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O Governo, baseado na Lei da Comunicação Social artigo 19º que versa sobre o exercício de direito de resposta e a Lei de Imprensa, capítulo VI sobre Direito de Resposta e Retificação, artigo 30º , vem por este meio solicitar a retificação da notícia divulgada pela Agência Lusa com o título “Relatório dos EUA assinala violação da liberdade de imprensa em Cabo Verde” e reproduzida pelos demais órgãos de comunicação social cabo-verdiana e portuguesa segundo a qual o relatório do “departamento de Estado norte-americano assinala a violação da liberdade de imprensa”.

Trata-se claramente de uma interpretação errada do documento divulgado esta semana pelo Departamento do Estado dos Estados Unidos da América (EUA), e que toca a manipulação de informação do relatório onde não consta qualquer menção a violação dos direitos de imprensa.

Pelo contrário, o relatório é taxativo ao afirmar que durante 2017 “a imprensa independente estava ativa e expressou uma ampla variedade de opiniões sem restrições.” O relatório vai ainda mais longe ao afirmar que o governo não restringe ou impede o acesso à internet, não censura os conteúdos online, e não existe nenhum relatório credível onde o governo monitoriza as comunicações online privadas sem a devida autoridade legal.

Perante estas constantes o Governo estranha o tratamento dado à notícia pela Agência Lusa, bem como a reprodução acrítica da mesma por parte dos demais órgãos de comunicação social, que demonstram não terem consultado a fonte original da notícia, ou seja, o relatório do departamento do Estado dos EUA.

A abordagem da Agência Lusa, reproduzida pelos órgãos de comunicação social, dá foco ao fato de o relatório ilustrar o grande ativismo da imprensa livre em 2017 a partir do caso envolvendo o ministro Abraão Vicente, tutela da comunicação social e a classe jornalística, mas omite o fato do mesmo relatório dizer expressamente que é este caso que ilustra o fato da mídia independente ter estado ativa e ter expressado uma ampla variedade de opiniões sem restrições. A notícia também omite o fato de se saber que o debate interno foi feito tanto na própria imprensa como no Parlamento cabo-verdiano.

Para tirar todas as dúvidas, o Governo de Cabo Verde pediu a um profissional das línguas para fazer a tradução do texto do relatório que passamos a divulgar. O texto não deixa lugar para interpretações erradas. Em nome da verdade e da credibilidade do jornalismo pedimos aos órgãos de comunicação social que, em direito de resposta e de retificação de acordo com a lei, se reponha a verdade:

Posto isso, e visto que o relatório em nenhum momento indica a violação de liberdade de imprensa pelo Governo, solicita-se a publicação e divulgação deste comunicado no mesmo lugar e com tipografia idêntica ao escrito que lhe deu causa.

Segue, abaixo, a tradução do texto

a.Liberdade de Expressão, Incluindo a da Imprensa

A constituição e a lei permiti a liberdade de expressão, incluindo a da imprensa e o governo geralmente respeitava esses direitos. A mídia independente é juridicamente eficaz e funciona numa política de sistema democrático para promover a liberdade de imprensa, incluindo para a Imprensa.

Liberdade de Imprensa e da Mídia:

A mídia independente estava ativa e expressou uma ampla variedade de opiniões sem restrições. Em março, o ministro da cultura provocou uma indignação de protesto dos profissionais da mídia quando ele chamou os “velhos” jornalistas para se afastarem. Ao mesmo tempo, ele falou da necessidade de reorganizar a administração governamental da mídia e declarou que a inovação é o futuro. Ele apareceu na sala de gravação durante uma transmissão no canal de televisão estatal. Os jornalistas reclamaram, considerando as suas atividades como uma forma de intimidação, e o presidente do sindicato dos jornalistas pediu sua demissão. Enquanto isso nenhum dos dois lados recuou, o impasse acabou eventualmente por desaparecer sem maiores mudanças na política.

Censura ou Restrição de Conteúdo:

Os jornalistas e outros profissionais da mídia praticaram autocensuras, aparentemente e em maior parte devido ao desejo de manter os seus empregos. Os jornalistas demostraram a habilidade e interesse em desempenhar um papel de vigilante.

