Tribunal decretou esta tarde de sábado a prisão preventiva de dois dos quatro tripulantes do iate que a PJ, no âmbito da "Operação Zorro", flagrou na passada quarta-feira com 1.157 quilos de cocaína.
O francês Christian Oliver, comandante do iate Rich Harvest, e o brasileiro Daniel Guerra vão aguardar em prisão preventiva o julgamento pelo transporte de mais de uma tonelada de cocaína, descoberta quarta-feira, 23, no Porto Grande do Mindelo.
O segundo Juizo do Tribunal da Comarca de São Vicente, que ouviu os suspeitos das 19 às 21 horas de ontem, sexta-feira, e hoje, sábado, 26, das 11h00 até depois das 14 horas, decretou a prisão de Oliver e Guerra por serem os únicos dos quatro tripulantes do iate que foram apanhados em flagrante.
Os outros dois brasileiros – Rodrigo Dantas e Daniel Dantas – que compunham a tripulação do Rich Harvest estavam em terra aquando da “Operação Zorro” da PJ, pelo que a sua detenção foi fora de flagrante delito, razão pela qual o juiz decidiu deixá-los em liberdade, mas sem poderem sair de Cabo Verde até ao seu julgamento.
Durante a audição no tribunal, os suspeitos negaram ter conhecimento da existência de estupefacientes a bordo do iate, alegando que foram contratados “por uma pessoa” no Brasil para levarem o Rich Harvest da cidade de Natal até à ilha da Madeira. Contaram que só depois de perceberem que a embarcação se tinha avariado é que decidiram desviar a rota para Cabo Verde.
Só que a PJ já sabia da existência da droga nesse iate, tendo por isso posto em andamento a “Operação Zorro” que viria, então a descobrir num fundo falso, coberto com cimento, vários pacotes contendo cocaína.
Aliás, terá sido por causa disso – o cimento que teve de ser partido – que a PJ demorou quase 24 horas para encontrar toda a droga escondida no Rich Harvest. Logo de início conseguiram recuperar 500 quilos, mas à medida que iam quebrando o caso iam saindo mais, aumento para 700 até chegar aos 1.157 quilos de cocaína em elevado grau de pureza, no que já é a segunda maior apreensão de cocaína no arquipélago, só ultrapassado pelos 1.500 quilos da Operação Lancha Voadora.
Armindo Gomes, a que se sabe, foi nomeado defensor oficioso de Daniel Guerra, um dos que vai aguardar julgamento em prisão preventiva. Os outros arguidos, Christian Oliver, Daniel Dantas e Rodrigo Dantas constituíram como seu defensor o advogado Jorge Semedo.
Pimbaaaaaaaaaaaaaa!
"Tasse" bem em Cabo Verde!
E a Ordem dos Advogados de Cabo Verde vai no mesmo diapasão de garantir e defender os bandidos e as bandidas|
Pimbaaaaaaaaaaaa!
Pois é!
Este o sistema judicial e o poder judiciário criado pela Constituição da República de 1992!
E nessa data em 1992 quem estava no poder?!!!
Pois, pois|
:P
Leia esse texto e mudará seu pensamento. Eu sou como vc! Raficalmente contra as drogas. Mas nesse caso, eles são inocentes...
Se puder ajudá-los, ajude. Garanto, são inocentes.abs e bons ventos
Quando o sonho se transforma em pesadelo.
Já conheço o Daniel Guerra a mais de 15 anos.
Sempre humilde, sempre correndo atrás de seus sonhos, sempre livre. Livre.
Em 2011 dividimos uma semana de aventuras pedalando pelo Caminho de Santiago.
Depois ele pedalou por um ano entre a Colômbia e a Patagônia. Um ano, pedalando, dormindo ao relento, conhecendo o mundo, vivendo... Livre.
Mas seu sonho maior era velejar.
Sempre que nos encontrávamos, ele sempre pedia informações, que caminho seguir, como se tornar um velejador.
Eu admiro muito nele esta qualidade. A humildade de pedir, de querer aprender. De buscar fazer as coisas da maneira certa.
Fez todos os cursos, foi trocar trabalho por oportunidade de velejar. Foi ganhando experiência. Passo a passo.
No início deste ano me avisou que finalmente seu sonho ia se tornar realidade.
Ia cruzar o Atlântico, do nordeste do Brasil até a Europa.
Eu tive a oportunidade de tentar uma vaga na tripulação, mas tinha outros deliveries agendados. A idéia me agradava, cruzar em uma rota que ainda não fiz, mais um bom barco no currículo, uma longa velejada, visitar a família na Europa... Eu tinha muitas razões para ir, mas meu compromisso com os outros barcos não me permitiu.
O Daniel foi.
Seu principal motivo: Viver seu sonho.
Se sentir Livre no meio do mar, em total harmonia com a natureza. Livre.
Ele me ligou qua do chegou em Cabo Verde. Estava muito feliz. Eu conseguia sentir em sua voz o quanto mágico estava sendo esta experiência para ele. Me falou das dificuldades, das noites com estrelas cadentes, do quanto estava aprendendo.
Dois dias depois recebi a notícia que ele estava preso. A polícia de Cabo Verde encontrou 1150 kilos de Cocaína escondida sob concreto e placas de aço no fundo do barco.
Escondida em uma reforma realizada no Brasil, de forma a que fosse impossível localizar.
Nos últimos 9 anos da minha vida tenho feito isto. Pular de um barco para outro em tudo quanto tô é lugar do mundo, para levá-los de um país para o outro. Me pergunto se eu teria suspeitado ou encontrado a droga neste barco. Muito provavelmente, não.
Acredito que eu estaria lá preso com ele agora.
Infelizmente, o sonho do Daniel se tornou o pior pesadelo para uma pessoa livre como ele.
Gostaria de pedir um momento de solidariedade para esta pessoa especial. Que o incluam em suas orações se são religiosos, de pensarem nele de forma positiva na próxima vez que virem o mar.
Se possível, assinem o abaixo-assinado para ajudar a mobilizar o governo brasileiro para a situação desesperadora que ele vive neste momento.
Dani. Tamo junto irmão!