O PAICV vai levar esta semana ao parlamento várias questões sobre a habitação e uma delas é o destino que o atual Governo pretende dar às casas do programa habitacional financiado por Portugal, conhecido por Casa para Todos.
Na primeira sessão plenária de junho, que acontece entre quarta e sexta-feira, na Assembleia Nacional, um dos pontos da agenda é uma interpelação ao Governo sobre a habitação, apresentada pelo grupo parlamentar do PAICV.
O maior partido da oposição cabo-verdiana quer saber o que o Governo pretende fazer com as casas concluídas do programa habitacional “Casa para Todos”, “e que se mantém de portas fechadas, há cerca de quatro anos”.
O PAICV vai ainda questionar o Governo sobre que destino pretende dar às casas que ainda não foram concluídas e que foram objeto de “avultados investimentos”.
O programa “Casa para Todos” foi lançado em 2010 pelo então Governo do PAICV, e financiado por uma linha de crédito de 200 milhões de euros, assinada com Portugal.
O programa começou com oito mil casas, mas foi redimensionado para cinco mil.
O programa, que abrange todo o país, previa reduzir o défice habitacional, mas registou vários problemas e, além da dívida da linha de crédito, acumulou dívidas em indemnizações e juros de mora às empresas construtoras.
A dívida, que representa 15% do Produto Interno Bruto (PIB) cabo-verdiano, será vencida em 2021, mas o Governo cabo-verdiano já propôs a Portugal um perdão ou sua renegociação, numa proposta que ainda está a ser analisada.
Há um ano, a ministra da Habitação cabo-verdiana, Eunice Silva, disse que a subsidiação por parte do Governo poderá ser uma solução para baixar os preços e poder vender cerca de duas mil casas do programa “Casa para Todos”, cuja parte foi transferida para a gestão municipal.
Na mesma interpelação, o PAICV vai questionar o executivo, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD), sobre que ponto está o “grande programa habitacional constante do programa do Governo e várias vezes reanunciado”.
O maior partido da oposição pretende ainda durante o debate encontrar soluções conjuntas para um “programa sustentável e consensual” a nível de todo o território nacional, para garantir uma habitação condigna.
E para garantir uma habitação condigna, o PAICV propõe um “consenso alargado” e um “pacto nacional” em que “todos se comprometem a dar tudo de si”.
Para o partido, o contexto atual, com a pandemia do novo coronavírus, “põe claramente a nu as insuficiências habitacionais do país”, no que diz respeito a cuidados de higiene e sanitárias, acesso à água e espaço com condições de salubridade e arejamento.
“É necessário dar continuidade aos investimentos, para se reduzir o défice habitacional no país e se garantir o direito de habitar com dignidade aos cabo-verdianos”, salientou o PAICV no pedido de agendamento da interpelação enviado ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos.
O perfil urbano realizado pelo Governo indicou que o país tem um défice habitacional aproximado de 8,7%, em termos de agregados familiares, uma percentagem que equivale a 11.119 agregados familiares sem acesso a habitação.
Da agenda da primeira sessão plenária de junho constam ainda perguntas dos deputados ao Governo, tendo a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) indicado o ministro das Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário.
Com Lusa
PP e UCID vão roubar muitos votos e o PAICV com os seus eleitores fixos ganharão as eleições. Caso o MPD continuar com as brincadeiras . Mexem por favor.
Mas aqui a miséria mental fala mais alto, ele se sente de pedra e cal a fazer os demandos.
Tem tanto descaramento de dizer, sem pestanejar, que as casas para todos custaram muito dinheiro.
Se custaram assim tanto, por que estão fechadas a quatro anos a mofar?
Assim se faz rentabilizar mais para liquidar o custo?
Que raio de economista o Ulisses é?
Quando foram vendidas no tempo de outro governo, ninguém reclamou do preço. Agora que eles chegaram com astúcia bem planeada para fazer os caboverdianos acreditarem que elas são caras e não prestam, mas tudo com intuito de o povo perder a esperança de adquirir um apartamento e ficar no esquecimento, para depois fazer das suas sem barulho.
Tudo disso acontece por falta de identidade do povo sem memória.
Se tivéssemos respeito por aqueles que trabalham e dão tudo de si para nossa terra, sairíamos a rua exigindo respeito e não ficaríamos a ouvir a desbocada Joana Rosa a proferir baboseira.
Ela tem o intestino ligado ao cérebro, quando fala só sai diarreia.
Nunca houve a construção mais barata, jamais feitas pelas empresas caboverdianas. Tanto que o preço aplicado deu apenas para manutenção.
Faltam respeito às empresas (consórcios) que elaboraram projetos e concorreram legalmente, com consciência de construir por um preço sem lucro, por se tratar de um bem social.
Os técnicos, engenheiros e arquitectos, empresas e financiador foram desrespeitados com a postura do MPD.
Os jornalistas se limitam, apenas transmitir o que o MPD quer passar na reportagem. Não tem a coragem ou a capacidade de perguntar quanto ganhamos com as casas fechadas!
Qualquer analfabeto sabe fazer esta pergunta, menos os nossos jornalistas!
Paciência!
Não vêem como nos canais estrangeiros os jornalistas fazem suar o político de meia tigela que se atreve falar besteira?
O ridículo é de quem faz esse tipo de cobertura medíocre.
As casas sociais que o MPD construiu nos anos noventa estão na Bela Vista, Achada Grande Trás, Alto
Gouveia... Só para lembrar algumas.
Vamos comparar essas casas ratoeiras com as que foram construídas depois!
TCV faça, pelo menos, o gesto de consciência trazer essas imagens comparativas para os caboverdianos de pouca memória verem e daí tirarem as ilações necessárias.
É o meu único desejo que eu te peço nesta encarnação. Por favor.
O povo precisa disso!!!!!!!!!!!!!!!!