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pe. samuel

Polícia Nacional já tem indicações dos sequetradores, mas ainda procura seu paradeiro. D. Arlindo Furtado está estupefacto: “Tiraram-lhe tudo. A nossa sociedade está complicada”, reagiu.

A Polícia Nacional já encontrou o carro do padre Samuel da Costa que estava desaparecido desde ontem, sexta-feira, 11, na sequência do sequestro de que foi vítima o jovem sacerdote, pároco da Igreja da Achada de São Filipe, Praia, conforme o anunciado em primeira mão por Santiago Magazine, na manhã deste sábado, 12.

O veículo, um Toyota de cabine dupla, foi deixado pelos assaltantes na zona da Calabaceira, aparentemente sem deixar rasto. Só que, segundo fontes de Santiago Magazine, a Polícia Nacional já tem praticamente identificados os suspeitos e está no terreno no encalço dos sequestradores, que, até este momento, continuam a monte.

De acordo com a nossa fonte, a PN poderá a qualquer momento anunciar a detenção dos suspeitos, que, depois de interrogados, serão apresentados ao tribunal para legalização da prisão.

Este caso está a chocar não só a comunidade católica como todo o país – é a primeira vez que a onda do crime que assola o país atinge uma figura da Igreja Católica.

Ciente da gravidade da situação, o Cardeal D. Arlindo Furtado, chefe máximo da Igreja Católica no país, já reagiu ao ocorrido, criticando o rumo que a sociedade cabo-verdiana vem tomando. Citado por asemanaonline, que o entrevistou, D. Arlindo Furtado, que é também Bispo da Diocese de Santiago, confirmou o assalto e sequestro do padre Samuel da Costa, revelando que o jovem sacerdote conseguiu libertar-se das amarras e que está agora “a superar esta triste experiência”.

Dom Arlindo Furtado informa que o padre Samuel Costa vive no Seminário de São José da Praia, cujos corredores “encontram-se mal iluminados e com um contentor que facilita a acção dos criminosos”. O Cardeal descreve que o padre foi assaltado à porta do Seminário, por volta das 9 horas da noite desta sexta-feira, por três indivíduos que lhe apontaram uma arma de fogo.

”Tiraram-lhe tudo. Tomaram o carro dele, tendo levado o padre até um posto de multibanco, onde obrigaram-no a realizar uma operação de levantamento de dinheiro na sua conta através do cartão 24. Mantiveram-no amarrado num certo lugar e levaram o carro dele”, lamentou D. Arlindo Furtado, antes de observar: “a nossa sociedade cabo-verdiana está muito complicada.”

O Bispo Dom Arlindo Furtado garante, também, que a polícia está a realizar as diligências no sentido de capturar os autores desse sequestro do padre Samuel da Costa, Pároco de S.Filipe Apóstolo, na Praia.

