65 mil jovens em todo o país não têm acesso à educação e emprego. Destes, a maioria, 36 mil, é do sexo feminino. Ciente disso, o Governo promete tomar medidas concretas para massificar a formação e o estágio profissional e melhorar o ambiente do mercado de trabalho, de modo a combater a situação dos milhares de jovens desempregados no país.
A garantia é do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, que falou sobre o assunto esta ontem, terça-feira, 4, quando presidia à cerimónia de Ateliê de socialização do I Plano Nacional de Emprego, realizada na cidade da Praia.
Na ocasião, o governante asseverou que dos 65 mil jovens que estão “fora do emprego, fora da educação e fora da formação profissional”, 36 mil são mulheres, um número que, na opinião do ministro, serve de incentivo para trabalhar e alterar o status quo.
Para Olavo Correia, a problemática do desemprego em Cabo Verde é uma questão essencial que tem de ser criado pelas empresas e pela economia..
E por isso, ajuntou, o Governo está muito empenhado em criar as condições para que as empresas tenham um melhor ecossistema e ambiente de negócio e para que as mesmas possam gerar empregos dignos sustentáveis e bem renumerados para os jovens.
“Não podemos permitir que os jovens continuem fora da formação e fora do quadro do emprego e da empregabilidade. Por isso, estamos a promover o acesso ao financiamento, a reduzir a carga fiscal, estamos a apostar na promoção empresarial e, sobretudo, em relação ao sentido empresarial dos jovens em todos os domínios e em todas as ilhas de Cabo Verde”, disse.
O ministro das Finanças asseverou que o Plano de Emprego Nacional apresentado terá que ser um plano de acção muito concreto, com acções devidamente identificadas e para isso é preciso haver uma coordenação política e institucional, tendo neste sentido garantido que o Governo tomará as medidas necessárias para que esse quadro de coordenação seja o mais aberto possível.
Para que esse plano seja útil, defendeu a necessidade da criação do Observatório do Emprego em Cabo Verde que, conforme elucidou, ficará domiciliado no INE e irá permitir fornecer informações fiáveis e com qualidade permanente em relação ao mercado de trabalho no país - os últimos dados do INE apontou para uma taxa global de desemprego em Cabo Verde na ordem dos 12,2%.
O ministro apontou, por outro lado, a necessidade de adopção de políticas de inclusão das pessoas com deficiências, mulheres jovens e desempregados de longa duração, salientando neste contexto a importância de uma intervenção por parte do Estado mais cuidada, visando a formalização da economia cabo-verdiana.
“Não basta termos empregos, é preciso empregos dignos, com cobertura da segurança da saúde em relação à reforma, com contrato de trabalho devidamente celebrado para que aqueles que trabalhem tenham uma vida digna”, disse , asseverando que esta abordagem está enquadrada no plano estratégico de desenvolvimento sustentável e que vai ajudar a acelerar a dinâmica de acção para e melhoria do quadro actual.
Defendeu ainda que é preciso haver sustentabilidade das instituições que intervêm no sistema de formação profissional e que foram criadas para promover a empregabilidade, frisando que não basta apenas criar as instituições, mas que é preciso que as mesmas tenham as competências necessárias e meios necessários e um quadro de sustentabilidade.
Na opinião do governante, o desafio do vencer o desemprego jovem é de todos os actores da sociedade civil e do Governo , reconhecendo, contudo , que os jovens cabo-verdianos que estão no desemprego precisam de oportunidades para terem acesso ao mercado de trabalho.
Para a coordenadora das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Patrícia Graça, o Plano Nacional de Emprego é um plano que visa responder às aspirações nacionais em termos de emprego e, em particular, o emprego jovem, e espelha a vontade de Cabo Verde de melhorar as condições de emprego.
Reiterou, por outro lado, o apoio das Nações unidas em continuar a apoiar os esforços do governo cabo-verdiano na implementação de políticas de emprego digno e sustentável, l numa perspectiva de promover o desenvolvimento de Cabo Verde.
O referido plano enquadra-se no programa de apoio a estratégia de criação de emprego em Cabo Verde foi financiado pela cooperação luxemburguesa e executado pelo programa das nações unidas e a Organização Internacional do Trabalho.
Com Inforpress
- Instalação da escola do mar em ST para todo Sotavento á semelhança do instituto agrário já indicado para Santo Antão;
- Parque industrial que nunca se instalou;
- Centro de convenções.
Estes 3 projetos contribuiriam efetivamente (sem medidas paliativas para santiaguenses dormir) para diminuir o desemprego em Santiago que é o mais elevado em CV, para além de esta ilha os merecer há muito mas que não se efetiva pois não tem políticos e jornalistas que noutras paragens pressionam para suas ilhas!
Esses números não correspondem a verdade, muito mas ainda estão, é só ver o nível de pobreza das ilhas, principalmente o meio rural Vs meio urbano, numa estatística séria para sabermos o real número de jovens desempregados e sem acessos a educação.
O governo tem que sair da teoria para entrar na prática, podemos dizer que já são três anos de teoria e nada de prática. Não acredito que vamos ter uma legislatura de teorias, creio eu povo não vai aprovar mais um mandato nestas condições. Não esqueçam que são os jovens que depositaram as confianças neste governo baseado em propostas eleitorais feitos pelos senhores, são eles quem vão retirar as suas confianças depositadas. Têm que acordarem porque a governação esta ao relento, isto é "na madorna" e muitos vezes o despertar é tarde. É só uma chamada de atenção.