"Sempre discordei da entrega das linhas inter-ilhas e regionais à Binter em regime de monopólio". José Maria Neves manifesta no facebook a sua discordância em relação a uma notícia publicada no ABC.ES, segundo a qual o antigo primeiro ministro de Cabo Verde terá atacado a presença do capital das Canárias em Cabo Verde, particularmente a entrada nas ilhas aéreas domésticas e regionais.
A peça do ABC.ES vai mais longe e diz, entre outras coisas, que JMN criticou a estratégia de Espanha em aumentar o peso económico em África Ocidental, através de Canárias.
Neves considera que se trará de “mais uma notícia baseada em premissas falsas”. Segundo José Maria Neves, “não fosse jornal estrangeiro diria que se trata de encomenda, tal a forma como questões desse jaez são tratadas no campo político doméstico”.
“Que fique muito claro. Cabo Verde, mais do que nunca, precisa de investimento direto estrangeiro, para mobilizar recursos, know how, tecnologias de gestão e de desenvolvimento. A inserção competitiva do país na economia global é estratégica para a promoção do crescimento, do progresso e do bem-estar social para todos”, escreve o ex-primeiro ministro, afirmando, no entanto, que discorda “da entrega das linhas inter-ilhas e regionais à Binter, em regime de monopólio, eliminando desse modo uma das importantes vantagens comparativas de Cabo Verde em relação às Canárias”.
José Maria Neves faz questão de registar que “quase todos os investimentos das Canárias e Espanha em Cabo Verde foram aprovados pelos meus Governos. Incluindo a Binter”, ciente de que “adentro da estratégia de integração regional, as relações com Portugal, Espanha e França são imprescindíveis para a promoção do desenvolvimento sustentável do nosso país, desde logo porque a cooperação entre os arquipélagos da Macaronésia é importante para o crescimento e a competitividade da região e, consequentemente, de Cabo Verde”.
O homem que dirigiu o país durante 15 anos, diz que sempre defendeu o reforço das relações entre Canárias e Cabo Verde, tendo proposto a criação, na cidade do Mindelo, em 2010, a Conferência dos Arquipélagos da Macaronésia (CAM), no quadro da Parceria Especial Cabo Verde/União Europeia.
Porém, os interesses comuns devem ser sempre salvaguardos, defende JMN. “A ideia da Parceria Especial é para fugir à lógica da ajuda pública de desenvolvimento, mas, sobretudo, numa perspectiva de ganhos mútuos, cooperar para o desenvolvimento sustentável. O reforço do Intereg, para o qual trabalhei com afinco, não pode traduzir-se, pois, em submissão a outros interesses que não os que se referem ao bem comum”, observa.
A peça do ABC.ES diz, entre outras coisas, que JMN criticou a estratégia de Espanha em aumentar o peso económico em África Ocidental através de Canárias.
Não a deixa liderar sem a ensmobrar. Se se silenciasse um pouco talvez fizesse bem ao seu Partido e deixasse trabalhar a actual líder em matéria de oposição.
De que monopolio está falando JMN? Ele bem sabe que não existe monopólio algum, que não existem mais operadores devido á dimensão do mercado, que com o crescimento do fluxo turistico é bem possivel que apareçam novos operadores, que existem outros operadores nas linhas regionais (Ou talvez não saiba!!!). Por isso é que os espanhois recordaram-lhe que, enquanto PM, andava de chapeu na mão (até lhe postaram umas fotos a titulo de recordação) e agora por puro populismo rasca, cospe no prato que comeu. Atacou a "estratégia espanhola", quando o mesmo nem estratégia alguma tinha (a não ser a do chapeuzinho na mão e do empurrar os problemas estruturais com a barriga); devia preocupar-se com a ausencia de estrategia do próprio, ao invés de sonhar com estratégias alheias e intenções malevolas de terceiros. Na verdade, este posicionamento mesquinho, só comprova a falta de traquejo e capacidade para lidar com certas situações que ultrapassem os limites do quintalzinho partidário. É esse o candidato a PR?