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 Felismino Cardoso

Tudo aponta que Óscar Tavares não será reconduzido no cargo de Procurador Geral da República (PGR). Em seu lugar, o nome do magistrado do Ministério Público, Felismino Cardoso aparece como favorito, numa corrida onde perfilam nomes como António Pedro Borges, Manuel da Lomba, José Luís Landim e Félix Cardoso.

O próximo Procurador Geral da República deve entrar em funções entre Maio e Junho de 2019, ou seja, durante do primeiro semestre do próximo ano. Segundo as nossas fontes, Felismino Cardoso é o mais consensual no seio dos magistrados do Ministério Público e conta também com mais apoios junto do partido no poder, o MpD.

Antigo Director Central da Polícia Judiciária, Felismino Cardoso é tido como magistrado experimentado, com larga experiência, e que pode assumir, com competência, a direcção desta importante instituição do poder judicial, detentora da acção penal e fiel depositária da legalidade em Cabo Verde.

Depois de Cardoso, as nossas fontes apontam o nome de António Pedro Borges como um dos favoritos. Sem muita aceitação no seio da classe, Borges conta, no entanto, com o apoio do MpD, sendo visto como muito próximo dos ventoinhas. Este Procurador da República foi  vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, cargo que desempenhou a convite do actual PGR, Óscar Tavares, antes de partir para Timor em finais de 2017.

José Luís Landim aparece logo a seguir. O nome deste adjunto do PGR, Óscar Tavares, é também visto como um dos potenciais candidatos ao cargo, mas sem grandes chances de ser escolhido. A crer nas nossas fontes, na mesma situação se encontra o Manuel da Lomba, também um dos pretendentes. Estes dois não contam com o apoio da cúpula do poder e nem no seio dos seus colegas de profissão.

Por último, vem o nome de ex-procurador da República, Félix Cardoso, hoje advogado. Este, embora próximo do MpD, é visto como outsider no seio dos magistrados, uma vez que deixou o Ministério Público e passou para o outro lado, ou seja, a advocacia. Pesa também contra Félix Cardoso, segundo as nossas fontes, o facto de ter sido visto, nos últimos tempos, como advogado de narcotraficantes.   

Enfim, muitos querem ser PGR, o mais elevado posto no Ministério Público, mas o lugar é apenas um. As nossas fontes dizem que Óscar Tavares vem mexendo os seus pauzinhos até este momento, a ver se continua, embora as probabilidades de tal acontecer são bastante ténues.

Até lá, ou seja, até Maio ou Junho de 2019, é esperar para ver. Porque as vontades de cada um contam pouco aqui. Os jogos de bastidores sim. Estes é que determinam quem vai e quem fica. Porém, as últimas palavras são sempre do Ulisses Correia e Silva, que é quem propõe, e do Jorge Carlos Fonseca, que é quem diz sim ou não.

Comentários  

0 # Francisco 02-11-2018 16:02
Penso que relativamente ao Dr. Félix Cardoso, tudo ficou decidido no STJ. Não obstante, as argumentações que se quer fazer valer para o afastá-lo, enquanto potencial candidato a PGR, é notório a relevância que este magistrado representa no seio dos seus pares. Cabo Verde precisa de um sistema judiciário que funciona e para isso, impõe que os magistrados sejam competentes e acima de tudo capazes de combater os males que inundam o sistema, como a morosidade e o seu difícil acesso .
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+2 # Teresa 31-10-2018 14:03
Sabe-se de fontes seguras que o atual PGR há muito tempo atrás manifestara que não estaria disponível para cumprir mais um mandato no cargo e que inclusive comunicara a decisão ao Governo.
Outrossim, O Dr. Félix terá afirmado que nunca o Governo lhe abordou nesse assunto até porque não aceitaria tal cargo. O Dr. Felismino será um bom PGR.
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0 # Daniel Carvalho 31-10-2018 09:37
Então, já não será um dos dois anteriormente ventilado por um certo órgão de comunicação social? Que terá acontecido? DE palite em palpite, havemos de lá chegar.Esperamos que seja um Caboverdiano, mas também não tem que ser. Esperemos para ver, pois não é tempo de mudar por mudar, tanto mais que não se trata de um cargo politico, como muitos, até por ignorância da função, gostariam que fosse.
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