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Por: Romice Monteiro

Os cabo-verdianos passarão a ter, a partir de agora, informações jurídicas de forma gratuita através das Camaras Municipais. Um protocolo neste sentido foi hoje firmado entre o Ministério da Justiça e Trabalho e as Câmaras Municipais de Santiago. Seguirão as restantes Câmaras Municipais do país nos próximos dias.

Para a materialização deste acordo de trabalho, vai ser desenvolvida uma acção de formação em que o Ministério de Justiça e Trabalho assumirá todos os encargos.

O protocolo, que tem por objetivo a formação e capacitação dos cidadãos sobre como exercer os seus direitos e cumprir com os seus deveres, vai ser destinado sobretudo às pessoas com poucos recursos económicos e financeiros e que não conseguem custear os serviços na área jurídica.

De acordo com a ministra da Justiça, Janine Lélis, a informação jurídica dos cidadãos trata-se de uma responsabilidade deste ministério e vai ser feita através dos poderes locais, porque estes se encontram mais perto das populações. "Os municípios vão ceder espaços nas suas autarquias para albergar juristas e advogados que vão prestar informações jurídicas aos cidadãos sobre as leis, os seus direitos e deveres para poderem defender-se perante a Constituição”, disse.

Em representação das Câmaras Municipais de Santiago, Ângelo Monteiro Vaz, presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo diz que este protocolo chegou no momento certo, sobretudo para a camada mais desfavorecida. “Enquanto Câmaras Municipais estamos engajados e o Ministério pode contar connosco onde for possível para materializarmos com sucesso este protocolo”, afirmou Vaz, para acrescentar que os municípios vão “disponibilizar espaços para que as pessoas possam dirigir e adquirir as informações com um técnico formado na área”.

A assinatura do protocolo aconteceu na tarde desta quarta-feira e contou com a presença da ministra da Justiça, Janine Lélis, os presidentes das Câmaras Municipais de Santiago, e o diretor-geral da Política Jurídica do Ministério da Justiça, Benvindo Oliveira. 

Romice Monteiro, Estagiária

Comentários  

0 # Beto 29-07-2017 22:15
Esses dinheiro é para financiar outras actividades das câmaras. Se as mesmas necessitam de informações jurídicas como vão prestar esse serviço? Devem lembrar-se que um dos presidentes desrespeita as decisões do Supremo. Esse aí vai dar aconselhamento aos pobres?
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0 # TORRES 28-07-2017 14:03
QUE TRISTEZA!!!!
A primeira assessoria deveria ser aos eleitos, dos quais os Presidentes juristas, que andam a violar de forma irresponsável os direitos dos funcionários, desde despedimentos sem justa causa, redução de salários, perseguição politica, desobediência às autorizardes judiciais em fim desordem, desordem, desordem.
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0 # Albertinov 28-07-2017 13:38
As Casas do Direito desempenhavam esse papel. Além da Assessoria Jurídica prestavam os serviços de Mediação e Assistência Judiciária. A implementação deste projeto foi financiado pelo governo japonês, através do Banco Mundial, no valor de 1 milhão de dólar (a fundo perdido). Deve se dizer que houve, igualmente, contrapartida nacional para implementar as Casas do Direito. Rios de dinheiros foram gastos. Os serviços estavam devidamente instalados e, aparentemente, funcionais. AGORA TUDO VAI SE PERDER!!!! Uma pergunta. Por acaso já foi avaliado o impacto das Casas do Direito na Sociedade Caboverdeana? Não seria mais fácil e menos custosos aos bolsos dos caboverdenos redefinir as Casas do Direito, caso houver ineficiência de funcionamento, do que criar um novo serviço?
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0 # Isidoro 27-07-2017 23:34
Maiores processos na CV é contra Câmaras municipais... Isto só pode ser brincadeira!
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0 # Artur 27-07-2017 17:30
Xacota total! O povo de Cabo Verde esta a ser tratado como um toto.
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+2 # Banca Furada 27-07-2017 03:50
Mas que palhaçada é essa?! Quem vai prestar assessoria jurídica à população se as Câmaras Municipais não têm juristas nem para assessorar a si próprias? Todos sabem que os juristas que trabalham nas Câmaras Municipais de Direito nada entendem. ESTE PAÍS VAI MESMO DE MAL A PIOR!
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