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 crianças violentadas

Um homem suspeito da tentativa de homicídio, em menos de um mês, de duas crianças de 3 anos no concelho de Santa Catarina de Santiago vai aguardar julgamento em prisão preventiva, segundo determinação judicial revelada hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em comunicado, a PGR explica que o primeiro caso “chegou ao conhecimento do Ministério Público, através da Esquadra da Polícia Nacional de Santa Catarina”, apontando que na localidade de Boa Entrada um homem “havia agredido fisicamente”, em 04 de maio, uma menina de 3 anos.

Nessa altura, o Ministério Público “ordenou a abertura de instrução” e durante a investigação, apoiada pela Polícia Judiciária, “identificou um suspeito, que constituiu como arguido e interrogou nessa qualidade, tendo havido, no entanto, a necessidade de obtenção de mais elementos de prova”.

Contudo, prossegue o comunicado, “chegou novamente ao conhecimento do Ministério Público” que o indivíduo, em 01 de junho, “havia agredido fisicamente uma outra criança, também do sexo feminino de 3 anos de idade”.

A PGR acrescenta que com os “novos elementos de prova que comprovaram os novos factos e reforçaram os indícios anteriormente recolhidos”, o Ministério Público “ordenou a detenção fora de flagrante delito do arguido anteriormente constituído”.

O arguido é considerado “fortemente indiciado” da prática, em autoria material e em concurso real, de “dois crimes de homicídio agravado em razão da qualidade das vítimas, na sua forma tentada”.

Presente a primeiro interrogatório judicial, e de acordo com o requerimento do Ministério Público, o suspeito vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, segundo a PGR, que refere que o caso continua em investigação.

Com Lusa

 

Comentários  

+2 # Daniel Carvalho 10-06-2020 09:50
Em relação ao primeiro caso, o de 4 de Maio, pelo depoimento que ouvi de uma senhora vizinha, através das antenas da RNCV,o suspeito - nome técnico - Autor da tentativa, tratava-se de um vizinho, reconhecido pela própria criança vítima que o terá reconhecido e denunciado, tanto no hospital em Santiago Norte como no Hospital AH, para onde foi transferida de emergência.
A reportagem deixou claro que passado um tempo mais de que suficiente, a polícia ainda não tinha chegado ao local do crime para as diligências necessárias. A RNCV não avançou com mais informações, deixando os seus ouvintes a meio percurso, , como de resto é habitual a todos os órgãos de comunicação social caboverdianas que muito raramente conduzem uma investigação até ao fim.
Duvido muito se o Ministério Público, neste primeiro caso, terá ouvido esta senhora que prestou depoimento à RNCV, pois, da forma como ela descreveu os factos, o indiciado merecia um outro tratamento, compatível, que talvez até pudesse poupar essa segunda vítima.
Inicialmente, o repórter esteve muito melhor posicionado e mais atento que a polícia, mas pena é que não foi consequente. É um grande drama da nossa investigação criminal.Desistir-se a meio caminho, talvez porque as evidências tardam em aparecer.Quem duvidar, que consulte os arquivos das procuradorias e da polícia.
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