O Governo acaba de demitir Gil Évora, "com efeitos imediatos", do cargo de presidente do Conselho de Administração da EMPROFAC, alegando "violação dos deveres inerentes ao gestor público e desvio da finalidade das funções”.
Em nota enviada à imprensa, o Executivo explica que, “ao abrigo da Deliberação Unânime nº27 de 21/08/2020, do acionista único, Estado de Cabo Verde, da EMPROFAC, SA, foi procedida a demissão, com efeitos imediatos, do cargo de PCA do Conselho de Administração da EMPROFAC, SA, Dr. Fernando Gil Évora”.
O governo justifica a demissão de Gil Évora como “consequência da violação dos deveres inerentes ao gestor público e desvio da finalidade das funções”, socorrendo das alíneas b) e c) do n.o 1, conjugado com os números 2 e 3, todos do artigo 24.o do Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 6/2010, de 22 de Março.
Na base desta decisão repentina do Governo estarão notícias veiculadas, primeiramente pela imprensa internacional, sobre o alegado envio de dois "emissários" por parte do Executivo de Cabo Verde a Caracas, Venezuela, para supostamente negociarem com Nicolas Maduro a não extradição de Alex Saab, detido a 12 de Junho no Sal a mando da Interpol, por ser o principal testa-de-ferro de Nicolás Maduro na lavagem de dinheiro público venezuelano, e que envolve tráfico de armas.
O nome de Gil Évora, assim como do antigo DGT, Carlos Anjos, apareceram referenciados como sendo os dois "emissários" em questão.
Num comunicado anterior o Governo de Cabo Verde havia desmentido tais notícias garantindo que não enviou “ninguém” a Caracas, uma posição que parece querer desautorizar qualquer tentativa de contacto com o governo de Caracas, envolvendo cabo-verdianos, e que envolva o nome do Estado de Cabo Verde.
Só que este comunicado do Governo, a demitir o PCA da Emprofac, acaba, indirectamente, por admitir que os dois cidadãos cabo-verdianos estiveram sim em eventuais negociações com o Governo liderado por Nicolás Maduro, apesar do desmentido anterior.
Quem souber do paradeiro do PAICV diga-lhe que uma tal Nossa Senhora Dona Dama bem casada em Cabo Verde e a verdadeira lìder de um Grupo Organizado de Advogados ja anunciou que haverà apoios e ajudas sem fim e sem limites para todos e qualquer um que ajudar o Alrx Saab a se livrar das garras da INTERPOL
Temos dinheiro que nen dod lume ka tá cabá.
O paicv que se põe a pau, porque vamos dar cabo deles em Outubro. O combú que o meu kompas Gil trouxe da Venezuela, dá para comprar votos e ganhar 20 camaras municipais.
¡Saludos!
Mas o Governo deve mais explicações ainda,sobre que deveres em concreto foram violados pelo Gestor Público Gil Évora.
Essa imagem que já está a se passar, de que ao mesmo tempo que o Supremo Tribunal de Justiça prepara o seu Acórdão sobre o recurso interposto dela defesa de Alex Saab, está-se a fazer negociações paralelas sobre o desfecho do mesmo caso, é grave demais.Se se juntar tudo isso à visível pressão para o enquadramento do "caso Saab" no campo meramente político,resulta um Supremo Tribunal bastante fragilizado, inseguro e sob uma alta pressão tanto interna como eterna, com a cúpula do poder politico a dar sinais muito claros da sua tendência dividida, o que é muito mau para toda gente.
Pelos contornos que esse caso vai ganhando, Cabo Verde, que começou a perder desde o início, ao entrar numa guerra que não era sua, irá sair sem dúvida alguma, profundamente lesado na sua imagem e dignidade, que os milhões que irão para os bolsos de alguns não compensam nem de longe nem de perto.
Meus senhores, para ir ao palácio presidencial da Venezuela negociar com Maduro, Chefias militares etc, etc, você terá que estar munido de uma CREDENCIAL, documento que, nesse caso, acredito que tenha sido emitido pelos rabentolas que andam desesperados pela falta de bufunfa para compra de votos.
Adeus Gilito