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O cardeal Dom Arlindo Furtado denunciou hoje a existência de “sectores de população” ou “grupos de militantes” que estão a tentar desvirtuar as celebrações da Páscoa e pediu a intervenção das autoridades no sentido de por cobro à situação.

Dom Arlindo Furtado, que falava aos jornalistas no final da Via Sacra, realizada na manhã de hoje, Sexta-Feira Santa, na Pró-Catedral da Praia, Paróquia de Nossa Senhora da Graça, fez essa denúncia quando foi instado a comentar sobre as actividades recreativas e culturais que estão a ser realizadas na semana santa.

“Há, na nossa sociedade, sectores da população, pode ser um grupo reduzido, mas militantes que tentam neutralizar aquilo que não acredita e que constitui o património insubstituível, indeclinável da maioria do povo cabo-verdiano que é cristão”, disse mostrando-se indignado com a situação.

“Portanto, há um grupo de militantes que procuram neutralizar esse valor da fé e da espiritualidade do povo cabo-verdiano”, acrescentou.

Dom Arlindo Furtado acredita também que há pessoas que não têm uma boa formação sobre aquilo que seja fé cristã e a igreja e procuram mais olhar para os aspectos negativos de um ou outro cristão do que a realidade da igreja em si.

Neste caso, salientou que há falta bom conhecimento e formação a nível da cultura do que seja aquilo que é essencial, mais importante na igreja e na relação entre os cristãos.

E porque os cabo-verdianos não vivem na selva, o mais alto responsável da Igreja Católica em Cabo Verde pediu uma actuação das autoridades para que tudo possa funcionar no seu lugar devido, respeitando os valores e as crenças de cada um.

“As autoridades servem para regularizar as coisas, para que tudo possa funcionar no lugar devido, no tempo devido, e de modo adequado, sem brigar com os valores da sociedade”, salientou o cardeal e bispo da Diocese de Santiago.

E neste dia em que a Igreja Católica celebra Sexta-Feira da Paixão ou Sexta-Feira Santa simbolizando o dia da morte de Jesus Cristo, Dom Arlindo relembrou aos fieis católicos que a celebração pascoal é, sobretudo, momento de partilha de amor entre os povos.

Para além da Via Sacra, o dia é preenchido pela celebração da paixão do senhor e pelo enterro do senhor. Já pela manhã teve lugar o oficio divino.

Com Inforpress

Comentários  

0 # Daniel Carvalho 31-03-2018 16:31
D. Arlindo está certo.
Sócrates de Santiago está atento e muito certo.
Efectivamente há neste momento no pais um grupo de iluminados que não querem saber do trabalho. É só festa durante todo o ano, e ainda por cima encontram-se no direito de exigir financiamento do Governo, que até tem colaborado de forma escandalosa.
Compare-se por exemplo o financiamento que se faz com o dinheiro público em carnavais e festivais, com os apoios para o desporto. Paradoxo, simplesmente!
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+1 # Olavo 31-03-2018 10:27
Ainda bem que quem está no poder são os rabentolas. O grupo de "militantes" que a própria igreja ajudou a criar. Criar monstros até que não é difícil. Aniquilá-los depois é que se revela uma tarefa bastante complicada...
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 31-03-2018 09:06
Concordamos plenamente com o nosso Cardeal, Dom Arlindo Furtado. Não são apenas as celebrações da Páscoa é que têm sido desvirtuadas, embora estas, pela sua importância, sejam mais visíveis. Nota-se, por exemplo, uma excessiva profanação das Festas de Cinzas, que marcam o início quaresmal, com actividades, bailes e desfiles carnavalescos ao longo da QUARTA FEIRA DE CINZAS, sobretudo na ilha de S.Vicente e, como se não bastasse, com transmissão directa via rádio e televisão. Tudo isto, num País que se diz cristão e católico, sobretudo. Ao que já chegamos, "MY GOD"?! Um País em permanentes FESTAS, FESTIVAIS e CARNAVAIS durante um ano inteiro!!!...
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