O Tribunal da Praia condenou hoje, 29, a três anos de prisão com pena suspensa o agente da Polícia Nacional Eliseu Sousa, o principal suspeito no caso do homicídio de Hamilton Morais, também ele agente da PN.
A informação foi avançada pela Rádio de Cabo Verde (RCV), segundo a qual o colectivo de juízes entendeu que Eliseu Sousa não teve intenção de matar o colega Hamilton Morais, baleado em Outubro do ano passado em missão de serviço, no bairro de Tira Chapéu (Praia).
Segundo a mesma fonte, o ambiente no tribunal após a leitura da sentença era de “revolta”, sobretudo no seio dos familiares do malogrado, com o irmão da vítima Ailton Morais, agente prisional na Cadeia Civil de São Martinho, a dizer que vai até às ultimas consequências para ver o que esteve por detrás do disparo que vitimou Hamilton Morais.
O julgamento do caso da morte do agente da Polícia Nacional (PN) Hamilton Morais teve início no dia 01 de Dezembro e foi conduzido por um colectivo de juízes presidido por Antero Tavares.
As acusações da prática, em autoria material, de um crime de homicídio simples e mais outro de disparo, recaíram sobre o agente da Polícia Nacional Eliseu Sousa, de 38 anos, que desde Novembro de 2019, encontrava-se a aguardar julgamento em prisão preventiva.
Em Abril deste ano, o Ministério Público comunicou a acusação de mais um indivíduo no referido caso que remonta a 29 de Outubro de 2019, mas este foi absorvido.
O caso deu-se numa terça-feira, por volta das 00:15, altura em que o Serviço de Piquete da PN foi chamado, através do Centro de Comando, para intervir junto de dois indivíduos que se encontravam armados e em situação “muito suspeita” na zona de Tira Chapéu, na Cidade da Praia.
No local, ao se aperceberem da presença policial, os suspeitos puseram-se em fuga, sendo imediatamente perseguidos, resultando dali disparo de arma de fogo, que terá atingido o agente de primeira classe Hamilton Morais, que foi socorrido pelos colegas e transportado para o Hospital Agostinho Neto, onde viria a falecer, momentos depois, referiu na ocasião a PN em comunicado.
Na ocasião, a PN chegou a capturar um indivíduo suspeito, mas este veio a ser liberado pela Polícia Judiciária, por não haver provas que este seria o autor do crime.
O agente Hamilton Morais, segundo a PN, referenciado como um profissional “exemplar, dedicado e muito querido” pelos seus colegas e amigos, estava na corporação há 16 anos, tendo desempenhado as suas funções de policial na ilha Brava e na Cidade da Praia.
Com Inforpress
Tem toda a razão o Amadeu Oliveira...
Ora se "O coletivo de juízes que entendeu que Eliseu Sousa não teve intenção de matar o colega Hamilton Morais" mesmo ele só ter sido detido após investigação da PJ, que o terá apontado como o autor do certeiro disparo que pôs termo á vida do seu colega, e se manteve calado ante a prisão de um inocente, que só "não foi para o xilindró" porque pessoas teriam atestado que este infeliz não poderia ter estado no local do crime cometido naquela noite, algumas perguntas ainda pairam no ar:
- Não havendo intenção por parte do mesmo, porque terá ele encoberto o facto de ter sido ele a atirar?
- Terão sido investigados todos os eventos eventualmente ligados ao caso, como a eventualidade do malogrado agente estar convencido de que haveria um informante do crime organizado entre as fileiras do seu contingente, e estivesse a investigar isso, e tirado daí todas as ilações eventualmente úteis ao esclarecimento do caso?
- O mesmo continuará em funções?
- em caso positivo - Poderá a cor[censurado]ção ou a população, confiar nas ações desse profissional, e no pressuposto de uma defesa imparcial da verdade, em prol da necessária imparcialidade e correção que devem reger e regular a conduta, ética e deontológica e de um agente da polícia nacional?
- Haverá ou não dúvidas, o referido agente estaria (estará) disposto, caso procedesse, a deixar que um inocente pague por um crime por ele cometido, se o inocente não conseguir provar sua inocência?
Resta saber se a sociedade cabo-verdiana está satisfeita com o desfecho do caso, ou se "ainda haveria pano para mais manga".
PS: Não será já tempo de criar uma Corregedoria da Polícia, sem qualquer ligação de subordinação hierárquica com a PN para "policiar a atuação da nossa PN, sobretudo o departamentos BAC e das normais esquadras policiais do país, sobretudo da Praia e dos Municípios do interior de Santiago?
1 - Um mulher é violada dentro de uma esquadra, em Sta Catarina. E faz-se um acordo pra desistir do processo! *o agente continua o seu oficio, com essa manobra. E pergunto:
Onde estava o comandante dessa esquadra? O mesmo foi chamado ou arrolado no processo? Onde estavam os colegas agentes? Ou devemos acreditar que aquela esquadra é uma esquadra-fantasma e que uma mulher é violada dentro de uma sala, gritando e lutando, sem que ninguém dê por isso? Toda uma esquadra? Altamente preocupante!
2 - Um homem é espancado até a morte dentro da esquadra da BAC em A.S.A. e poucas horas depois vem o comandante defender seus efetivos, declarando que a vítima tinha morrido em função de hipoglicémia. Entretanto o médico legista confirmou o espancamento e o agente foi condenado. E a tentativa do encobrimento por parte do comandante? Nada... Águas de bacalhau!
3 - Uma menor é obrigada a entrar numa viatura policial e recusando é jogada com violência dentro do mesmo, chamando atenção da mãe e dos vizinhos, que são presos. O comando dessa esquadra "infere" que os agentes terão agido em legítima defesa!
4 - Um idoso de quase 80 anos é espancado dentro da mesma esquadra anterior por um agente, por um desentendimento banal com sua esposa. Os agentes e o comandante negam as agressões, mesmo tendo o homem se apresentado á TCV, ainda cheio de hematomas e escoriações!
5 - Uma jovem é assediada, agredida e presa por um agente, que a leva para a esquadra da fazenda, onde é presa por longas horas, sem saber o motivo da prisão e sem ser ouvida, até ser solta após a visita de seu advogado!
E onde anda o Governo? demasiado ocupado a fazer negociatas, a nomear embaixador suspeito em regime de TIR e a inocentar outros igualmente em TIR, por crimes de peculato, falsificação e roubo de terrenos públicos e provados (perdão, privados).
Um homem a acusar alguns juizes de aldrabice e ilegalidades! E continua solto, a ir e a vir! Onde vamos afinal parar?
PS: Eu sou Amadeu! I am Amadeu! Je suis Amadeu! Ich bin Amadeu!
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