Investigação da revista Visão, de Portugal, descobre um mega-esquema de financiamento eleitoral do PSD através da agência de comunicação Webrand, e que também tem como clientes, o PAICV, a TACV, e a candidatura presidencial de Manuel Inocêncio, em 2011.
Durante três anos, a revista Visão andou a investigar os passos da uma empresa de publicidade, a Webrand, e o seu envolvimento com partidos políticos e tráfico de influência. O resultado foi um trabalho de 21 páginas, nas quais a prestigiada revista dá conta de todas as ramificações envolvendo políticos, autarquias, empresas municipais e outros organismos públicos em Portugal, de cujas influências e contratos a Webrand beneficiou para alegadamente ocultar financiamentos proibidos por lei a campanhas eleitorais e cometer outras acções fraudulentas.
E, como escreve a publicação, “nesse ‘pântano’ do financiamento de campanhas eleitorais e dos concursos públicos viciados, com recurso a tráfico de influências políticas, empresas de fachada, negócios simulados e faturação falsa, entre outras ilegalidades”, surge, por entre milhares de documentos, o nome do PAICV e da transportadora aérea TACV como clientes.
Para isso, escreve a Visão, aquela agência de publicidade confiou ao engenheiro cabo-verdiano João Luis Wanhnon Morais, dono de uma empresa de import-export em Portugal (a MXW), parte dos negócios em África. João Morais é referido na reportagem como amigo pessoal de várias personalidades politicas como Lopo Nascimento, do MPLA, ou Adão Rocha, antigo ministro da Energia e ex-conselheiro de José Maria Neves, no anterior Governo., e de Manuel Inocêncio Sousa, ex-ministro das Infra-estruturas e ex-vicee presodente do PAICV.
A publicação portuguesa, citando vários documentos, diz que o negócio com a candidatura de Manuel Inocêncio Sousa para as presidenciais de 2011, “que era suspeito de usar uma empresa da qual fora sócio para executar obras públicas por ele decididas”, foi dos mais chorudos para a Webrand. “A facturação oficial da campanha à Webrand terá ultrapassado os 68 mil euros, mas os dados da Visão apontam para verbas superiores. Em 2013 a candidatura ainda devia à agência mais de 34 mil euros”, realça a revista.
“Eduardo Monteiro (ex-secretário geral e director de campanha de Manuel Inocêncio) e Zenaida Leite (ex-administradora dos Correios e ex-presidente da Escola de Negócios e Governação) foram outras ligações ao PAICV e à candidatura de Inocêncio. Na cidade da Praia, a agência tinha também o seu agente: Adalberto Costa, vulgo Minito. Por 700 euros por mês, franqueava a entrada em ministérios e organismos públicos. Com a TACV, a Webrand terá contratualizado serviços de quase 30 mil euros, embora o valor não tenha sido liquidado na totalidade. Em 2013, último balancete conhecido, a conta do PAICV na agência atingia os 36 mil euros, quatro mil dos quais por pagar”, aponta a revista.
“Em Portugal, João Morais foi gerindo os contactos com os responsáveis da conta da candidatura de Inocêncio na Caixa Geral de Depósitos: Joaquim Neves (primeiro secretário do sector do PAICV em Lisboa) e José Manuel Inocêncio (irmão do candidato). O ‘consultor’ enviava material de campanha para a Europa via Mário matos, ex-ministro e ex-secretário geral do PAICV, e Antão Lopes Freitas, figura da diáspora cabo-verdiana no Luxemburgo. Para não levantar suspeitas, João Morais chegou a recolher, numa pastelaria na Avenida Cidade de Luanda, em Lisboa, onde ficava seu escritório, quatro volumes, de 25 quilos cada, contendo cartazes de Manuel Inocêncio”, denuncia a revista Visão.
A publicação diz que entre 2008 e 2011, a Webrand, da empresária Cristina Ferreira, foi uma das agências de confiança do PSD. Depois de anos de chorudos negócios com campanhas eleitorais do PSD e ajustes directos ganhos pelo seu universo empresarial em municípios onde ajudou a eleger os respetivos autarcas, a empresa está a tentar evitar a insolvência através de um Plano Especial de Revitalização (PER) que mereceu, entre outros, o voto favorável do credor Finanças.
As referências ao PAICV e outros partidos dos PALOP, como o MLSTP de São Tomé e Príncipe, revelam até onde esse polvo chegava e como ajudou os partidos a se financiarem através de facturas falsas, de empresas de fachada, tráficos de influência politica e outras ilegalidades.
O assunto, principal tem a ver com figuras conhecidas do PSD, a Norte de Portugal.
Caciques desse partido.
Os montantes aqui apontados como tendo sido gasto pelo pessoal do PAICV, são ridículos, diante da tramoia que se pretende denunciar em Portugal( oferta de carros e coisas semelhantes).
Falar de 68.000 euros diante de quem oferece viaturas de algum valor a caciques,parece, brincadeira ou tentativa de beliscar pessoas
Acho que o autor, que ora traz este artigo para discussão, está a retira-lo do contexto em que foi publicado na revista Visão.
Já agora, como é que os 2 grandes partidos, os candidatos presidências e mesmos os candidatos as Câmaras Municipais, mais fortes, financiam as campanhas?
