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Por: Sofia de Oliveira Lima

Sofia Lima

DIREITO DE RESPOSTA

Tendo tomado conhecimento da notícia publicada no jornal on line Santiago Magazine de 2 de Novembro sob o título: “ A Bastonária da Ordem dos Advogados contratada para assessorar o governo”, diz:

Em primeiro lugar, lamenta que antes de publicar o artigo, o jornal não tenha contactado a Bastonária, para exercer o contraditório, de forma a apurar a veracidade dos factos e assim garantir a idoneidade da notícia e do próprio jornal;

Se o jornal tivesse ouvido a Bastonária primeiro, teria constatado que:

1. Nos termos da 91/VI/ 2006, de 9 de Janeiro, (Estatutos da Ordem dos Advogados de Cabo Verde), O exercício de cargos nos órgãos da OACV é gratuito, salvo deliberação em contrário da Assembleia-Geral por maioria absoluta de votos dos seus membros;

2. Portanto, a Bastonária não aufere nenhum salário por exercer as suas funções na OACV;

3. Que, reunidos em assembleia geral ordinária, em 2017, os advogados deliberaram por unanimidade atribuir um subsídio à Bastonária e senhas de presença a todos os membros dos órgãos sociais da OACV, de maneira a dignificar as respectivas funções e a compensa-los simbolicamente pelo tempo que despendem em prol da Ordem;

4. A Bastonária não exerce as funções em regime de exclusividade;

5. A Bastonária exerce a advocacia plenamente e a consultoria jurídica;

6. A Bastonária, enquanto advogada e consultora jurídica é uma profissional liberal, com total independência técnica, podendo celebrar contratos de avença com particulares e com o Estado, não assessorando, de forma permanente, nenhum TITULAR de cargo político;

7. O contrato de avença não pressupõe qualquer tipo de subordinação jurídica, pelo que não põe em causa a independência da advogada;

8. O jornal ao se referir à Bastonária da OACV, nos termos em que escreve, pretende pôr em causa o bom nome da Bastonária da OACV, que representa uma Ordem profissional importante, pondo em causa, dessa forma a própria classe dos Advogados;

9. O jornal ao se referir à Bastonária da OACV, nos termos em que escreve, pretende pôr em causa também a idoneidade do Governo de Cabo Verde;

10. As partes do contrato aludido agiram nos termos da lei, da boa fé e da total transparência;

11. Não tendo o jornal demonstrado qualquer tipo de violação a qualquer regra ou princípio, por parte da Bastonária, antes pelo contrário, agindo de má fé, as intenções ficam com o seu autor;

12. Pelo supra descrito, a Bastonária reserva-se no direito de agir judicialmente contra o jornal estando a questão a ser apreciada por mandatário que constituiu para o efeito.

* Título da responsabilidade da redacção

Nota de Redacção: Santiago Magazine fez a peça com base no despacho publicado no Boletim Oficial. A peça não diz que se trata de um acto legal ou ilegal, moral ou imoral, ético ou anti-ético. Também não diz que o Governo não é idóneo, nem a ora contratada. Em momento algum o jornal disse quanto é que a Bastonária recebe na OACV, porque não sabe. Só disse que sabe que recebe como bastonária que é. Se salário, se subsídio, dá na mesma. São estes os factos relatados pelo jornal.

Comentários  

+1 # Júlio César Barbosa 05-11-2018 10:16
Artº 199º do Código Laboral Cabo Verdiano.
1. Considera-se retribuição a remuneração de base e todas as prestações regulares e periódicas feitas, directa ou indirectamente, em dinheiro ou em espécie, ao trabalhador como contrapartida do seu trabalho.
2. Até prova em contrário, presume-se como retribuição toda e qualquer prestação do empregador ao trabalhador.
PS: Consultar o significado da palavra "salário", no dicionário da língua portuguesa.
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+1 # Sabastion 05-11-2018 04:25
E porque esta necessidade contratual do Estado não foi posta em concurso público dando oportunidade a outros? TRANSPARÊNCIA REQUER-SE!
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+4 # Manuel Miranda 03-11-2018 15:04
Nāo vejo nada de anormal nisto. Receber salario ou subsidio, em função de prestação de serviço, tudo é mesma coisa. Por tanto, nāo é ofender ninguem. Viva Santiago Magazine.
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0 # Lito Lopes 03-11-2018 09:49
Não sei explicar!!! Mas sempre que leio algo sobre pessoas com algum poder no país, dá a sensação de estar num país da ditadura.
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-1 # CVMundo 03-11-2018 09:34
Meus Caros

