Um estudo epidemiológico sobre a covid-19 em Cabo Verde, apresentado esta sexta-feira, 10, na Praia, indica que até Julho, o país vai registar cerca de 38.961 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e cerca de 430 mortes. Para a OMS, no pior dos cenários o Covid-19 poderá atingir 100 mil cabo-verdianos e 44 mortos até Março de 2021, razão pela qual o representante desse organismo da ONU pede alargamento do Estado de Emergência.
O autor do estudo, encomendado pelo Ministério da Saúde, o matemático José Augusto Fernandes, explicou que esta projecção foi feita com base num cenário real, isto é, com base nos dados fornecidos desde o início da pandemia em Cabo Verde, 19 Março, e tendo o País em quarentena assim como se encontra neste momento, com a implementação das medidas de restrições e com 74,1% da população em casa.
“Desde o início da pandemia em Cabo Verde (19 de Março), a Direcção Nacional da Saúde, de acordo com o director nacional no dia 04 de Abril, já realizou 100 testes, dos quais verificou-se um total acumulado de sete infectados. Isso corresponde a uma média de 7% de evidência dos infectados”, explicou.
“Fizemos uma análise de confiança estatística e dissemos é bom inferir para a população (556.000) deu-nos 38 mil e fomos buscar o cenário que mais se próxima a infecção máxima e buscamos 74,1%. E fizemos as previsões todas baseadas nessa curva de previsão”, acrescentou.
De acordo com esta projecção, o pico da doença será atingido 60 dias depois do início da pandemia em Cabo Verde, ou seja entre Maio e Junho, período durante o qual poderão ser registados 23 mortes/dia.
Este modelo epidemiológico não separa o número dos infectados assintomáticos dos demais e nem aponta o número total de pessoas que teriam ou terão necessidade de ser hospitalizadas.
Entretanto, adiantou que, na Cidade da Praia, por exemplo, durante o período em referência cerca de 50 pessoas terão necessidade de cuidados hospitalares intensivos.
O autor do estudo destacou os impactos das medidas tomadas pelo Governo para combater a propagação do vírus, nomeadamente as medidas de distanciamento social e de confinamento, e defendeu a necessidade se alargar o estado de emergência.
Segundo José Augusto Fernandes, num cenário sem nenhuma medida o País registaria, em 27 dias, isto desde início da pandemia até hoje, 165.505 infectados e 1.821 mortes, sendo que durante o pico, num só dia morreriam 348 pessoas.
Apresentou também cenários para 30, 40, 50, 70 % de confinamento, sendo que num cenário de cumprimentos de 30% da quarentena o País registaria 111.767 casos positivos, 40% com 93.998 casos, 50% com 77.768 infectados e 70% com 45.440 infectados.
“O efeito da quarentena é notório. Vale a pena porque não temos nenhum medicamento, não há vacina e para o desconhecido o único remédio é ficar em casa”, sustentou.
Estudo tem intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%.
José Augusto Fernandes adiantou, entretanto, que o modelo poderá ser ajustado à medida que os dados forem surgindo.
Na mesma sessão, organizada pela Direção Nacional de Saúde e pelo Governo cabo-verdiano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou também uma projeção para Cabo Verde, preparada pelo escritório regional de África, neste caso a um ano (20 de março de 2021), que prevê que a covid-19 atinja 20% da população, equivalente a 100.377 pessoas, dos quais 83% assintomáticos, e 44 mortos, no pior dos cenários.
Hernando Agudelo, representante da OMS para Cabo Verde, destacou, durante a apresentação do estudo, que são apenas previsões, embora sublinhando a sua importância, por questões de planeamento de saúde pública: “Para planificar os serviços de saúde, quantas pessoas têm que trabalhar, quantos ventiladores, quantas camas”, explicou, aludindo às necessidades que os vários cenários implicam para o serviço nacional de saúde.
Contudo, todos ressalvam que os modelos estatísticos foram preparados com base nos indicadores e evolução noutros países, alguns dos quais, como China e Itália, fortemente afetados pela pandemia e pela sua rápida evolução.
Para Hernando Agudelo, as medidas já adotadas em Cabo Verde mostram que a “contenção ajuda”. “Se não houvesse o vírus não teríamos esse problema. A quarentena é algo que foi inventado para 40 dias. Perante uma epidemia desta natureza, já está claro que o confinamento das pessoas diminui a transmissão. Por isso, fazer quarenta só 15 ou 20 dias não resulta”, disse, sugerindo o alargamento do estado de emergência em todo o país.
Com Lusa e Inforpress
Tenhamos cuidados e salvaguardar o bem jurídico essencial(vida)
Triste que ainda tem quem pague por isso.
Com uma amostras aleatórias, não somente aos casos suspeitos, os resultados seriam diferentes naturalmente e sem com uma margem de erro aceitável em função da margem de confiança proposta. Não se tratou de uma amostra totalmente aleatória uma vez que os casos positivos resultaram de testes orientados apenas indivíduos da população na condição de suspeito, o que diminui a fiabilidade do rácio entre casos positivos/nº Mortes contra total de população.
