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Júlio Andrade

O pessoal técnico, administrativo e auxiliar, do Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, dirigiu um abaixo-assinado ao ministro da Saúde com conhecimento do primeiro-ministro, solicitando a demissão do Conselho de Administração do referido hospital central, encabeçada pelo médico oftalmologista, Júlio Andrade.

Mais 100 funcionários assinaram já a carta, cuja cópia Santiago Magazine teve acesso. Em causa está a alteração do horário de saída do trabalho das 15 horas para as 16 horas, entre outras questões de ordem organizacional e legal, que esta classe considera falta de respeito e perseguição da parte do Conselho de Administração.

É que, segundo explicou ao Santiago Magazine um dos elementos do grupo, esse pessoal normalmente trabalha por turnos. Mas existem dias em que trabalham em horário normal, das 8 às 15 horas. E é este horário que o Conselho de Administração pretende alterar para saída às 16 horas, para quem entrar às 8 horas e 17 horas para aqueles que entrarem às 9 horas.

No fundo o Conselho de Administração quer introduzir o horário normal em vigor na função pública, só que para uma classe que trabalha em regime de turnos. E é aqui é que a contenda está.

carta HAN

Tentativas de negociação terão resultado em fracasso. A classe, que não pretende aceitar a imposição desta medida, manifesta-se agastada com o Conselho de Administração, que acusa de ter já colocado espião para denunciar eventuais prevaricadores.

“Ouvimos do próprio presidente, a afirmação de que nos sectores encontram-se vigilantes não identificados com o objectivo de vigiar os colaboradores a passar informações ao Conselho de Administração”, escrevem os subscritores do abaixo-assinado, questionando: “até que ponto já chegamos?”

A classe entende que o Conselho de Administração não tem tido muita consideração com os técnicos, administrativos e auxiliares, e pede ao ministro da Saúde que procure saber a que se deve esta atitude, para tomar medidas que se impõem.

“Pedimos que o senhor ministro pronuncie sobre a problemática que reina sobre o hospital Agostinho Neto com relação ao alargamento do horário de saída para 16 horas”, escrevem, solicitando a destituição do Conselho de Administração, pelo bem da população e pelo respeito que acreditamos que o senhor ministro tem pela classe discriminada".

Várias tentativas deste diário digital no sentido de ouvir o Conselho de Administração revelaram-se infrutíferas.

 

Comentários  

+1 # Maria Silva 10-11-2018 16:52
Qual é o problema? Eu sou funcipnária pública com vocês e trabalho das 8 às 16:00 horas, que é o horário normal para todo o mundo. Ainda mais: saio da minha casa às 7:30 e regresso às 16:45.
Estão a reclamar erradamente. Há muitas outras coisas para reclamar, mas isso não, por favor.
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0 # Vanda 01-11-2018 07:01
E quanto aos enfermeiros e auxiliares que ficam passeando pelo plateau com roupas do hospital? Tem de se tomar medidas.
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0 # Magui 31-10-2018 21:33
Dr Júlio nho continua ta exercer és funson ku vínculo hospital Sta bai dretu, pessoal KA kre trabadja só ganha dinheiro e marra vela, ku equipa de nho tudu funcionário ta educa e ta respeita KA deixa ninguém intimida nho continua Sima nho Sta bai firme e forte
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0 # Margarida da silva 31-10-2018 16:50
Hospital e um local de disciplina e os médicos controlam o cotidiano dos demais profissionais (Ka meste espioes )
Falta de autonomia na gestão prejudica o andamento e a qualidade de serviços prestados
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+1 # apartidário 31-10-2018 09:04
Este é o grande problema deste país! Ninguém mais quer trabalhar (sobretudo na função pública) e todos choram de barriga cheia! É uma forma de comodismo perverso e egoísta focado sempre em interesses pessoais, sem dar a mínima importância para a prestação do serviço público em si.