Liberdade na Internet:

O governo não restringe ou impede o acesso à internet ou ainda censura os conteúdos online, e não existe nenhum relatório credível onde o governo monitoriza as comunicações online privadas sem a devida autoridade legal.

De acordo com a Autoridade Nacional de Comunicação Cabo-verdiana e o Relatório do Segundo Trimestre de 2016, 70 porcento da população usa a internet.

Comentários  

0 # spencer da silva 24-04-2018 20:01
Este ministro nunca se deu com a classe jornalística, quis correr com os que chamou de velhos, tentou através do conselho de administração fracote impor um código de censura, infelizmente elaborado por um jornalista medíocre, lambe-botas, a sondar o lugar deixado pela Sofia Silva, dá ordens directas ao rabentola Tony Pintxu. Ulisses que se desperte porque está perdendo terreno e credibilidade ao continuar a insistir na estupidificação dos cabo-verdianos.
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0 # Pipilita 24-04-2018 03:06
Modi mosinhus! Nhos dexal go, nhos ka odja me ka intendi... Forti guvernu ki ta guverna fedi!
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+1 # PEPETELA 23-04-2018 11:14
EIS O QUE DISSE O DOCUMENTO: TRADUÇÃO "No mês de março, o Ministro da cultura kAbraão Vicente provocou uma onde de protesto dos profissionais da comunicação quando chamou de "velhos" jornalistas e que tinha chegado o tempo para irem para reforma. Ao mesmo tempo, ele falou sobre a necessidade de racionalizar a comunicação social do Estado e afirmou que a inovação é o futuro ("In March the minister of culture provoked an outcry from media professionals when he called on “old” journalists to step aside. At the same time, he spoke on the need to streamline government-run media and stated that innovation is the future"). O Ministro, kAbraao Vicente, apareceu na sala de controle da Televisão Nacional em plena retransmissão de uma emissão. OS JORNALISTAS PROSSEGUIRAM (“A RETRANSMISSÃO”), CONSIDERANDO AS SUAS ATIVIDADES (“A SUA PRESENÇA”), UMA FORMA DE INTIMIDAÇÃO, e a Presidente do sindicato dos jornalistas pediu a sua demissão" ("HE APPEARED IN THE CONTROL ROOM DURING A BROADCAST ON THE STATE-RUN TELEVISION CHANNEL. Journalists sued, labeling his activities a form of intimidation, and the president of the journalists’ union called for his resignation"). "Censura ou restrição de conteúdo: os jornalistas e outros profissionais de média praticam uma restrita autocensura, em grande parte, aparentemente devido aos seus desejos de proteger os seus empregos. Os jornalistas demostraram as suas capacidades e interesses em assumir a função de vigilante-delator" ("Censorship or Content Restriction: Journalists and other media professionals practiced limited self-censorship, apparently largely due to their desire to retain their jobs. Journalists showed their ability and interest in playing a watchdog role"). A SITUAÇÃO É GRAVE. ESTAMOS A VIVER OS PREMÍCIOS DE UMA DITADURA. CABO VERDE JÁ ENTROU NA ERA DO AMORDAÇAMENTO DA IMPRENSA (https://santiagomagazine.cv/index.php/mais/entrelinhas/925-rtc-em-vias-de-amordacar-os-seus-trabalhadores) E INTIMIDAÇÃO DOS JORNALISTAS (https://santiagomagazine.cv/index.php/sociedade/947-jornalistas-repudiam-codigo-de-etica-da-rtc-e-rtc-diz-que-inspirou-nos-maiores-orgaos-de-cs-do-mundo). O CÓMICO: O kABRAÃO QUE DENUNCIA VEEMENTEMENTE A ERA COMUNISTA ESTÁ A USAR DOS MESMOS INSTRUMENTOS: A COMUNICAÇÃO SOCIAL COMO APARELHO IDEOLÓGICO DO ESTADO. ONDE VAMOS PARAR......
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0 # zeca 23-04-2018 10:50
Isto e atirar areia pros olhos das pessoas. basta ver um telejornal na TCV para logo vermos que nao ha criticas ao governo, nao ha noticias das coisas negativas que acontecem no pais, somente o mais banal possível. E um telejornal que nao tem qualquer interesse em ver pois sabemos que tudo e fiscalizado. O relatório divulgado espelha muito bem a realidade do dia a dia em Cabo Verde. Aqui enganam mas os de fora nao tem como enganar...
