Um jovem de 29 anos morreu esta manhã electrocutado por um cabo de média tensão, quando trabalhava numa obra de construção em São Domingos. A Electra, depois de meses do pedido, já está agora a remover o poste.
Babadu Arteaga Mendonça estava a trabalhar numa construção na zona de Caiada (estrada que leva a Rui Vaz) quando, ao tentar desprender uma roldana com recurso a um ferro, foi imediatamente sugado pela corrente de média tensão que passa precisamente em frente à obra.
Na verdade, o poste que conduz a energia eléctrica de 15 mil volts já estava ali colocado, antes de o proprietário da residência iniciar a construção. Acontece que o poste ficou numa altura relativamente baixa e mesmo com o pedido do proprietário, segundo Santiago Magazine apurou, para desviar a linha a Electra nunca o fez, deixando um cabo com tamanha carga eléctrica nas proximidades de uma residência. O requerimento, de acordo com fonte da própria Electra, deu entrada na delegação de São Domingos que o encaminhou para a Praia, mas sem efeito.
Foi por causa dessa contiguidade que o jovem trabalhador acabou sendo sugado pela elevada corrente, que o repeliu para longe, tendo a electrocussão causado um apagão electrico em todo o centro de São Domingos. E isso ocorreu porque estava com um ferro na mão que usou para desprender uma roldana que ficou presa no andaime. E foi fatal: mesmo sem tocar no fio, a elevada tensão média (a alta é de 60 mil volts, a média de 20 mil) puxou o ferro levando junto o jovem de 29 anos.
Segundo informações apuradas por Santiago Magazine esta é a segunda vez que um trabalhador da referida construção é vítima de um choque electrico no mesmo cabo. Antes do caso de hoje, um outro jovem estava a usar uma fita métrica quando a corrente o puxou, cortando-lhe a mão. Desta vez foi mortal.
A Electra foi chamada para repor a energia electrica, que, entretanto, se fora por causa desse acidente. Mas a empresa está neste momento no local a remover o poste para desviá-lo da residência.
Más pur favor di uma vez pur todas, dja é altura di alguem (entidadis) ser risponsabilizado criminalmente pa sês atus, pamodi kuza di txeli ka divia aconticeba, tanto más qui um trabadjador na mesmu obra dja tomada xoki.
També n´ta alerta Câmara Municipal di São Domingos pa djobi um cabu di lus kês teni na um pé di pó en plenu praça di concelhu, antis di torna acontici mas un tragédia.
Quando essa rede foi construída, desde da antiga central de Variante até à Água de Gato, o corredor de segurança estava garantido.
Em todo o mundo onde há uma rede eléctrica de média ou alta tensão respeita-se o corredor de segurança designado por " zona de servidão ". Os responsáveis das câmaras municipais devem ter conhecimento desta regra e por isso nao devem autorizar a construção por baixo de uma linha de 20.000 Volts .Quem autorizar é irresponsável. Muitas câmaras municipais não exercem a autoridade do estado e no fim põem à frente o interesse de um particular à frente do do colectivo
Deve-se considerar zona de servidão de segurança toda extensao das redes AT e MT.
A questão que se coloca é um problema de gestão do território.
Toda e qualquer rede de média tensão deve ter um corredor de segurança denominada " zona de servidão ".Os responsáveis das câmaras municipais devem ter conhecimento desta regra e por isso não autorizar as construções na referida zona.
Como é de conhecimento público, essa linha de média tensão foi executada nos znos 90, portanto num terreno vazio. A Câmara Municipal local nunca deveria autorizar a construção dessa moradia a dois metros de uma rede eléctrica de média tensão.
Temos muita falta de autorizada por parte das câmaras municipais e as mesmas acham que a solução mais simples é de pôr à frente o interesse de um particular à frente do colectivo.
Pessoalmente lamento muito este acidente que me entristece e aproveito para endereçar as minhas condolências à família desse jovem.