Recordando o episódio sa África Monitor, jornalistas Rabentolas correspondentes de jornais lá fora, fabricam notícias crioulas, enviam ao 'céu' e recebemos aqui na terra como bomba maquiave
Agora querem ensinar ao Herminio o que deve publicar.
Ponham vergonha na cara.Ide protestar junto da VISÂO.
Eu dou a cara e sou frontal!
Acho triste o Herminio Silves permitir anônimos a dizer disparates por aqui!
Ainda por cima em mau português!
Que tristeza!
Tse tse tse!
Não Domingos Cardoso? !!!!
O Santiagomagazine.cv já caiu no vulgar do pasquim Liberal?
Enfim!
Deixei de seguir esse online.
Temos que ser transparente nas nossas actividades. O Hermínio tem sido e é um jornalista independente.
Disse
Agora começa a se desvendar porque empresários portugueses promoveram essa candidatura a partir da metrópele.
O MP caboverdiano é que andou distraido.
Onde está o contraditório?
No aguardo!
Sobre corrupção (corrupções), há muita coisa por contar, ou seja, muita coisa que muita gente e poucas revistas tem dado conta, ou tem investigado. ---------------------------------------------- Ainda há dias, soube (por fontes sérias), que apôs as legislativas de Março e das autarquias de Setembro, iniciado a campanha para as presidenciais, aconteceu que, a caravana (o staff) da campanha do candidato JCF, de viagem SV, Porto novo, na sua imparável campanha rumo a vitória, teve a necessidade de levar para Santo Antão, um bom som. Contactaram um pequeno empresário, para fornecer este serviço (um bom som), culminado o acordo, o staff surpreendeu o sujeito com a seguinte proposta: Olha, você vai fazer a fatura no nome da Câmara municipal. O sujeito, como é um Cristão praticante, rejeitou a proposta, alegando que não ficaria bem com a sua consciência e obviamente, se não se sentisse bem com a consciência, não estaria bem com Deus. ...Partiram para outro. -------------------------------------------- Quando o individuo contou-me isto, ele disse-me: veja uma coisa; tão cedo nem! Tinham acabado de ganhar as legislativas e autarquias, já em campanha para as presidenciais, quem iria para faturas da campanha, era a câmara... Tão cedo não - disse ele? Eu retorqui: Não fulano, não foi só aquilo, foi muito e muito mais. Quem terá pago as campanhas dos caciques que estavam e continuaram nas Câmaras municipais, senão as próprias câmaras? O que custaria, solicitar o serviço (fictício) de um camião/camiões, de um empresário, para emitir faturas com determinados valores as câmaras sem que tivessem prestado o serviço? Basta que se contabilize! Quantos funcionários das câmaras estiveram durante as campanhas ao serviço dos seus patrões? Há pessoas com riquezas adquiridas de noite para manhã, cujas, PJ estão ao encalço, que andaram por aí a distribuir dinheiro, por todo a lado. A troco de que? A troco de que? A troco de que?....------------------------------------------ -------------------------------- A CNE pensou nisso, alguém teve a ousadia de investigar tudo isso? -------------------------------------------------- -------------------------------------------------- ------------------------------------------------- MAS É AGORA! -------------------------------------------------- ------------------------------------
Agora, que os Cabo Verdeanos vivem um surto de paludismo nunca visto neste País; agora que os Cabo Verdeanos não conseguem circular entre as Ilhas (pelo menos via marítima), que os emigrantes não conseguem retornar ao País de acolhimento; agora que o povo desses Ilhas vive uma “depressão” económica, nunca vista na história destas Ilhas Independentes, que aparecem artigos que conotam o PAICV com revistas corruptas de Portugal, aparecem artigos de opinião que falam do que terá acontecido em 1975//76/77, etc e etc… -------------------------------------------------- -------------------------Mas, não se lembram da década de sessenta em que os nossos conterrâneos foram metidos em porões de navios como sacos de mercadoria, rumo as roças de ST, onde foram barbaramente martirizados, chicoteados…Não falam nada sobre a nossa história do passado, em que somos nós os Cabo Verdeanos, quem tivera a “ o azar” de sermos a última geração de escravos em toda a história do planeta. -------------------------------------------------- ------------------------------------------------- Ainda esqueçam que hoje (2017), retrocedemos no que diz respeito a auto-estima, talvez para a década de Setenta. Porque? Logo apôs a nossa Independência, inaugurar fontanários, chafarizes, era uma boa coisa. Coisa de louvar e bater palmas. Mas era em 1975, e não em 2017. Em 2017, voltamos a inaugurar chafarizes e fontanários, para suprir as mesmas carências que tínhamos em 1975. -------------------------------------------------- ---------------------------------------- Por isso, não é de se estranhar que venhamos a relembrar tudo o que terá acontecido nessa altura, porque se retrocedemos, retrocedemos em tudo. Nos transportes, na auto-estima… Em tudo o que diz respeito a vida de nós todos, retrocedemos em 2017. -------------------------------------------------- ----------------------------------- A ESTRATÉGIA É REVIVER O PASSADO, PARA ESQUECER O PRESENTE!