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Por: TSF

 

ProvedorJ

O funcionamento da Provedoria de Justiça no novo ano está em causa uma vez que a verba destinada a esta entidade não sofreu qualquer aumento para 2019 no quadro do Orçamento Privativo da Assembleia Nacional, aprovado esta semana. Quem o diz é o Provedor de Justiça, António Espírito Santo, em nota de imprensa.

António Espírito Santo, que se encontra em Lisboa, onde foi eleito esta segunda-feira presidente da Rede dos Provedores de Justiça, Comissões Nacionais de Direitos Humanos e demais instituições de Direitos Humanos da CPLP, explica que, na sequência da aprovação da nova orgânica da Provedoria de Justiça pelo Conselho de Ministros a 14 de maio deste ano, e que “prevê um novo sistema remuneratório”, esta entidade deu início à elaboração do orçamento para 2019, “cumprindo assim todas as exigências legais”.

É que no B.O do dia 29 de maio foi publicado a nomeação de quatro técnicos, atualmente em comissão de serviço, para o quadro definitivo do pessoal técnico da Provedoria de Justiça. Agora, a Provedoria da Justiça é confrontada com a informação de que a dotação orçamental que a AN atribui-lhe para o ano de 2019 é “a mesma do ano em curso, ou seja, aproximadamente 33.000.000 escudos, acrescidos de 5%”, o que “não satisfará o funcionamento da Provedoria de Justiça no cenário da nova Orgânica”.

Isto mesmo depois de ter sido entregue no dia 3 de julho passado ao Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, “a proposta de orçamento do Provedor de Justiça para 2019, no montante de 52.959.120 escudos com todas as justificativas e fundamentações” e de a Provedoria ter se reunido no dia 12 de julho de 2018 com o Conselho de Administração da Assembleia Nacional, onde “explicamos ao detalhe cada rubrica do orçamento”, afirma António Espírito Santo.

Perante esta situação, diz o Provedor de Justiça em nota de imprensa, a Provedoria reuniu-se de urgência com a Comissão Especializada de Finanças e Orçamento”, tendo solicitado aos deputados membros “que abordassem a questão da dotação orçamental prevista, visto que a aprovação do Orçamento Privativo da Assembleia ainda não estava concretizado, logo passível de se encontrar soluções”, o que, pelos vistos, não surtiu efeito e pode significar muitos constrangimentos ao próximo Provedor, “visto que o mandato do atual termina a 24 de janeiro de 2019”.

Comentários  

0 # Adelino Fernandes 17-12-2018 09:00
33 mil contos por ano para a Provedoria, enquanto 100, 200, 300 mil contos por ano são destinados para institutos e agências. Quando se quer sufocar um país é só cortar-lhe todos os meios financeiros de que dispõe. Iémen, Cuba, Eritreia, Venezuela são alguns exemplos. O mesmo se passa com um serviço. Sem verba, o serviço fica eternamente condicionado. O Provedor bem que gostaria de fazer mais mas não o deixam. Só não se entende por que é que se cria um serviço e depois não lhe são facultados meios para funcionar.
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0 # Arty Costa 16-12-2018 07:57
Se não há dinheiro para nós funcionários da Assembleia Nacional, porque haverá de ter para o Provedor da Justiça? Quanto é que se gasta no arrendamento do espaço onde se encontra a Provedoria? Porque não mudar para um dos vários edifícios do Estado que estão fechados por aí?
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0 # Integridade total 15-12-2018 13:59
Espirito Santo tem feito um bom trabalho na Provedoria. Deixa um grande legado e trabalho feito. Continuação de sucessos na vida futura. A sociedade saiu ganhando com a criação desse órgão. As instituições públicas veem a Provedoria como algo que está sempre no calcanhar dos seus sapatos. Daí a faltar de interesse em fortificar aquele serviço público.
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0 # Integridade total 15-12-2018 10:08
O Eng.º António Espírito Santo Fonseca é mesmo um homem cuja dignidade, a integridade e a seriedade enquanto figura do Estado cabo-verdiano nunca ninguém pôs em causa. Está no final do mandato e batalha para que o próximo sucessor tenha condições melhores do que ele. Isto é para poucos. NÃO SE ENTENDE POR QUE É QUE HÁ INTERESSADOS (NO GOVERNO, NA ASSEMBLEIA E NAS CÂMARAS MUNICIPAIS) EM CONDICIONAR O TRABALHO DA PROVEDORIA DE JUSTIÇA.
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