Os profissionais liberais ( como é ocaso da Sra) vivem profissionalmente de prestação de serviços a varias instituições, empresas, pessoas etc. Não vejo nada de mal nisso. Ela presta um serviço e em troca ganha o que … dinheiro. Se não ganhasse nada seria o que … escravatura. Ou vocês querem que ela roda bolsinha ou leva soco na rosto para viver.
Podem questionar o pq dela e ai responde : o contratante vai escolher um(a) inimigo(a) para o assessorar… seria ele o burro então.
Capital esta sem assunto…..
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-1 # João Mario 02-11-2018 21:48
Subsídio e salário não são a mesma coisa, tal como furto e roubo não são a mesma coisa. Portanto, não dá no mesmo usufruir de um salário e/ou perceber um subsídio. Informar é bom, agora armar-se em conhecedor do Direito pode custar caro ao Jornal SM. Em parte nenhum da teoria do Direito salário é equiparado a subsídio ou vice-versa. Quanto ao resto, acho muito bom e encoraja-se aos jornais que todas as ações do Governo e de outras entidades públicas (a Ordem é entidade Pública) sejam escrutinadas pela imprensa. Trata-se, com efeito, de um serviço público que a imprensa presta à sociedade.
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0 # Correção 05-11-2018 05:43
Sr. João Mário, quando um burro corrige o outro, simplesmente o erro inverte-se.
O senhor provou que de direito pouco ou nada percebe. Pois, de forma arrogante e meio analfabeto, deu aqui uma calaca que um versado, mesmo medíocre, não o daria. Interpretar uma sentença ou frase, neste concreto caso.
Em momento algum Santiago Magazine deixou-se entender que Salário e subsídio eram a mesma coisa.
Disse, sim, que iam dar na mesma. Quer dizer, que o resultado final seria o mesmo. Ambos constituem Tachos para os brothers.
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+2 # Zé de Praia 02-11-2018 21:32
Isto é engraçado! Levar um jornal aoTribunal porque falou a verdade? Haja saco para tanta...
Santiagomagazine precisa ir mais longe ainda,porque os contratos chorudos mesmos, não estão sendo divulgados. Os mesmos estão sendo pagos via projectos de investimentos. Um dia os nossos parceiros internacionais vão por rédea Nésto. Esperemos que não tarda.
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-3 # Amarildo do Rosário 02-11-2018 20:45
...Afinal, o que é que o Santiago Magazine queria dizer ou noticiar? Que nota de redacção estupida... retrata o baixo nível dos jornalistas cabo-verdianos
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+4 # Morreu a ética 02-11-2018 18:01
Cabo Verde respeito acabou. Agora pelo menos respeitem os outros pq isso é injustificável corresponde falta de vergonha na cara, imoralidade e deve colocar o cargo a disposição imediatamente. Em Cabo Verde precisa esquerda dja birra pa endreta e endreta dja birra pa esquerda. Paxenxa. Demita se. Sua sem vergonha.
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+2 # Tibernau 02-11-2018 17:33
Sra. bastonária.

A Senhora sabe a classe que tem e que dirige.

sabe ainda que há bons advogados e idóneas na praça, mas sabe que há péssimos advogados, alguns inclusive burlões. Não é do seu conhecimento.

A verdade é esta se não tem direito a nenhum tipo de honorário como bastonária, também não fica bem para si receber qualquer tipo de dividendo para exercer a dita função.

Pode isto, contribuir para que alguns dos advogados citados acima, tem motivo para terem estes comportamentos

haja carácter
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+7 # Ruivino 02-11-2018 15:40
FACTO: a Bastonária recebe dinheiro, se é senha ou subsidio dá na mesma. É dinheiro na conta dela. Voluntário é escuteiro que não tem nada.
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