem-caboverdiano-forte ki ka ta troka fla ku fazi. Não. Zona é frouxo, inseguro, ...
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+2 # SÓCRATES DE SANTIAGO 29-12-2020 13:03
Francamente, este Senhor anda a brincar às eleições. Certamente, anda a pensar que tudo é surrealista como nos poemas dele. Caramba, pá! Não sabe o senhor poeta presidente que as eleições em Cabo Verde devem ser marcadas, obedecendo à Constituição da República e ao Código Eleitoral?! Acorde, Jorge! Acorde, Carlos! Acorde, Fonseca. Ao que parece, a nossa Primeira Dama, sua esposa, anda muito mais ciente do que o Senhor. Foi a declaração da Dra Lígia Fonseca que provocou a demissão da Ministra da Educação Maritza Rosabal. Acorde, Zona! Não escreva apenas poemas surrealistas. Aja. O País precisa de o ouvir, urgentemente, urgentemente. Salve o nosso País, antes que seja tarde demais. Tarde de mais.
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+3 # Luis camoes 29-12-2020 07:04
A data mais esticado para as eleições sao: presidências 19 setembro e legislativas 14 de março a conta é simples de fazer, mas o presidente esto a ser pressionado pelo ulisses para empurrar a eleição legislativas para o mês de maio para ter tempo de manipular os eleitores com propaganda e marketing, isso é que da quando temos um presidente frouxo e sem base de apoio
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