O Presidente da República revelou hoje que Cabo Verde é o país com mais dívidas na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), mas garantiu que o país já comprometeu-se a pagar uma parte das mesmas até a próxima cimeira dos chefes dos Estados e dos Governos que acontece em Dezembro. Se não pagar não poderá participar nas eleições para presidir a Comissão da comunidade.
Num encontro/almoço com os jornalistas, na cidade da Praia, para assinalar um ano do seu segundo mandato, Jorge Carlos Fonseca respondeu várias questões aos jornalistas, entre os quais o do cargo do presidente da Comissão da CEDEAO, que já tem a vontade expressa do deputado nacional e vice-presidente do Parlamento da CEDEAO, Orlando Dias e do comissário da CEDEAO para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Isaías Barreto.
O Presidente da República explicou que para que o Estado de Cabo Verde indique um nome para ocupar o cargo do presidente da Comissão da CEDEAO, terá que ser eleito presidente da Comunidade. Entretanto, para tal, terá que saldar as dívidas que vem acumulando ao longos dos anos.
“Cabo Verde vai resolver o problema das cotas e não é segredo para ninguém que Cabo Verde é o país com mais dívidas na CEDEAO, mas já nos comprometemos em pagar uma parte das dividas até a próxima cimeira em Dezembro”, esclareceu Jorge Carlos Fonseca.
Em relação ao perfil do presidente da Comissão e sem indicar o nome da pessoa que pensa ser ideal para ocupar o cargo, ele considerou que deve ser uma pessoa com experiência política forte e que, no entanto, tiver experiência governativa e conhecer bem a CEDEAO, é uma mais-valia, porque é uma figura “muito importante” e uma espécie do “primeiro-ministro da CEDEAO”.
Jorge Carlos Fonseca esclareceu que, neste momento, não está totalmente assegurado que o cargo do presidente da CEDEAO será de Cabo Verde, mas que o país já manifestou a sua intenção de sê-lo, já que se não o fizer agora, terá outra oportunidade só daqui a 18 ou 20 anos.
Neste sentido, o Chefe do Estado já teve a oportunidade de redigir uma missiva ao presidente da CEDEAO manifestando a pretensão de Cabo Verde em ocupar o cargo da presidência.
No mesmo encontro com os jornalistas, Jorge Caros Fonseca, anunciou que vai patrocinar a realização, em Janeiro de 2018, de um fórum sobre a regionalização, que deverá contar com a participação de políticos e especialistas nacionais e estrangeiros.
Que triste figura oh PR!
Sobre essa questão das quotas sugiro que leiam o post do ex PM JMN, que partilho aqui com a devida vénia: " Sobre as Quotas
A quotização aos organismos internacionais a que pertence Cabo Verde tem sido uma grande dor de cabeça, desde a Independência. Sempre estivemos confrontados com uma dramática escassez de recursos. Em 1991, Arnaldo Silva, então Secretário de Estado Adjunto do PM e Porta-Voz do Governo, dissera, à saída de uma reunião do Conselho de Ministros, a propósito de quotas em atraso, que o Estado de Cabo Verde era o mais caloteiro do mundo.
Em 2001, quando assumi o Governo, as dívidas também eram avultadíssimas. Fomos gerindo a situação, pagando aqui e ali, conforme as necessidades de presença ou de participação numa Cimeira ou votação.
Vem de novo à baila a questão das quotas, com o Presidente da República a anunciar que Cabo Verde é o país mais devedor da CEDEAO. Os cabo-verdianos são também os que relativamente mais pagam, já porque todos pagamos uma sobretaxa de 5%, se não me falha a memória, sobre as importações, já porque, na Comunidade, somos o país que mais importa, quase tudo! De aí também as nossas especificidades e acrescidas dificuldades no quadro da Tarifa Aduaneira Comum.
Trata-se, pois, de uma questão estrutural.
Todos os órgãos de soberania, todos os partidos políticos, os cidadãos e a sociedade civil devem procurar discutir, com razoabilidade e inteligência, os custos de representação externa e de participação nos organismos internacionais, sem por em causa as nossas relações externas, recurso estratégico de desenvolvimento. Aliás, os pequenos estados insulares dos Caraíbas e Pacifico têm procurado soluções inovadoras e eficazes, partilhando recursos e soluções."
Ia-me esquecendo o ora PR JCF foi Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1991, no governo do Carlos Veiga, que queriam que Cabo Verde saísse da CEDEAO!
Pimba!
FACTO!
Agora tirem as vossas conclusões sobre a verticalidade (?) política desse homem, que teve como director de gabinete nessa década de 90, o Cânfora, o da RCV!
E agora como PR tem como sombra o psiquiatra Manuel Faustino!
ahahhahahahahaha
Digo mais nada.
Só "oleo" e relembro a história.