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alex saab

O empresário colombiano Alex Saab, apresentou queixa contra polícias cabo-verdianos, acusando-os de terem confiscado e ocultado documentos oficiais na prisão no aeroporto internacional da ilha do Sal, anunciou esta terça-feira, 8, a defesa.

“Ontem [segunda-feira], 07 de setembro de 2020, a equipa jurídica de Alex Saab, detido de forma arbitrária na prisão do Sal (Cabo Verde) desde 12 de junho último, apresentou uma queixa contra membros da polícia cabo-verdiana”, segundo um comunicado enviado hoje em Madrid à agência Lusa pelo gabinete do ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, advogado de defesa internacional do colombiano.

Alex Saab, 48 anos, um empresário colombiano, que também é diplomata venezuelano, foi detido em 12 de junho último pela Interpol e pelas autoridades cabo-verdianas durante uma escala técnica que o avião em que viajava fez no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal.

A detenção foi feita com base num mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos da América (EUA), que o consideram um testa-de-ferro do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

De acordo com o gabinete de Garzón, a denúncia foi feita porque no momento da detenção de Alex Saab, a polícia “ocultou” documentos “oficiais” transportados numa “pasta” que demonstravam a “natureza diplomática da viagem com uma missão especial, assim como o caráter diplomático como enviado especial”.

“A polícia escondeu tais documentos, impedindo-os de serem apresentados aos juízes” que tinham de examinar a “imunidade de Alex Saab como enviado especial e, portanto, protegido internacionalmente”, insiste a defesa.

O gabinete de Garzón adianta que “esta pasta foi devolvida dias depois sem que houvesse um registo do que foi apreendido ou dos documentos encontrados”.

A defesa de Alex Saab alega que, para além da natureza criminosa da ação, os documentos podiam permitir “uma reviravolta legal” na situação do detido.

O Governo norte-americano de Donald Trump acusa Saab de ter branqueado 350 milhões de dólares para pagar atos de corrupção que atribui ao Presidente venezuelano através do sistema financeiro dos Estados Unidos.

O caso está agora a ser analisado pelo Supremo Tribunal de Cabo Verde, depois de a defesa ter recorrido da sentença do Tribunal da Relação do Barlavento, na ilha de São Vicente, que decidiu em julho dar um parecer positivo à extradição formalmente requerida pelos Estados Unidos.

Com Lusa

Comentários  

0 # Carlos Benitez 11-09-2020 13:30
Acho que o Sr. Saab foi injustiçado em grande medida. Ele precisa de justiça. Esperemos que ele seja libertado logo. Por quanto tempo ele pode ficar enjaulado como um animal? Não há ninguém no mundo que possa lutar por ele? Quem está querendo que ele seja preso em condições desumanas.
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-1 # Luiz Nunes 08-09-2020 22:40
Esse Baltasar é um fanfarrão, pensa que ainda somos vassalos da península ibérica...
Vai fazer de tudo para atrapalhar o estado de direito e a correta extradição do Empresário Alex Saab. Sendo advogado, ele bem sabe que terá total direito de defesa nos tribunais dos EUA, poderá apresentar todos os documentos que queira. Mas não insiste em acusações infundadas querendo ameaçar e achincalhar...
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0 # CARLOS EVORA 08-09-2020 21:18
A defesa do corrupto e lavador de dinheiro está desesperada vendo que vão perder a causa estão lançando mãos a todo o tipo de artimanhas e difamações para condicionar a opinião publica. O que não sabem é que estão cada dia a cavar mais fundo a cova do colombiano.
As autoridades cabo-verdianas deviam por fim a este rosário de mentiras e processar tanto o colombiano como a corja de advogados que o representa
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0 # Maria Fortes 08-09-2020 18:54
Infelizmente bastante tarde essa queixa. Primeiro veio também e bastante tarde o extravio da maleta com 20.000 euros, depois maus tratos da Polícia, depois a presença de polícias americanas na Cadeia do Sal e agora o desaparecimento de documentos.
Creio que Baltasar Garzón e sua equipa estão perdendo cada vez mais a sua credibilidade com tantas invenções.
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