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O Partido Popular (PP) entregou esta segunda-feira, no Tribunal da Praia, uma acção cautelar pedindo o embargo das obras de requalificação da praça do Palmarejo, argumentando que a câmara “violou a lei”.

A informação foi confirmada hoje à Inforpress, pelo presidente do partido, Amândio Barbosa Vicente, tendo assegurado que a ideia é paralisar as obras da praça, que iniciaram a 14 de Julho e salvar o bem e pertence do domínio público e dos cidadãos praienses.

Para o líder do PP, uma autarquia que tem um mandato temporário “não pode transformar a praça, que é de todos, num bem privado”.

“Em defesa do interesse público dos munícipes da Cidade da Praia, o partido decidiu accionar todos os mecanismos legais junto do tribunal para o embargo das obras”, afirmou Amândio Barbosa Vicente.

O líder dos populares assegurou que da campanha de recolha de assinaturas para a paralisação das obras, que decorreu no início desde mês, no bairro do Palmarejo, conseguiram reunir cerca de 200 assinaturas de moradores.

O Partido Popular diz que a autarquia praiense está a violar a lei alegando que o projecto “não foi aprovado pela Assembleia Municipal”.

Por outro lado, sustenta ainda que o projecto de requalificação da praça, que terá espaço comercial e um parque de estacionamento subterrâneo para 200 veículos, é mais um investimento comercial que não irá respeitar e nem levar em conta as questões básicas de uma praça como espaços verdes, de lazer e a questão ambiental.

Em Novembro de 2017, um grupo de moradores do Palmarejo apresentou um projecto de requalificação da praça do bairro à Câmara Municipal da Praia, que iria abarcar espaços verdes, áreas de entretenimento e um parque para cerca de 74 viaturas, mas foi rejeitado, alegando indisponibilidade financeira para a sua execução.

O projecto do grupo Kym Negoce, aceite pela autarquia, prevê a criação de infra-estruturas, estacionamento, espaços verdes e lojas, estando previsto um edifício “shopping” com vários andares.

Com Inforpress

Comentários  

+1 # SÓCRATES DE SANTIAGO 15-08-2018 12:01
Apoio, sem nenhuma sombra de dúvida, a iniciativa do PP. Ali era e é uma praça, numa cidade e num bairro com um grande deficit em termos de espaços verdes, de lazer e de recreio. Ali, não se podia, de forma alguma, por dinheiro algum e troca de favores qualquer, construir supermercados e promover outras actividades puramente comerciais. Ali é a PRAÇA DE PALMAREJO, erguida para servir a população de Palmarejo, um bairro moderno da Cidade da Praia, superpovoado, um bairro de betão, com poucas árvores e apenas, apenas uma PRAÇA que, incompreensível e paradoxalmente, quer a Câmara vender à empresa Kym Negoce. Registe-se que, em nome de uma tal parceria público-privada, as grandes empresas como Kym Negoce e Adega andam a comprar quase tudo na Praia, não restando nada, mas mesmo nada para os praienses que aqui labutam, vivem e criam os seus filhos. Meu Deus, que política de desenvolvimento é este que só tem olhos para os estrangeiros endinheirados, relegando os coitados nacionais para o fundo dos infernos?! Ou será preciso um novo RUBON MANEL, "pa Nhanha di Bongolon mixa brejeru na boka"?!
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0 # Daniel Carvalho 15-08-2018 10:57
Coitado do Tribunal. Passivo no seu lugar, tem que apreciar todos os pedidos que lhe são dirigidos.
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+2 # Antonino Robalo 14-08-2018 18:54
Eu convidaria o Partido Popular a apresentar um projeto, em conjunto com os tais moradores que assinaram a petição, com financiamento garantido, que não seja dos cofres do Estado nem da CMP, para contrapor com o projeto do Kim Negoce, contendo todas as valências que reclamam faltarem no projeto em execução. Nesta terra precisamos de pessoas atuantes para o bem de todos e não de pessoas do deita-abaixo.
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