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sao domingos

A lista do MpD para a Assembleia Municipal de São Domingos, nas eleições autárquicas do próximo dia 25, tem apenas 38% de mulheres, o que viola a lei da Paridade que obriga a uma participação política mínima de 40% de cada um dos sexos. O ICIEG já nesta tarde de sexta-feira denunciou o caso junto do Tribunal Constitucional. As candidaturas adversárias de Clemente Garcia prometem reagir, cada uma à sua maneira, na manhã este sábado, 10.

Um suplemento do jornal A Nação desta sexta-feira, 9, que apresenta todas as candidaturas autárquicas na região política de Santiago Sul (Praia, São Domingos e Ribeira Grande) forneceu um dado subtil, que quase passava despercebido: a candidatura do MpD em São Domingos não cumpriu a Lei da Paridade (lei nº 68/IX/2019), que no seu artigo 4º exige a participação mínima de 40% de ambos os sexos nas listas concorrentes.

Ora, se para a Câmara Municipal o MpD concorre com uma lista composta por 42,8% de pessoas do sexo feminino, já para a Assembleia Municipal, a crer nos números do A Nação, a quantidade de mulheres chamadas a ter participação política fica pelos 38,7%, quantidae que viola a Lei da Paridade. Ou seja, dos 17 cadidatos a deputados efectivos apenas seis, na lista do MpD, são do sexo feminino. E mesmo entre os 14 nomes escolhidos como suplentes, as mulheres não chegam a metade - seis, também.

Atento, o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade do Género reagiu de pronto denunciando o caso junto do Tribunal Constitucional. Na queixa, que Santiago Magazine teve acesso, o ICIEG diz ter registado "com preocupação o facto de listas que não respeitaram o artigo 4º da Lei da Paridade (referente à representação paritária) terem sido admitidas pelos Tribunais".

Vale destacar aqui que o plural utilizado pelo ICIEG resulta do facto de também as candidaturas dos pequenos grupos independentes da Praia - o L.U.T.A., encabeçado pelo músico Romeu de Lurdes, e o movimento "Dja Sta Bom (DSB), liderado por Denise Pina Tavares - também terem ficado longe dos 40% de mulheres nas suas fileiras.

"Recordamos que segundo o artigo 5º da Lei da Paridade, a violação e não aplicação da consequência legal, implica a notificação para correcção das listas e, caso a correcção não seja efectuada, a lista deverá ser rejeitada pelo tribunal competente, segundo o artigo 6º", lê-se na missiva assinada pela presidente do ICIEG, Rosana Almeida, que diz aguardarem, "ansiosos, pelo pronunciamento" do Tribunal Constitucional.

Até este momento, nem a Comissão de Seguimento da Lei da Paridade, nem a Rede das Mulheres Parlamentares, ambas, curiosamente, presididas pela deputada Lúcia Passos, se pronunciaram sobre este caso.

Junto da candidatura do PAICV em São Domingos, encabeçada por Isaias Varela, Santiago Magazine ficou a saber que o seu gabinete juridico estuda a possibilidade de avançar também com um pedido de impugnação, mas prometem um procnunciamento oficial nas próximas horas.

Milton Paiva, da Plataforma "AmiÉSanDomingus", também adiou para as primeiras horas de sábado, 10, uma comunicação à imprensa sobre este assunto, mas não descortina se pretende accionar ou não o Tribunal Constitucional.

Contactado por Santiago Magazine, Clemente Garcia, que encabeça a lista do MpD à CM para a sua própria sucessão, disse estranhar esses dados agora vindos à tona, simplesmente porque, garante, o processo seguiu todos os requisitos legais exigidos, pelo que não vê razão para qualquer pedido de impugnação. "Nós respeitámos sim a lei da Paridade. Só isso que tenho a dizer. Até quanto sei, aliás, cumprimos os 40% exigidos, tanto é que fomos aceites pelo tribunal. Portanto, não tenho mais o que dizer", reagiu Clemente Garcia, reiterando, com firmeza, o cumprimento da Lei da Paridade por parte da sua candidatura.

A Lei da Paridade (lei nº 68/IX/2019) visa a prevenção de condutas discriminatórias e promove a igualdade de género. Foi aprovada a 31 de Outubro de 2019, no Parlamento. O diploma diz que é obrigatória uma representação política de, no mínimo, 40% de cada um dos sexos, nas listas de candidatura dos órgãos colegiais do poder político.

