Pub

Manifestação Palha Carga Entre Picos

A população de Palha Carga, Entre Picos de Reda e Chã de Lagoa manifestou-se hoje à frente dos Paços do Concelho de Santa Catarina contra a colocação de pavimento de calçada na estrada local, dando preferência ao asfalto.

As obras na estrada que liga Achada Grande, Palha Carga, Entre Picos de Reda e Chã de Lagoa arrancaram no dia 21 de Abril e devem estar concluídas em 16 meses, representado um investimento global de 261 mil contos.

A estrada que tem uma extensão de 10 quilómetros (km), com plataforma de 6 metros (m) sendo, faixa de rodagem 5m, 2 bermas de 0,5 m cada e raio mínimo das curvas em planta de 20m, resulta de um financiamento do Banco Mundial e do Governo de Cabo Verde.

Pavimento em calçada de pedra, construção de muros, drenagem (valetas), obras hidráulicas, sinalização e segurança são as principais actividades a serem desenvolvidas.

Entretanto, os manifestantes que concentraram-se esta sexta-feira à frente dos Paços do Concelho de Santa Catarina, empunhavam cartazes onde se podia ler frases como “Calcetamento pela segunda vez em Palha Carga não”, “Queremos que a nossa voz seja ouvida”, “Queremos ajudar na decisão pública”, “Presidente (José Alves Fernandes) ausculta o seu povo e não a sua ambição” , “Alcatrão sim , calçada de pedra não” e “Chã de Lagoa quer uma estrada asfaltada”.

Segundo disse à Inforpress o porta-voz dos manifestantes, Felisberto Varela Monteiro, apesar de a estrada ser uma das reivindicações antigas dos moradores dessas três localidades, na sua perspectiva uma estrada de calçada de pedra, não vai trazer benefícios para estes povoados.

Aliás, lembrou que Palha Carga já teve estrada em calçada de pedra feita em 1969, mas que hoje se encontra de terra batida, o que no entender deste jovem prova que uma estrada asfaltada “é melhor que uma de calçada de pedra”.

Nesse sentido, as comunidades dessas três zonas rurais consideraram de “projectinho do Governo” as obras que já arrancaram e dizem que essa iniciativa “é para os calar a boca”. Por isso, foram unânimes em afirmar que não querem calcetamento, mas sim uma estrada asfaltada.

Contrariando as afirmações do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que na altura do lançamento das obras tinha realçado que uma estrada de calçada de pedra tem as mesmas condições de qualidade e segurança, Felisberto Monteiro esclareceu que uma estrada asfaltada “é mais segura e mais estética” e que permite uma “travagem brusca” em segurança mais do que uma de calçada.

Segundo ele, tendo em conta que está provado tecnicamente que uma estrada de calçada é “mais cara” que de asfalto, ressalva por isso não entender porque é que se optou por uma de calçada em vez do contrário.

Sublinhou, por outro lado, que se sentem “menosprezados” visto que as localidades vizinhas como Rincão, João Bernardo e Chã de Tanque e entre outras foram todas contempladas com estradas asfaltadas em detrimento da calçada.

Relevantemente ao emprego, os manifestantes disseram que a justificativa dada pelas autoridades não corresponde a verdade, até porque “essas localidades não têm calceteiros profissionais”.

Por isso, entendem que se fosse uma estrada asfaltada, da qual reivindicam que a população ia beneficiar ainda mais e não apenas 140 pessoas.

Na ocasião, Felisberto Monteiro avançou ainda que os emigrantes locais estão também revoltados com este projecto e que comungam também da opinião de que o calcetamento “não vai trazer nenhum benefício” para essas zonais rurais.

“Esta manifestação é apenas o início dessa nossa luta que não vai parar por aqui. Iremos até às últimas consequências e fazer com que a nossa voz seja ouvida pelas autoridades”, disse Monteiro, lembrando que são três localidades representando ao todo 1800 pessoas que estão contra esse “projectinho”.

Com Inforpress

Comentários  

+1 # Zebe 11-05-2019 13:40
Fazem muito bem. Até porque o asfalto já faz parte da nossa forma de pensar a estrada. Se é estrada, é asfaltada. Foi isso que o PAICV introduziu no país e não podemos voltar a trás. Por outro lado, não justo que haja asfalto para Librão, Engenhos e João Bernardo e calceta para Palha Carga e Entrepicos de Reda. Não podem dizer que não há dinheiro porque o governo reservou para si mais de 600.000.000 (seiscentos milhões de escudos) para viagens ao estrangeiro. Tudo na nôs kusta. Troça!
Responder
+2 # Jose Horta Monteiro 10-05-2019 19:25
Uma estrade è asfaltada
Responder
0 # Manel 10-05-2019 18:53
Sim, querem "deslizar-se" pela estrada para aumentar a sinistralidade! Fiquem com a estrada calcetada porque sempre foi a que existiu em CV. Caso contrário, terra batida poderá também vos servir!
Responder
+1 # Planalto 11-05-2019 13:35
O Manel está na troça, né?
Responder
0 # Manel 11-05-2019 18:15
Normalmente na roça ficam pessoas como tu! Justifique racionalmente, se assim puderes, porque se deve optar pelo alcatrão?
Responder
0 # António 11-05-2019 20:24
Manel pamode bu fase um raciocínio logico
Cabo verde catem cidade nem fora
Sta cre flau ma tem pessoas la k conxe
Vivência de fora
Responder