Já dizia a outra que todos querem trabalho, mas ninguém quer trabalhar.
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0 # Carlos Fortes Lopes 31-10-2018 15:29
Exactamente, meu caro. Está aqui espelhada a mentalidade corrupta e o comodismo dos supostos “profissionais” cabo-verdianos. Desse jeito o país será enterrado brevemente. Há que mudar a mentalidade assistencialista dessa gente que nada querem fazer mas reivindicam por tudo e por nada.
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+3 # Mario 30-10-2018 21:53
En ta atcha lamentavel pa conselho de Ademenistraçao ta fla mes teni espión na tudo sector .era de Pid dja passa, Escravatura dja passa funcionarios tudo cu medo,Nhós tem um pocu de respeito pa guentis di saúde e kenha de direito pa djobe pamode Hospital cu kel Conselho la é um Problema en ta fica pa li
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+2 # rossana 30-10-2018 18:14
Um coisa e' a costume e outra a Lei . Com dialogo pode resultar alguma coisa : nem para mim ,nem para bo , um ponto de consenso tem que encontrar-se .O PCA e' arroganti pra caramba mais esta colocar todo no sitio, esta com bom desempenho ,sim !!
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+1 # Carlos Fortes Lopes 30-10-2018 15:25
Não estou a entender estas manifestações. Será que os funcionários da administração dos hospitais em Cabo Verde são super especiais ou extra produtivos? Trabalhar das 8 às 16 é um horário de 8 horas, o que a maioria nunca cumpre porque o pessoal tem que ir passear e fazer compras para a casa, durante as horas de serviço, como fazem a maioria dos funcionários públicos nacionais. Estas práticas antiprodutivas precisam ser erradicadas do ambiente de trabalho da função pública nacional. Se esses funcionários não querem trabalhar 8 horas por dia que seja diminuído os salários, por justa causa. Se os responsáveis institucionais e empresariais nacional não forem capazes de corrigir essas atitudes inaceitáveis, Cabo Verde nunca mais sairá desse impasse produtivo, o que significa incapacidade de desenvolver internamente. Ou trabalha-se a sério ou não se trabalha. Quem não quer trabalhar que procure outra forma de sobreviver. Já tive a oportunidade de trocar algumas palavras com uma enfermeira no Hospital Batista de Sousa, por ela preocupar mais com as conversas banais sobre novelas e vidas particulares do que um doente sob os seus cuidados e ela teve o descaramento de me dizer, em frente de outros colegas que eu podia fazer queixa dela em quem fosse porque ninguém a conseguia suspender ou dispensar das suas funções como enfermeira do hospital. Ela até chegou ao ponto de me dizer que nem tão pouco o Minisyro da Saúde. É esta a mentalidade laboral que se pretende para Cabo Verde? Como eu disse para a enfermeira no Hospital Baptista de Sousa, volto a repetir aqui que se fosse sob as minhas directrizes muitos ficariam no desemprego. As provas estão aqui nos USA para quem tiver dúvidas das minhas determinações e decisões profissionais, como Director de Qualidade e Segurança laboral.
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0 # Razão 10-11-2018 15:39
Sr. Carlos. Tenho pena de Si. Entendo que o senhor está chocado pelo encontro com a Enfermeira e não gostou. O senhor não sabe e o que diz. Peço a Deus que lhe perdoe. Poi o seu caso é uma clara vingança aos profissionais de saúde. Se o senhor está chocado, vai fazer o curso de medicina e venha trabalhar. Estás com raiva? Vai arrebentar no inferno. O senhor não sabe do que se trata, só quer abrir a boca e mandar sair asneira. Já te reduziram salário alguma vez e te aumentaram a carga horária? Coitadinho. Se fiques quieto é a melhor coisa que fazes. Passar bem seu atrevido incherido
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0 # Carlos Fortes Lopes 12-11-2018 14:36
Caro anônimo “Razão” eu não fiquei chocado com a atitude da enfermeira no HBS porque já conhecia esses problemas nesse hospital, problemas que não estão restritos a apenas o HBS. Aliás, é o que se verifica em todas as instituições nacionais, com maior ênfase pela da Saúde, tendo em consideração a importância e exigências dessa profissão que também conheço o suficiente para comentar.
Quanto ao resto acho uma estupidez e falta de respeito às reivindicações desses funcionários. Se não estou em erro, os salários desses profissionais são de acordo com as regras salariais da administração pública nacional. Portanto não vejo como o Presidente da Administração esteja a diminuir o vosso salário. Mas, atenção, se vocês não querem dar 8 horas de trabalho não podem receber pelo que não trabalham. Até porque, pelo que conheço do desempenho dos funcionarios tecnicos/administrativos nos hospitais de Cabo Verde, vocês nem merecem o que recebem mensalmente.
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+2 # Élida Almeida 31-10-2018 09:42
O Sr. não percebe nadinha de horário de turnos certo? Senão entende então por favor cale-se.
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0 # Carlos Fortes Lopes 31-10-2018 15:07
Cara Élida Almeida, bateste na porta errada. Tu é que talvez seja uma das muitas que abusam do sistema, preocupando apenas com o salário no fim do mês. Pelos vistos nem tens sentido de profissionalismo para ser funcionária de qualquer instituição medical. Se eu estivesse no lugar do Andrade, apresentava aos membros da administração uma proposta concreta de um horário fixo; 07 -15:30 com direito a apenas 1/2 hora de folga para o almoço. Quanto aos auxiliares e médicos nas emergências e outros departamentos , aplicar-se-ia o seguinte horário: 07:00 - 15:00; 15:00 - 23:00; 23:00 - 07:00; com modificações periódicas para 12 horas por turno, com folgas de dois dias, em qualquer dos dias da semana. É assim que o os funcionários hospitais pode e deve-se exercer as funções profissionais de cuidar da saúde dos cidadãos. Abraços e tente ser mais produtiva e menos exigente. Comparticipe também no processo de desenvolvimento do teu país.
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0 # Djosa Neves 30-10-2018 14:07
É sinal que Júlio Andrade está fazendo um bom trabalho no meio de alguns candidatos a burguesinhos.
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+2 # Josefa Martins 30-10-2018 12:47
Espero que o pessoal do Hospital Agostinho Neto abra os olhos. É que lembro-me com estavam muito eufóricos no tempo de campanha. Como diz a minha vizinha os caboverdianos deram com o xicote nas suas própria costas. Estavam todos "sabi" da vida e não sabiam.
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