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Afinal os estagiários contam como empregados nas estatísticas produzidas no país. É o que o Instituto Nacional de Estatística (INE) respondeu ao PAICV, em carta datada de 7 de janeiro, cujo teor Santiago Magazine teve acesso.

Nos últimos dias de 2019, o INE anunciava a descida da taxa de desemprego para 10,7%, apurada no âmbito do Inquérito Multiobjectivo Continuo (IMC), referente ao primeiro semestre de 2019. Antes, a mesma taxa estava fixada em 12,1%.

Na sequência, o PAICV enviou uma carta ao INE, no dia 31 de dezembro, solicitando informações respeitantes “aos dados dessa redução no que tange ao número de empregos gerados, aos sectores de atividade onde esses empregos terão sido supostamente gerados, as ilhas e/ou municípios onde terão sido gerados, a faixa etária desses empregados ou desempregados e ao nível de escolaridade dos mesmos”. 

Para o PAICV “o papel da oposição é, para além de outras tarefas, fiscalizar a acção governativa, com base em dados verídicos, que possam elucidá-la sobre aquilo que se pretende fazer”, sugerindo que essas informações são de interesse público, e a sua fidedignidade deve ser confirmada por quem de direito (neste caso, o INE), uma vez que “são imprescindíveis para o exercício da deputação”.

O INE, por sua vez, admite na sua resposta que os estagiários contam como empregados, ao mesmo tempo que diz estranhar tal questionamento da oposição, por ser uma prática que vem de 2011, ou seja, há 8 anos.

Trata-se, no entender do INE, de uma metodologia recomendada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), tendo em conta a definição de empregado, que é considerado uma pessoa com 15 anos ou mais que exerceu uma atividade económica de pelos menos 1 hora, na semana em referência, mediante o pagamento de uma remuneração ou com vista a um benefício ou ganho familiar, em dinheiro, em bens ou em géneros”.

Por fim, o INE promete enviar o relatório completo do IMC em questão, com a brevidade possível.

Recorde-se que a líder do maior partido da oposição, Janira Hopffer Almada, no radiofónico “Opinião Pública”, mostrou-se incrédula em relação aos dados do emprego divulgados pelo INE, questionando se estágio é emprego, bem como onde e que empregos foram gerados, pondo em causa as referidas taxas.

Para o PAICV o governo vem massificando os estágios profissionais para enganar o país sobre a sua incapacidade de gerar emprego, quando se aproximam as próximas eleições, sobretudo os 9 mil empregos por ano, como havia Ulisses Correia e Silva prometido durante a campanha eleitoral

Comentários  

0 # Cigarra SV 19-01-2020 13:59
Com a contagem da população geral deste ano deveriam perguntar sobre emprego.
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0 # Cigarra SV 19-01-2020 13:56
Desde 2011 que este dados são publicados desta dorma. Dedo na oi prop. Tirando os estagiários que muitas vezes não recebem nada e os empregos muito precários de poucos dias, a coisa fica feia. PAICV E MPD te estod e na troça.
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-1 # copyright 10-01-2020 08:15
Alguém tem q acusar o INE de Falsidade contra a fe' publica ,pois os estagiários tem data prevista da permanência no mundo da actividade econômica ,06 messes ,então pq incluirmos . O INE tem que responder com regulamento ,não com opiniões seja la de quem fora.
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-1 # Kauberdiano 09-01-2020 16:16
Brincando com a nossa mente “trabalhadora” e “estagiadora” (se é que eu posso inventar este palavreado), pois, parece que devo rever o contexto da palavra emprego disposta no dicionário.
Assim vamos de “emprego a emprego”, puff
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0 # Minho 09-01-2020 09:59
Sr Jornalista...não é o INE...é a metodologia da OIT e, reforço que sempre foi assim...analisem com isenção o conceito...palhaçada
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0 # Terra-terra 08-01-2020 23:55
Kkk, de Faimo a Estagio! Kkkk
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+1 # PMB 08-01-2020 23:46
Não sejam parvos, mesmo contando o total de estagiários foram 1.400 jovens o que significa que mesmo descontando esses números ficaremos com um crescimento demais de 10 mil de outro tipo de empregos
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