Comentários  

0 # 13-10-2020 16:01
Sta tudo dodo Cecilia Txom Bom . Nome inventado pa rapaz de MPD pa podi fala n costa. MAS FEITIÇO dja sta ta Bira contra feiticeiro . Propi kel cínico ki sta na lista nova sera ki inventa Cecilia Txom Bom . Dja da ki spia. Agora si Nova Era la ganha na Tarrafal proplema na CV.
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0 # Cecilia Tchom Bom 13-10-2020 12:17
O José furtado depois de ser corrido do Quercus, resolveu deixar o PAICV, militando no MPD com o cartão nº 41775, apenas para apoiar o Presidente Paulo Ferreira (delegado dos TACV em Senegal que está em busca do novo emprego devido a decadência dos TACV, resolveu integrar a lista a todo o custo ) é o 3º da lista do MPD para Tarrafal. o José Furtado (TXARAPE) o lambe botas de sempre, para poder reaver o lugar no ambiente Quercus e possivelmente algum taxo no ARE resolveu entrar na tamanha baixaria e ser levado pelo DUCA (PAULO FERREIRA) ao partido Ventoinha . Depois da Vitória ou derrota do MPD o José (Tcharape) Furtado, será de novo a marioneta da cidade "Tarapraia" ou seja continua a toa com pontapé no rábo. Vai Palhaço Cubaia de Duca. Homi ka ta rebaxa si nau mos...
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0 # TONY 13-10-2020 10:23
KAU dja maria na Cidade Velha leiam o POST DO SR :Manuel Pina
20 h ·
"Enquanto nu sta na confinamento entre vida e morte ta luta contra Covid 19, candidatos de MpD na RGS covardemente e de forma vil tem estado ta ataca Nha pessoa cu falsidade, calúnia e difamação. Ses objetivo ca é ganha eleições, mas sim tenta distrui imagem de maior ativo de sempre de MpD na RGS. Mas tiro sa ta saís pa culatra Manuel Pina é imbatível. Deus é grande."
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0 # realidade 10-10-2020 15:59
Eu acho que o legislador exagerou quando fixou na lei a quota de 40%.
Penso que 1 mulher por cada 2 homens (33,3%) era mais do que adequado, tendo em conta a nossa realidade no que diz respeito à participação da mulher na política e particularmente em cargos, até agora.

Até porque não faz sentido uma determinada candidatura ter dificuldade em formar uma boa lista, por ter que incluir mulheres na proporção 40/100, nos concelhos onde não haja tantas mulheres para preencher esse "capricho" legal, como suponho não as haver, em muitos municipios.
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+2 # A constituição sou e 10-10-2020 14:59
Se a propria lei da paridade é inconstitucional como é que podem reclamar de alguma coisa. A CRCV prevé a liberdade de acesso aos cargos e esta lei cria discriminação e não o merito. Por isso o tribunal constitucional deve declarar esta lei de paridade inconstitucional.
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0 # Alécio Romão 10-10-2020 13:32
A Lei da Paridade (lei nº 68/IX/2019) visa a prevenção de condutas discriminatórias e promove a igualdade de género. Foi aprovada a 31 de Outubro de 2019, no Parlamento. O diploma diz que é obrigatória uma representação política de, no mínimo, 40% de cada um dos sexos, nas listas de candidatura dos órgãos colegiais do poder político."

Se fizermos bem as contas o total dos órgãos colegiais, segundo aquela Lei, perfaz 80% dos órgãos colegiais! (40% de cada um dos sexos) E os restantes 20%? Talvez se os ofereça á classe "LGBT?

Talvez deva aquela lei ser corrigida para "40% de qualquer um dos sexos, relativamente ao total representado? e não "de cada uma das partes?