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+3 # Ana Maria Silva 23-04-2018 10:50
sr. abrão vicente DEIXA DESSE SEU ATREVIMEMNTO CONSTANTE DE ACHAR QUE SABE LER E INTERPRETAR MELHOR DO QUE OS OUTROS PORQUE O SR. NÃO TEM NEM DE LONGE MAIS INTELIGENCIA NEM FORMAÇÃO PESSOAL E ACADÊMICO DO QUE EU E A MAIORIA DOS CABO-VERDIANOS. NÓS TODOS SABEMOS DA CENSURA E AUTORITARISMO EXERCIDO POR SI E SUA MALTA MPDISTA.
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0 # Salif Tavares Silva 23-04-2018 10:45
Ai se o texto não tivesse sido traduzido por um "profissional das línguas"! Isto está a cheirar a esterco. Então o Abrao, com os seus impulsos salazaristas, se julga o mais competente de todos os cabo-verdianos, não é? Figas canhoto! Mas que desonra!
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0 # Terra-terra 23-04-2018 10:15
Que burrice: "Os jornalistas e outros profissionais da midia praticaram autocensuras, aparentemente, e em maior parte, devido ao desejo de manter seus empregos".
Isso equivale dizer: Os jornalistas e outros profissionais da midia praticaram autocebsuras POR MEDO DE PERDER SEUS EMPREGOS. Portanto, o calguem pode ate querer ser candidato a escritor, a artista plastico, a tudo, mas que nao ensaie ensinar a semantica a ninguem porque isso pode desvirtuar a sua plasticidade transexual.
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0 # John Imbembi 23-04-2018 10:12
Não percam tempo com esse patetão alegre. O gajo é um descarado nato. Oh coitadinho do contentinho idiota! Castigo de cabo verde ter um ministrinho das feiras e festivais e das viagens loucas para bazar mais de uma tonelada de asneiras por cada vez que abre a boca e sopra para o microfone. Não ponham microfone na boca desse palhaço, senhores jornalistas. É uma questão de interesse público.
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+1 # Atento di Picos 23-04-2018 09:51
Poca vergonha dês (des)ministro e toda a sua capanga... Andam a distorcer informações com fake news pensando que os caboverdianos são analfabetos. Pensam também que a comunidade internacional não etá de olho aos seus desmandos governamentais. É uma vergonha para este pais que tanto se basofeia de #liberdade de expressão, democracia#com uma avaliação deste nível.
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0 # jose maria carvalho 23-04-2018 09:40
Esse é mesmo um governo de idiotas.
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0 # Paula Moreira 23-04-2018 00:45
Tem muita piada! No inicio do relatório está escrito por extenso: "violação da liberdade de imprensa pelo governo". É preciso muita lata, sim.
Tem mais, o relatório diz que a "midía independente estava ativa e expressou uma ampla variedade de opiniões sem restrições". Independente! Leram bem?
Quer dizer que a comunicação social "dependente" portanto rádio e televisão, RCV e TCV, não estiveram.
Perceberam???
Podem enganar aqui dentro. Mas, lá fora não escapam.
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0 # Denilson jorge evora 23-04-2018 00:34
..."permiti" será que foi mesmo um profissional que fez a tradução?
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+1 # Ana Maria 22-04-2018 23:47
Muita cara de lata!
O ministro que tutela a comunicação social fala de afastar "jornalistas mais antigos", aparece em fotografias atrás de profissionais de comunicação a supervionar o trabalho, cria um código de ética para encurralar jornalistas, faz tudo isso e ainda não quer que se tire conclusão sobre a violação de liberdade de imprensa? Há ainda a carta pública do jornalista Rui Almeida a dizer para a direção da televisão TCV nunca mais voltar a censurar um trabalho seu.
Deviam estar com vergonha na cara.
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