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O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, divulgou hoje que está a fazer consultas técnicas e políticas para ponderar sobre o prorrogamento ou não da declaração de estado de emergência, adoptada devido à pandemia de covid-19.

“Vou fazendo a avaliação pelos contactos havidos e a manter, a todos níveis, através da ponderação dos dados obtidos, pelas consultas técnicas e políticas, nomeadamente ao governo, municípios e autoridades de saúde, organizações e personalidades da sociedade, no país e no exterior”, afirmou, numa mensagem, o chefe de Estado.

O objetivo, explicou, é “que, na proximidade do vigésimo dia esteja habilitado a tomar uma posição sobre a prorrogação ou não do estado de exceção ora vigente no país, nos termos constitucionais”.

Cabo Verde cumpre hoje o décimo dia, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações interilhas e para o exterior suspensas.

O país conta com sete casos confirmados de covid-19, entre as ilhas da Boa Vista (4), de Santiago (2) e São Vicente (1). Um dos casos da Boa Vista, um turista inglês de 62 anos, acabou por morrer.

A Polícia Nacional deteve na primeira semana de estado de emergência, decretado pelo Presidente da República e que entrou em vigor em 29 de março, 40 pessoas por não cumprirem quarentena, imposta face à covid-19, enquanto 24 foram detidas por desobediência ao estado de emergência. Até agora foram apreendidas 293 viaturas que estavam a circular sem justificativas.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou na segunda-feira que “na sua grande maioria” a população cabo-verdiana está a cumprir as restrições impostas pelo estado de emergência.

“O país está em estado de emergência. O balanço é positivo. Na sua grande maioria, as pessoas estão a cumprir. É preciso cumprir mais. É preciso que todos cumpram. É preciso não fintar as restrições e as proibições para não colocar em perigo a sua saúde e a saúde da sua família e da sua comunidade”, disse o primeiro-ministro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Com Lusa

Comentários  

0 # espargo 09-04-2020 21:19
presidente republica deve chamar atensao do governo que agora nao é ora de privatizason de caboverde réndingue
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+2 # Maria Auxilia Fortes 08-04-2020 14:05
Julgo que o princpal objetivo que norteou a decisão da S. Excia. Sr. Presidente da República fora a protecção da saúde pública. Contudo a medida impõe sacrifícios diferenciados aos Cabo-verdianos e quem mais sofre, são os trabalhadores por conta própria, maioritariamente dependentes do sector informal, presos em casa a mercê da caridade alheia, sobretudo dos políticos em funções, alguns dos quais, Presidentes de Câmaras Municipais com imagem degradada e necessitando de se re-eleger. Nesse contexto, aproveitam para manipular os mais carenciados com cestas básicas e outros apoios, apesar dos recursos serem públicos. É claro que, ao nível nacional, existe o salvador da Pátria, que se tivesse suspendido os voos internacionais uma semana antes, o País não teria registado qualquer caso positivo da doença. Entretanto, na semana passada, após alguns dias de serenidade, surge um grande espalhafato em São Vicente, que parece providenciado, eventualmente para se justificar a continuidade do Estado de emergência. É evidente que, o Estado de emergência torna o sistema público permissivo a gestão oportunística dos que preferem navegar em mar aberto, ou seja sem fiscalização das Instituições democráticas e da Sociedade, esta totalmente anestesiada pelo medo da doença.
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