Quem sabe, por fim, se não estou eu a dar muita importância a Camões e sua língua! (Até porque zarolho e morto, não creio que ele se importe a esta altura com isso).
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0 # Alécio Romão 10-10-2020 13:23
Neste quesito a culpa é das mulheres! Devem é parir menos homens e mais mulheres! Ou os homens andam a "manejar a coisa de maneira errada?" Propositadamente talvez, só por interesse?
Ou seria das estatísticas? ou quem sabe do sistema educativo, que produz menos profissionais mulheres do que o necessário pelo mercado? Os partidos políticos que deixem de beber café e lançar livros, e usem esse dinheiro para criar prémios em dinheiro para atrair mulheres para a política, em vez de esperar que elas mesmos se subscrevam como membras dos partidos (ou seria membros? Agora estou confuso, q'este português nosso, como nossa constituição, é cheia de armadilhas). Talvez devamos escolher mais mulheres e incitá-las mais para a política. Quem sabe, para gáudio do ICIEG (e das vendedeiras, igualmente) tenhamos como candidata (ou Presidente) uma mulher, de preferência vendedeira! Seria os píncaros da glória e demostraria bem o paraíso democrático a que chegamos! Será que haveria alguma queixa se poerventura só houvesse em sua equipa 38% de homens? Bem, como todo o respeito pelas vendedeiras (minha avó era uma) creio que se consegue descortinar bem o ridículo da coisa! Vamos passar a vida a atrasar processos e a admitir intruções e intromissões em algo que deverá ser resolvido pela própria natureza das circusntâncias! Espero que ninguém se lembre de estender certos direitos também aos doentes mentais (que andam por aí, esfarrapados, invadindo restaurantes, cafés e empresas, sem que ninguém se rale com isso, sobretudo os que por direito ou obrigação, deveriam fazer alguma coisa! Se faltar uma candidata, proponho a minha mãe! Que aí sim eu seria, verdadeiramente um filho da pátria! (Ou seria neto? Dúvidas outra vez..)
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0 # Manuel Miranda 10-10-2020 11:03
Esta lei é boa, mas, como sabem, não existe nenhuma lei perfeita. Não existe, nunca.
Portanto , levar esta em cumprimento de 100% é um absurdo, sobretudo em Cabo Verde. Porém, esta observação pela Paridade e levada a risca pela ICIEG, é só para o inglês ver. Nada mas. Quando o TC, vai pronunciar os possíveis eleitos já estão no pódio a festejarem.
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0 # Clemente Carnero 10-10-2020 10:31
Clemente ka ta reia nou! El ka ta assumi me fadja! Keli é ka, visto kes ta da xansi di muda. Ago ben purfia me kumpri, dja ta fikal feiu! Sabi mo ka bon di kontas. Si dja fladu, ma nhos ka kumpri certifika antis pronunsia sobre assuntu! Fika na Payaya bu tapanha mau... Casmurro, lider ka debi ser si! Obi i analiza é virtude. Abo ku diploma ki tantu bu ta bazofia po ta agi pa impulso?? Pelo amor?? Algen ki ta bazofia sis diploma ka digno des.
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0 # Osvaldo Lima 10-10-2020 02:24
que [censurado] é essa de paridade obrigatória ??? e se não houver fêmeas a altura do cargo ? deixem-se dessas tretas de bullshit !!!
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0 # Filomeno Rodrigues 09-10-2020 21:34
São Domingos Dja muda Dja. Queriam impugnar a candidatura de Milton e o feitiço virou contra o feiticeiro.E agora ? Sentar á mesa em nome de S. Domingos .
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0 # Alécio Romão 10-10-2020 14:01
Ora ki ta faládu di Bazofaria di Clemente, ê pa ka lembra di Bazofaria di Milton Paiva! Si Clemente ê bazófu, Milton PAIVA ê BAZOFARIA! Um jovem virtuoso, sem dúvida, más ki sta midi tudo kuza pa sê palminho di mô, trisontónti ke nâci. Na si megalomania, ê odja pa si pretençon di vira Presidente da República nada ka ta dal, ku tudo sis discurso di "Tubarons" i "Dinossauros" ê transfiril "estrategicamente" pa CMSD. "Si mar ka da, lago ta dâ"! Úndi dâ ki Panha! Falso Humildade kê tem. Más Clemente, ê bom pê abri ôdju! Dja tempo kê ta flado pê toma kudado ku certos "ratinhos di Adega" ki ta gravitaba na si roda, sima certo aequiteto armado em bonzinho, kê muto amiguinho di si oponente di campanha i ta sta si trás moda catxorrinho, foi de[censurado]do municipal, ku Fránky ta pagal tudo mês más ta passaba vida ta pâssia i nem ka t'odjádo. ki aliás ki tudo alguên dja sâbi di ses manha. (Purgunta kel arquiteto lâ s'ê paga dívida ke tinha na Novo Banco ántis di fitxa, ora ki ta fladu ma kel Banco lâ sírbi sô pa pista PAICV dinhéro) Kel ki CLEMENTE tem di Ingenuidade i di simplicidáde, já PAIVA tem el di sobra em Argúcia i Maquiavelismo! Certamente keli kê kez 2 caraterística ki más nu ta atxa na maiores políticos caboverdiáno! Má, nhos acredita, ku tudo competência i capacidáde di realizaçon k'ês pôdi tên, sem dúvida, Filantropia i Sentido di Misson, infelizmenti, ê kâ ses fórti! I ses objetívu pôdi ser tudo, menos "Trabadja pa povo". Aliás. Basta nu djôbi kántu d'ez ki sai rico, i kántu ki povo inda, ta continua kada bez más póbri!
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+1 # disgrasiadus 09-10-2020 21:27
Vota PAICV e txau
Pa muda rumo ki nos terra tem tomadu ku kel governo incompitente i korruptu di mpd
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