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Os Magistrados do Ministério do Ministério Público garantiram esta segunda-feira, 5, estarem firmes no exercício das suas funções, após terem constatado uma “tentativa de achincalhamento público” por causa da decisão sobre a gestão do Fundo do Ambiente.

Em comunicado, a presidente da Associação Sindical dos Magistrados do Ministério Público, Kylly Fernandes, disse que a posição surge após várias intervenções tornadas públicas a volta da instrução do processo denominado “Fundo de Ambiente”.

Na nota, a presidente começou por lembrar que o Ministério Público é um órgão independente e essencial na administração da justiça que atua com respeito pela dignidade humana, da legalidade democrática, da defesa dos direitos humanos e para garantir o devido processo e o bom funcionamento do sistema de justiça penal, conforme o artigo 225.° da Constituição da Republica.

“Os magistrados do Ministério Público exercem as suas funções com respeito aos princípios da legalidade e da objetividade. Por conseguinte, a sua atuação deve ser isenta de assédios ou de interferências indevidas, em especial, da influência política”, disse a Procuradora da República.

“Todavia, assistimos desde há alguns dias a uma tentativa de achincalhamento público dos magistrados do Ministério Publico, ao que parece com o objetivo de afetar a capacidade de ação dos mesmos e, igualmente, desinformar a sociedade”, prosseguiu a mesma fonte.

Kylly Fernandes garantiu que os magistrados do Ministério público “permanecem firmes” no exercício das funções constitucionalmente consagradas, guiados pelos princípios da legalidade, da imparcialidade, da objetividade, da transparência e agiremos com responsabilidade.

“Não cederemos a qualquer pressão exterior”, terminou a Procuradora, na sequência da decisão em que o Ministério Público cabo-verdiano, que garantiu não ter dúvidas de que os arguidos na investigação à gestão do fundo do Ambiente, incluindo um antigo ministro, “terão praticado atos contrários” aos seus deveres, mas assumiu a impossibilidade de recolher provas suficientes.

O caso surgiu após denúncias, em 2015, “dando conta de alegadas ilegalidades cometidas no âmbito da gestão de verbas do Fundo Nacional do Ambiente”.

Trata-se de um dos mais polémicos processos judiciais em Cabo Verde nos últimos anos, visando desde logo dirigentes afetos ao PAICV, o que motivou várias acusações públicas por parte de dirigentes do MpD.

Em causa, segundo a PGR, estavam indícios de crimes de abuso de poder e corrupção na atribuição de verbas daquele fundo a favor de associações e câmaras afetas ao PAICV (até 2016 no poder).

A PGR acabou por abrir uma investigação, tendo sido constituídos arguidos, entre outros, o então ministro do Ambiente, Antero Veiga, e o diretor-geral do Ambiente à época, Moisés Borges, que será alvo de “despacho de acusação”.

Sobre a conduta do então ministro do Ambiente, o despacho reconhece que alguns dos factos imputados também já prescreveram, por terem ocorrido há mais de cinco anos e o iliba a responsabilidade política.

Segundo a PGR, ao antigo diretor-geral do Ambiente é imputada a prática de um crime de corrupção passiva e à funcionária do Ministério do Ambiente um crime de corrupção ativa.

A Procuradoria recorda que os elementos de prova deram origem a autos com 13 volumes, 3.000 páginas, dois apensos e 39 anexos, estes compostos por mais de 90 pastas, em que “foram identificadas inúmeras ilegalidades e irregularidades no âmbito da gestão das verbas do Fundo do Ambiente”.

Com Lusa

Comentários  

0 # Ricardo Gomes 13-10-2020 11:45
Salvo raras excepções, magistrados do Ministério Publico, procuradores e juízes em Cabo Verde são todos viciados, corruptos, burros e incompetentes.
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0 # Miguel Montero 07-10-2020 07:39
E o que nos diz o valente Manel de Pina?
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0 # Vampirão 06-10-2020 22:32
É o fim d picada!
A procuradora "garantiu não ter dúvidas de que os arguidos na investigação à gestão do fundo do Ambiente, incluindo um antigo ministro, “terão praticado atos contrários” aos seus deveres, mas assumiu a impossibilidade de recolher provas suficientes"? Meu Deus! Então ela fala sem provas, fazendo um julgamento público com o mesmo valor político duma condenação. Onde fica a isenção do MP? Isso é pura política partidária!

O caso surgiu após denúncias, em 2015, “dando conta de alegadas ilegalidades comet
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0 # toto 06-10-2020 21:54
deixar prescrever ,e' não fazer justiça .
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+1 # pedro amaso 06-10-2020 20:20
porque só se fala no fundo anbiente quistão que já está resolvido com o arquivamento do mesmo.Muitos porcessos desde 1990,foram arqiuvados:1-os milions do proceço enacol,2-o processo do sr,Dudua embaixadoe estrela,3.o processo da sr.que ficou co cerca de tres mil contos fudo do jogo africano que realizou na illia do sal,4-manual escolar,e por ai fora.
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+1 # PITABOLA 06-10-2020 15:05
Era só o que faltava ! A patifaria e vileza desses desesperados já extravasiaram todos os limites inimagináveis ! Atacar as instituições de Justiça dessa forma, só pode ser num país onde reina a selvajaria !
Bárbaros !!!
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0 # toto 06-10-2020 14:53
Não entendo ,este caso segundo o TSJ prescreveu (ou q não o iliba moralmente aos visados) enquanto a PGR disse não ter encontrado prova ?!!!!!!!!!!!!!
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+1 # Barrinho 06-10-2020 10:26
Tudo dito.
Usaram o dinheiro não em proveito próprio.
Mesmo que podem ser considerados câmaras e camaradas do mesmos hostes políticos , o mais importante é que o dinheiro saiu dos cofres do Ministério das finanças e não dos bolso dos visados. O interessante ainda é que foram apenas especulações . Que um dos visados tinha na sua conta mais de 40mil contos ( não acredito) . A pergunta que se faz é o seguinte sabem quanto dinheiro tem todas as pessoas nos bancos? ou seja Sabem quanto tem todos os ex preidentes das Câmaras nas suas contas? Ou melhor quanto tem cada cabo-verdiano que já exerceu angum lugar de destaque na sociedade. Porque não uma pessoa que trabalha , a esposa trabalha não podem ter o seu dinheiro no banco? onde queriam que uma pessoa guardasse o seu dinheiro? Em casa? Penso que se um dos visados não tiver tal 40 mil contos como fora propalado pelos de[censurado]dos do MPD na sua conta e não houver provas, penso ser mesmo um crime de injuria. Pessoas tem de serem responsabilizados pelas calunias.
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