Por outro lado, os dados desta pandemia têm mostrado que o vírus tem menos velocidade de propagação em África. Os números que observamos todos os dias de em todos os países do mundo abraçados por esta crise parecem validar esta tese. Alias em África apesar de um aumento gradual, não tem seguido a tendência exponencial de avanço de infectados e morte
Se entretanto chegarmos a meados do próximo mês de Maio com a situação igual ao dia de hoje e assim façamos votos, poderíamos estar a falar de mortes em catadupa, a partir daquela data…
Deus nos livre deste maldito estudo!
É muito estranho o governo encomendar esse estudo numa altura destas. Ainda é prematuro. Mesmo tratando-se de uma previsão, é necessário haver uma quantidade de infetados substancial para se elaborar um estudo credível. Por essa ordem de ideias, se houvesse só um infetado em Cabo Verde e ele tivesse morrido, fazer-se-ia um estudo da letalidade da COVID-19 em Cabo Verde e chegar-se-ia a uma taxa de letalidade de 100%...! Isto, é este governo a fazer aquilo que ele faz de melhor: manipular as estatísticas.
Se este estudo foi elaborado para justificar a extensão do estado de emergência, torna-se preocupante quando o governo precisa justificar aquilo que não precisa de justificação. Isso quer dizer que o governo está a preparar-se para justificar aquilo que NÃO pode fazer num estado de emergência.
Daqui a alguns meses, se essas previsões não se confirmarem, quem irá responsabilizar-se pelo dinheiro público mal gasto? O autor desse estudo vai devolver o dinheiro por ter feito previsões erradas? Não seria melhor o governo usar o dinheiro dos contribuintes para coisas realmente necessárias?
Entendem agora?
Em todo caso, vamos todos seguir as recomendações nacionais, assim acredito que os números vão ser totalmente diferentes.
o DJUZÊ Fernandes também foi Prizidenti de NOSI, mas pelo que ouvimos dos técnicos o gajo achou o trabalho muito pizadu e resolveu virar CONSULTOR do NOSI na razão de 350 contos mensais e sem fazer nada. vida boa seus marmanjos !!!
o outro é o TAL DELINQUENTE Fernandes, que o MP já tem bem segurado pelo rabo por CRIME INFORMÁTICO nos registos de terrenos.
enfim até parecem os IRMÃO METRALHAS a desfilar pelo Cúverno de CV.
... o melhor modelo que apresentaram ao povo de CV é o MODELO DE SACANAGEM com as FINANÇAS PÚBLICAS !!!
Não vai morrer coisa nenhuma.
Boca no Inferno. Desgraçado .
Então quer dizer que não temos nenhum caso em Cverde? Era bom que fosse!
Veja bem essas contas, ó rapaz!
Francamente acho inoportuno e agressiva do estado Psiquismo dos caboverdianos... Repúdio este estudo, que visivelmente, encontra-se cheio de vícios de intenções!
Seria interessante integração de variáveis como:
-- geográfica (somos ilhas, temperatura media durante esse períodos dispersão dos aglomerados populacional, pressão demográfica , densidade populacional)
-- socio-econômica (comportamento das pessoas, estrutura etária da população para o meio urbano e rural, nivel de pobreza)
--mobilidade (deslocação urbana e inter urbaba, entre ilhas)
Com integração desses variáveis acredito que teriamos um modelo mais ajustado e representativo da realidade.
Nada de alarmismo como foi dito sao modelos e projeção matemático
Os nossos números são bem otimistas em relação aos outros países que demoram na introdução das medidas.
Mas uma coisa é certa, si as medidas não fossem tomadas no dia 19 de Março mas sim 15 dias antes ( 4 de Março ) o nosso cenário era ainda melhor sem dúvida.
Mas isso é passado. De momento existe uma única forma de melhor o nosso cenário ainda mais, é aumentar a percentagem de confinamento em casa de 77% para 92%.
Isso reduzira 15% o valor do nosso cenario.
POR ISSO FIQUE EM CASA.
Parabéns ao professor e Dr Cacuto pelo excelente estudo. Lembrando que o modelo é igual para todos os países, a única diferença é o cenário e nós fazemos o cenário.
estem[censurado]l d senhor Sonjon
Bé cbô bóka lá pa fund d'mar.
Deus não ouça estes teus calculos politicos.
Segundo : o presidente da república e os de[censurado]dos tem onde comer e ficar
E aquela mãe que tem que trabalhar pelo pão de cada dia vão morrer à fome ???
Deve-se continuar com estado de calamidade mas não emergência
Deixem-se de politiquices tá ? Bom...
E esse tal de vosso modelo matimáticu quando é que vai desfilar noutras passarelas ?