O líder dp Grupo Parlamentar do PAICV afirmou esta quarta-feira, 3, que o partido “não tem nada a recear” sobre o julgamento dos processos Fundo do Ambiente e IFH, reiterando disponibilidade na procura de soluções que sirvam os interesses do País. "Esta é uma questão de honra e a honra do PAICV não está à venda", remarca.
Rui Semedo falava em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, para reagir às declarações da representante da Comissão Política Nacional do Movimento para Democracia (MpD) sobre a abstenção do PAICV na votação da proposta que altera à lei nº 83/IX/2020, de 4 de Abril, durante a sessão parlamentar do mês de Maio, observando que "dizer ou insinuar que o PAICV quer obstruir a Justiça não passa de uma manobra de diversão, de uma busca de um caminho para fugir à responsabilidade e de uma intenção clara de desviar o debate do cerne da questão essencial."
Com esta iniciativa, lembrou o líder da bancada parlamentar do maior partido da oposição, o Governo pretendia introduzir um conjunto de alterações com impacto na justiça, na proteção do arrendatário, no calendário dos órgãos autárquicos e nos prazos de prestação de contas pelo Tribunal de Contas.
O grupo parlamentar do PAICV, segundo Rui Semedo, considerou “justas” as intenções do Governo em querer rever a lei, realçando, no entanto, que esta seria uma oportunidade para que a revisão da referida lei fosse feita no seu todo, envolvendo todos os partidos políticos.
Entretanto, realçou, a maioria “desprezou” a proposta do PAICV sobre um artigo cuja interpretação vem causando “alguns constrangimentos” entre os operadores de alguns sectores e a Direcção-geral do Trabalho.
“Nós tivemos propostas que tem origem nas várias reivindicações da sociedade, apresentamos a nossa proposta, mas o Governo sequer quis discutir as nossas propostas, desprezou-as. Como nossas propostas não foram aceites e nem sequer discutidas, o PAICV absteve-se tendo em conta isso “, afirmou, sublinhando que a lei só pode ser votada com “diálogo, abertura e acolhimento” das propostas diferentes.
Para o PAICV, o Governo rejeitou de forma “categórica” e “desrespeitosa” a sua proposta, frisando que, corrigindo essas falhas, a justiça seria reposta e evitaria a exclusão das pessoas que estão a passar por “extremas dificuldades”.
Assim, sustentou Rui Semedo, as declarações do MpD de que o PAICV ao votar abstenção “estaria a barrar o funcionamento dos tribunais” são “manobras de diversão”, de uma busca de um caminho para “fugir às responsabilidades” e de uma “intenção clara de desviar o debate” do cerne da questão essencial.
“Por isso a tentativa de atribuir responsabilidade ao PAICV pela situação vigente configura uma tentativa de chantagem barata despropositada e injusta porque quem tem maiores responsabilidades nessa matéria é a maioria”, referiu, indicando que o PAICV está a exigir que a lei seja igual para todos.
Revelou, neste sentido, que a condição do PAICV para viabilizar da proposta que altera à lei 83/IX/2020, de 4 de Abril, passa pelo estabelecimento da negociação do diálogo, respeito pela oposição e o cumprimento da lei, caso contrário, alertou, “tudo continuará como está”.
Reagindo ainda às declarações do MpD, segundo as quais o PAICV receia o julgamento dos processos do Fundo do Ambiente e IFH ao chumbar a referida lei, Rui Semedo afirmou que esta é estratégia do partido no poder, que demonstra claramente que quis com isso “impor a lei à força, sem qualquer tipo de negociação ou fazer chumbar a lei propositadamente para depois responsabilizar toda a oposição”.
“A insinuações do MpD são manobras porque o tribunal julga todos os cidadãos, o tribunal não está lá para julgar o cidadão de acordo com a sua preferência político-partidária, aliás o tribunal quando julga, julga todos os cidadãos independentemente da sua cor política. O MpD está totalmente equivocado sobre a abstenção do voto e o PAICV não tem nada a recear”, concluiu.
Confira aqui na íntegra a nota de imprensa do PAICV
Com Inforpress
nhos ba n gana otu.
Despreza e maltrata a oposição e quer colaboração à sua medida. O PAICV tem que abrir os olhos em relação ao MpD. Caso contrário, não estará a cumprir com aqueles que, mesmo em minoria, nele depositaram o seu voto.
dos nossos políticos, ou seja, se por mero capricho de quem é o dono da verdade, vão deixar os tribunais de mãos atadas, até não se sabe quando.
Acho que não, que depois deste vil espectáculo,encavacado, mas uma das partes vai ter que dar mãos a torcer, ainda que que quebrar. Dexan odja kal kê nha bodi.