Comentários  

0 # Nilay 15-08-2017 00:38
Lamentavelmente, o mundo está à beira dos seus últimos dias. Orai e vigiai sem cessar, porque o ladrão está sempre à espreita. O demo está sempre pronto para roubar, matar e destruir....povo cabo-verdiano nhoz labanta firme pá caba ku quel kussa vergonhoso: assalta Padre? Keli é kussé??? Forti fronta... hê?
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+1 # Pedro Pereira 14-08-2017 17:53
Aqui nao ha que sentar na mesa,nao é necessario. Tratamento de choque mais nada. Meter tropas na rua juntamente com Policias a fazerem a devida segurança as pessoas. Em França, nos Estados Unidos, em Lisboa, em alguns Paises ou na maioria ha tropas na rua, aqui em CV da-se ao luxo de ter tropas somente a vigiar os melhores filhos desta Terra,o resto é que se lixa. Vejo militares a mais sem fazer nada, com viaturas de luxo com ar condicionado, cheio de divisas e numa boa, enquanto que o coitado continua a sofrer. Os políticos todos tem guarda costas, normal, sao os melhores filhos, mas o resto quer ter segurança na rua.
Ja nao quero falar mais, porque nao vale a pena
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+1 # José Botempo 14-08-2017 09:58
Antes de mais a minha solidariedade ao Padre Samuel e votos de breve recuperação. Sempre comentei neste espaço, solicitando aos jornalistas mais rigor na transmissão das informações, a fim de precaver o cidadão das investidas dos meliantes, hoje, autênticos terroristas! Muito do que se disse foi o que a vítima contou: portanto, não faz sentido dizer que se esperou pela passagem da meia noite para se fazer um novo levantamento: devia-se, sim, dizer que o primeiro movimento foi feito na caixa xis, o segundo na mesma caixa ou na caixa y. Uma vez que a vítima não esteve com a cara vedada (deve-se apurar isso), ela deve dizer qual o trajecto feito com a viatura, pois numa sexta muita gente passa o fim do dia e boa parte da noite em "paródias" e /ou convívios. Quem conduz, cruza com tal viatura e pode-se facilmente identificar o carro dum padre. Outro pormenor, sendo já conhecidos os suspeitos é melhor dizer que são fulano, sicrano e beltrano para que eu possa dizer onde estão, caso os encontrar. Assim sob anonimato, nada adianta, pois, a Polícia conhece todos os bandidos da Praia. Mas essa mesma Polícia está desautorizada até a manter detido um meliante por mais de 3 horas - isto desde que o outro que entrou na casa do agente teve sorte menor, falecendo entre a cela e o hospital, originando a prisão do agente. É a realidade da nossa segurança. Espero ver escrito o argumento da vítima para sair ileso desse sequestro. Deve ter custado muito mais de que 40 contos. Mas isso vai ficar inconfesso como o caso de Monte Txota onde tudo o que se escreveu não passa de histórias da carochinha. Cá vai o que que foi prometido há algum tempo sobre a segurança: http://www.inforpress.publ.cv/governo-apresenta-projecto-nacional-de-seguranca-interna-e-cidadania-a-20-de-julho/
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+2 # Marmon 13-08-2017 05:35
Criminalidade é um problema social. Por esessa razão ela deve ser encarada de face pela sociedade, pelos representantes da sociedade e por quem governa o país. Assistimos durante 15 anos o MPD a tentar atribuir a existência e a proliferação do banditismo, da insegurança, etc., ao PAICV e ao seu governo sem nunca participar nas suas resoluções na vã tentativa de ganhar votos, como que ao chegarem ao poder levariam esses fenómenos para a nossa "prateleira" onde ficariam guardados e controlados. Certo é que, em parte, conseguiu. Mas esses fenómenos continuam e vêem priorando. E agora vão assumir esses fenómenos como problema social? Se os tivessem assumido antes e colaborarem com o governo anterior ao invés de os transformarem em ara de arremesso político não herdariam menos problema? Enfim, dizem os mais velho que "os netinhos de vovó " foram desmantelados em menos de uma semana nos finais da década de 80. Com base nisso pergunta-se: esses fenómenos são o preço da democracia? Se sim que tal se o "tal" que pretende ser "o pai" da nossa democracia assumisse a maternidade desses problemas? Assim não se ficaria a saber a morada desses problemas? ! Oh senhores políticos, de[censurado]dos e governo esses fenómenos são e estão na nossa sociedade, encarremo-los de face
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+1 # Orlando Sanches 13-08-2017 00:58
Triste, vergonhoso, hidiondo! Para onde caminha a nossa sociedade? Copiamos tudo de errado e de feio que acontecem em outras partes do mundo : na minha humilde opinião é chegado a hora das autoridades políticas, civis, religiosas e a sociedade no seu todo sentar-se à mesa para reflectir: onde falhamos na formação da sociedade e o que precisa ser feito para recuperar os valores que sempre nos identificaram como um povo cristão, respeitador, pacífico, trabalhador e civilizado.
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0 # Teodolinda 14-08-2017 09:14
Boa reflexão...em vez de canalizar para partidos políticos....
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