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 Eurico Monteiro

O embaixador de Cabo Verde em Lisboa, país que preside à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse esta quinta-feira, 29, que o projeto de mobilidade só será aprovado no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros em julho de 2021.

"O próximo Conselho de Ministros de Negócios Estrangeiros, que se realizará de forma virtual a 09 de dezembro, apreciará um projeto de resolução, não o projeto final sobre mobilidade", afirmou Eurico Monteiro, em declarações à Lusa por telefone, após uma reunião do comité de concertação permanente da CPLP (dos embaixadores dos Estados-membros), que esta quinta-feira decorreu de forma virtual.

Segundo o diplomata, o documento final da mobilidade só deverá, assim, "ser discutido na reunião de Conselho de Ministros que antecederá a próxima Cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP", agendada para julho de 2021, em Luanda.

A proposta de resolução, que agora irá à próxima reunião de ministros de Negócios Estrangeiros, "é a que resulta do trabalho das comissões técnicas, que terminou em janeiro deste ano, e que deve ter o aval político, mas ainda não será o documento final", sublinhou.

“Não há um voltar atrás, o que foi feito até agora está feito", mas "há alguns detalhes ainda por acertar" entre os Estados-membros sobre a mobilidade, nomeadamente no que respeita "a taxas e emolumentos a cobrar pelo título de mobilidade", explicou Eurico Monteiro.

Deste modo, o Conselho de Ministros de 09 de dezembro não será uma reunião extraordinária para aprovação do projeto da mobilidade, como previsto inicialmente, dado que a pandemia de covid-19 tinha impedido a sua realização em abril ou maio, como chegou a ser previsto, mas será uma reunião ordinária com 10 assuntos em agenda que estiveram hoje a ser debatidos pelos embaixadores.

Além do projeto de resolução da mobilidade, o próximo Conselho de Ministros de Negócios Estrangeiros deverá, assim, apreciar e aprovar o Orçamento da CPLP e do IILP - Instituto Internacional da Língua Portuguesa, e um acordo de cooperação entre os Estados-membros em situações de emergência.

Na agenda contarão ainda o acordo sede da CPLP com Portugal, o novo projeto de apoio à integração da Guiné Equatorial como Estado-membro da organização, uma auditoria à CPLP e outra ao IILP e ainda os relatórios anuais do secretariado executivo da CPLP e também do IILP, adiantou Eurico Monteiro.

A CPLP tem como Estados-membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste.

Com Lusa

 

Comentários  

+3 # Alécio Romão 02-11-2020 14:14
Um disparate de todo o tamanho! O que o Governo de CABO VERDE devia, era promover a igualdade de oportunidades e as condições para que as pessoas se esquecessem dessa "saudade de onde não foram" e começassem a produzir riqueza em nosso próprio país, ao invés dessa lenga-lenga de "acordo de mobilidade" que sabemos, não passsa de uma grande e demagógica palhaçada, que vai sendo protelada e adiada "sine die" pra manter os cabo-verdeanos alienados de sua própria realidade, enquanto os que lá estão estão a braços com aitudes e comportamentos racistas e descriminadas, e com uma segurança cada vez mais precária, a todo o nível, sem que haja grande mudanças por parte do Estado que os acolhe. Até que ponto este Governo irá continuar a querer "tapar o sol com uma peneira?. O povo cabo-verdeano já não vai mais, como carneiros desgovernados, a reboque de vossas mentiras de campanha! Vai-se libertando, a pouco e pouco, do partidarismo cego e vendo quem faz e quem não, decidindo em função disso, daqui pra frente! Então, aos vencedores das últimas e das próximas eleições, fica já o aviso!
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+2 # Manuel Torres 30-10-2020 14:36
O embaixador de Cabo Verde em lisboa Dr. Eurico Monteiro, já lavou as suas mãos.
Ele já sabe perfeitamente, que em 2021 , não estará ali
Isso é conversa , para o boi dormir.
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+1 # Martinho 30-10-2020 14:25
Se abrido porta ta fica só governo , directores cu de(censurados)[censurado]do. O povo ca sta.
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+2 # Jóia 30-10-2020 07:43
Simplesmente conversa para boi dormir. Boi neste caso somos nós os cabo-verdianos que gostam de ouvir esses contos de carochinha. Até parece um disco riscado.
Está claro que a UE anão vai rectificar o acordo.
Daqui a alguns meses aparece também um ou outro dos comparsas da CPLP com uma cantiga semelhante e neste meio tempo já estaremos esquecidos da não cumprida ratificação por parte da UE.
E a palhaçada continua. Apenas os actores e os discursos mudam de tom e conteúdo.
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+2 # CASIMIRO CENTEIO 30-10-2020 04:06
-Há dias um sócio perguntou-me se eu sabia que significa "MORTO -VIVO ". Bem, com receio de sair-lhe em desencontro com o seu raciocínio preconcebido, disse-lhe que não sei, ao que me respondeu : " Morto- Vivo " significa ser humano sem alma que voltou à vida depois de morto, ou então, pessoa que está ou parece estar próxima da morte !

Tchau !
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+7 # SARAPIÃO OLIVEIRA 29-10-2020 23:23
Sa ta podo visto pa inferno, mas só pa dirigentes di mpd. Embaixada di inferno começa funsiona dia 25 de Outubro.
Óscar Santos dja bai desde segunda-fera.
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+2 # Colundjul51net@hotm 29-10-2020 22:55
Sr Embaixador politico...... bateu e feio em muita gente em 75.... o homem q disse strada ka ta kumi......... foi corrido do mpd.por CVeiga.... criou o seu proprio partido...... tempos depois volta às tetas do .mpd........
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+5 # TI LOBO 29-10-2020 22:45
SIM!
Em período de campanha eleitoral, haverá de tudo e mais alguma coisa.
Daqui a nada é o JLL quem vem dizer também de que, os cabo-verdianos já não precisarão de vistos para entrar nos Estados Unidos da América.
Povo dja sperta y nhôs sta cada bés mas burros.
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+2 # Maria Fortes 29-10-2020 20:45
Creio ser o Ex-Embaixador da União Europeia, Senhor Jose Manuel Pinto Teixeira o único ou pelo menos um dos poucos políticos que tem abordado com seriedade e realismo esta matéria de vistos. A maioria tem aproveitando desta permanente ansiedade do cabo-verdiano -querer partir e têr de ficar- fazendo-lhes promessas que sabem de antemão que nunca serão realizadas.Tal comportamento não passa de burla classificada de muitos políticos tanto nacionais como estrangeiros e ao alto nível.
A seguir um extracto da entrevista concedida pelo Ex-Embaixador da União Europas, senhor José Manuel Pinto Teixeira ao jornal Expresso das Ilhas no. 823.
[porque ninguém emigra só pelo gosto de emigrar, quem está na sua terra e tem oportunidades, não emigra – o que aconteceria? Quantos não sairiam do país? E quem viria para suprir essa necessidade do mercado? Para evoluir na mobilidade – e como está escrito no comunicado conjunto: “disponibilidade para avaliar novas perspectivas de facilidade”, ora depois da facilitação só há a liberalização – é preciso criar as condições. Além disso, terá de haver a segurança documental e de fronteiras ou Cabo Verde arrisca-se a transformar- se numa plataforma de reciclagem, as pessoas vêm, têm facilidade de obter um passaporte cabo-verdiano, ou fazem um casamento de conveniência, tudo isso é preciso estar enquadrado]
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