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CPI Entrega do relatório final da gestão dos TACV

O deputado Emanuel Barbosa disse esta quarta-feira, 16, que os Governos interferiram quase sempre na TACV e que "houve gestão ruinosa" na companhia. Barbosa, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a gestão da TACV entregou ontem ao Parlamento o relatório do inquérito, revelando que houve consenso dos membros da CPI em apenas metade das conclusões. 

Emanuel Barbosa entregou ontem ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, o relatório da CPI que averigua os actos de gestão dos TACV no período entre 1975 e 2017, iniciativa em curso desde Julho de 2017, tendo ouvido 57 pessoas, entre as quais antigos administradores e governantes.

“No mês de Junho vamos fazer o debate sobre o relatório hoje entregue, mas é uma situação particular termos conseguido consensualizar quase 50% das conclusões do relatório”, revelou, justificando que isso significa que foi um trabalho profícuo.

Segundo este deputado do Movimento para a Democracia (MpD-no poder), conseguiu-se apurar que houve interferências dos vários governos na gestão dos TACV de 1975 a 2017, assim como houve “gestão ruinosa na empresa”, frisando que as conclusões resultaram das audiências às várias personalidades e da análise feita aos vários documentos recolhidos.

Entretanto, Emanuel Barbosa ressaltou que o que consta nas conclusões mostra que os últimos governos “tiveram uma responsabilidade maior na deterioração da situação dos TACV”, explicando que na sequência do debate do relatório na sessão plenária de Junho, o documento poderá ou não ser encaminhado para a Procuradoria Geral da República (PGR).

“Nesta fase, a responsabilização apurada é mais de ordem política, não obstante haver dados que poderão ser usados para a responsabilização criminal”, observou o deputado, considerando que a situação actual da transportadora aérea nacional é o “somatório das várias gestões que passaram pela empresa”.

A mudança da frota, a contratação de empresas para gerir os TACV e o arresto do avião na Holanda foram, de entre outras, alguns assuntos tratados e relatados no relatório hoje entregue que será posteriormente publicado na página oficial da Assembleia Nacional na internet, para consulta pública.

Para além de Emanuel Barbosa, fazem parte da CPI, Francisco Correia, Milton Paiva, Adilson Fernandes, Carlos Alberto Lopes e Luís Silva da bancada parlamentar do MpD, e do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), Walter Évora, José Maria da Veiga, Clóvis Silva e José Manuel Sanches.

Com Inforpress

Comentários  

0 # spencer da silva 18-05-2018 13:28
É preciso desmistificar o argumento do MPD de que Cabo Verde esteve no caminho errado durante quinze anos com a governação do PAICV. É um argumento que não deve ser levado a sério pelos cabo-verdianos, porque se for levado em conta, a conclusão a que se chega é a de que os cabo-verdianos eram uns totós que não faziam a ideia do país em que viviam. Foram três vezes. O PAICV não se impôs, por via de ditadura na governação, foi eleito pelos cabo-verdianos por três vezes consecutivas porque os cabo-verdianos avaliaram positivamente os mandatos. O PAICV esteve no poder por decisão do Povo, que não confiou nas candidaturas da oposição. Conforme-se com quinze anos de oposição e governe com resultados que ainda não mostraram.
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 18-05-2018 13:21
Em verdade, em verdade, isto é mais um TEATRO PARLAMENTAR, mais um espectáculo para o inglês ver. Esta peça cujo desfecho, curiosamente, todos nós conhecemos, deveria intitular-se assim: "A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA CPI-TACV OU DE COMO OS PARLAMENTARES ANDAM A BRINCAR COM COISAS SÉRIAS DESTE PAÍS". O que dá vontade de rir até às orelhas é esta PEÇA DE TEATRO ser dirigida pelo MAIOR COMEDIANTE PARLAMENTAR, Senhor EMANUEL BARBOSA, cujo comportamento nos faz lembrar o TUTU DÓDU de Ponta D´Água. Eis, pois, o País que nós temos, com o PARLAMENTO a transformar-se na CASA DOS PALHAÇOS, como gostava de dizer o nosso grande revolucionário, Dr. Leitão da Graça.
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0 # Elisio Semedo 17-05-2018 12:29
Me desculpem. Nunca daria em nada. Foi uma perda de tempo com recursos gastos sem proveito nenhum. Muito gostaria que os dois partidos enterassem o machado de guerra. Ter consenso e olhar para frente. Nada de puxa—puxa vai ter resultados. Enterrar o machado de guerra e aprimorar as ferramentas de governaçao .
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0 # José Calafate 17-05-2018 11:50
Gestão danosa uma ova. E quais serão as consequencias senhores políticos irresponsáveis? Façam funcionar a justiça e deixem de tratar os cabo-verdianos por imbecis. Isto não vai dar em nada, tal como noutras ocasiões. O vosso trabalho é carrada de asneiras e nulidades para o país, seus parasitas. Tenham vergonha!
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