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Jose Sanches PAICV

O deputado José Sanches anunciou esta quinta-feira, 22 de agosto, oficialmente a sua candidatura à liderança do PAICV nas eleições directas de Janeiro, com a pretensão de dar “novo impulso ao partido”, posicionando-o de forma “mais competitiva” nas próximas eleições.

Em conferência de imprensa na cidade da Praia, o candidato à presidência do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) disse que “não foi uma decisão repentina e fácil”, mas de uma “intenção legítima, coerente e reflectida” sobre os “grandes desafios” no seio do partido.

José Sanches preconiza um partido “unido, coeso, dialogante” e em “diálogo com todos os seus militantes e não com uma parte dos seus militantes”.

“Queremos ter um PAICV com muito trabalho para ganhar a confiança dos cabo-verdianos”, desejou, mostrando-se confiante que não vai perder as eleições directas previstas para Janeiro próximo.

Segundo ele, a sua disponibilidade para liderar o PAICV,  num contexto de “enormes desafios e imperiosa necessidade de repensar o caminho do futuro”  é  cumprir o  dever moral para com o partido e Cabo Verde.

“Precisamos de um debate enriquecedor sobre a liderança do PAICV, que coloca as causas, os princípios e os valores do partido no centro de todas as prioridades, resgatando com mais clareza as bandeiras da esquerda democrática”, reconheceu.

O deputado eleito pelo círculo eleitoral de Santiago Norte reconheceu que a sua candidatura representa um “enorme desafio” para o seu colectivo, mas, conforme declarou, é com “coragem e determinação” que vão recuperar o entusiasmo pela retoma do processo de transformação de Cabo Verde.

“Acreditamos ser oportuna uma candidatura que seja efectivamente mobilizadora de todas as sensibilidades internas e de todos quantos pretendam o bem do PAICV e, acima de tudo, o bem do país”, garantiu.

O mesmo avançou, também, que além das eleições autárquicas de 2020, e legislativas, 2021, pretende ter um “posicionamento estratégico” nas presidenciais.

Outra intenção manifestada é a de devolver ao partido a “dinâmica fraterna” dos seus militantes, amigos e simpatizantes, zelando por “mais inclusão e mais convivialidade entre todos”.

“Estamos firmemente convencidos de que sempre daremos o melhor que temos, que podemos e que sabemos para atingir estes objectivos fundamentais, tratando toda a gente do partido e fora dele, com respeito, elevação e cordialidade”, afiançou José Sanches, para quem o PAICV é um “grande partido” de cidadãos e que este precisa ser gerido com “mais cidadania”.

Instado sobre a sua avaliação à actual liderança do PAICV, afirmou que já foi feita pelo Conselho Nacional, que pôs a hipótese de uma eventual substituição.

Ao ser questionado se a sua candidatura não vai causar divergências dentro do partido, Sanches respondeu nesses termos: “Longe do PAICV, um partido que esteve em todas as lutas na formação da Nação cabo-verdiana. Independência Nacional, abertura democrática, fortalecimento da oposição na década de 90 e transformação do país a partir de 2001, pensar que disputa em democracia é problema para nosso partido. Disputa no PAICV é sinal de vitalidade”.

Aliás, lembrou, a formação do PAICV baseou-se nos princípios de “unidade, coesão, luta e, sobretudo, diálogo e tolerância”.

“Ao Congresso de 2020, valorizando tudo e todos, aprendendo com as boas práticas de todas as lideranças anteriores, queremos somar e multiplicar, queremos unir a diversidade e estar mais atentos à respiração da sociedade”, enfatizou.

Prometeu, por outro lado, impulsionar uma jornada de auscultação aos militantes, visando a construção de uma “ampla e inovadora plataforma alternativa” à actual liderança do PAICV.

Com Inforpress

Comentários  

0 # Arena crítica um 24-08-2019 10:10
De facto José Sanches está a ser usado por filu e julio correia. Devia dar um tempo e não depender desses dois senhores.
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+3 # Aniceto Centeio 23-08-2019 16:29
José Sanches nunca militou na base de partido. Foi de[censurado]do porque foi incluído na lista de partido. Portanto não tem curicum político. Esta candidatura é de Filu. Como um político morto não teve coragem de se apresentar perante militantes de partido, então utilizou Sanches que é um Ingenio.
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0 # Daniel A. 23-08-2019 09:05
Independentemente dos resultados que vier a alcançar devemos parabenizar José Sanches por ter assumido a sua responsabilidade de um militante atento ao desmoronar do PAICV e desmobilização dos militantes face a uma liderança conflituosa, desrespeitadora dos Estatutos e da militância e promotora de truques e falsidades em processos políticos internos, como vinha fazendo a Janira, ainda com a arrogância de assumir publicamente que não perde tempo com a coesão e unidade do Partido. Janira já fez coisas escandalosas dentro do PAICV, muitos ainda camuflados, outros branqueados por uma rede de serviçais a quem ela da dinheiro ou promete lugares. Há que travar a destruição do nosso Partido e iniciar um caminho ascendente, num estilo ascendente, com órgãos plural e espaços para todos. O líder não pode ser um falsificador da realidade e traidor das bases do Partido !
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0 # Daniel Carvalho 23-08-2019 08:37
José Sanches é o mais brilhante de[censurado]do do PAICV da actual legislatura.Não foi eleito líder da bancada em substituição da JHA por falta de estratégia política do próprio partido, pois ele estava em condições de promover uma unidade interna sem a qual o o partido nunca terá condições de alcançar os resultados desejados, enquanto que o nosso sistema de Estado continua a perder.
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+2 # Mario Rocha 24-08-2019 07:06
Queria saudar o J. Sanches, pela coragem, mas se ele acha que já têm maturidade politica, popularidade e capacidade intelectual para liderar o País, porquê que ele não vai candidatar a C.M de Calheta, assim teremos prova da sua liderança.
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