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Agressões terão ocorrido esta sexta-feira, 18, fora do centro de instalação do SEF, no aeroporto de Lisboa. Serviço de Estrangeiros Fronteiras diz que foi usada "a força estritamente necessária".

Gilson Pereira, um cabo-verdiano de 28 anos que vive há vários anos em Portugal, alega ter sido agredido pelo SEF no aeroporto de Lisboa na noite de sexta-feira. É mais um caso que pode ensombrar a atuação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O caso foi relatado ao jornal Público por Gilson Pereira, que afirma ter sido “amarrado nos pés”.

“Meteram-me em cima da cadeira de rodas, caí no chão e depois meteram-me o joelho no pescoço. Nenhum cão merece o que eles fizeram comigo”, afirmou ao diário depois de ter relatado a situação também ao advogado e à companheira. O SEF diz que Gilson “ofereceu resistência” o que “obrigou ao uso da força estritamente necessária para o controlar e manietar”.

O advogado José Semedo Fernandes diz que Gilson lhe ligou na manhã deste sábado a alertar para o que tinha acontecido e para que o advogado pudesse pedir “as filmagens” dos locais onde esteve. Segundo o advogado, o cabo-verdiano foi algemado no percurso, arrastado numa zona pública e, já numa sala do SEF — que não o centro de instalação — amarrado nos pés.

“Há um momento em que um de três inspetores que estavam em cima dele, que veio do Algarve, lhe coloca o joelho em cima da cabeça, pressionando contra o chão. Isso fá-lo temer pela própria vida”, disse o advogado ao Público acrescentando ainda que Gilson falou “de um mata-leão” e de ter “começado a ficar sem ar”, terá sido depois disso que foi colocado numa cadeira de rodas, algemado e com pés atados.

Semedo Fernandes diz que a ordem de expulsão — a que Gilson Pereira está sujeito — é ilegal uma vez que o artigo 135 da lei de estrangeiros proíbe a expulsão de cidadãos que tenham filhos menores a cargo e aplica-se à situação de Gilson. O cabo-verdiano está há mais de duas semanas no centro de instalação temporária do aeroporto de Faro, de onde veio transferido para Lisboa.

O SEF não nega ter recorrido à força com Gilson Pereira, mas diz que foi a “estritamente necessária para controlar e manietar” depois do cabo-verdiano ter oferecido “resistência” e ter recusado embarcar num voo para Cabo Verde. Foi condenado a “pena acessória de expulsão de território nacional pelo período de 10 anos decidida pelo Tribuanl da Comarca de Faro”. Na sexta-feira foi escoltado de Faro para Lisboa, onde tudo terá acontecido.

Ainda de acordo cm o SEF, depois a PSP e a Cruz Vermelha foram ao local e a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) “foi informada pelo SEF sobre o ocorrido”.

O caso de Gilson vem a público um dia depois de o Expresso ter noticiado uma agressão – também a um cabo-verdiano, mas de 54 anos, chamado Egídio Pina – por parte do SEF. De acordo com o semanário, e conforme Santiago Magazine também noticiou, em Novembro do ano passado, Egídio – que cumpria uma pena de sete anos de prisão, em Alcoentre, por tráfico de droga – foi levado pelos inspetores do SEF para o aeroporto de Lisboa, para posterior repatriamento.

O cabo-verdiano relatou ter sido esmurrado, pontapeado, algemado a um carrinho de bagagens e alvo de uma manobra de estrangulamento conhecida como “mata-leão”. Em suma, agredido ao longo de quase uma hora, em atos que terão sido testemunhados por agentes da PSP e seguranças. Os inspetores do SEF também não o terão deixado comer ou beber (durante 10 horas), nem falar com a advogada.

Com Observador

Comentários  

+1 # Meu entender 22-12-2020 00:09
Se o pensamento d uma pessoa dá para fazer tais coisas é porque ele nao é completamente um ser humano. Nao por ser Português ou d outra nação qq. Um homem inteligente d verdade nunca faz tais coisas por isso ingnora -os pq eles nao merecem a nossa atenção.
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+2 # DJON DI DJÁ 20-12-2020 21:44
SÓCRATES DE SANTIAGO é um grande hipócrita, sibarita e atrevido, um pedinchão e miserável. Enquanto vive em Lisboa acantonado a uma associação sugadora paga pela Câmara Municipal de Lisboa e de lá não sai, nem com recurso a um caterpilar, vem falar de brancos, quando ele mesmo deambula por lá, tal cão sarnento. Quando os portugueses vão lá dançar e comer cachupa às quinta-feiras tudo bem porque levam dinheiro para o crápula embolsar. Acontece qualquer incidente, os que são sustentados pelos portugueses aparecem por cá a mandar bocas, ou seja, mandam de lá para cá. Os meerdolas e vigaristas serão sempre uma autentica porcaria. Tenha vergonha, escaravelho! Os homens e mulheres devem ser honrados e não viverem de esmola, antes de começarem a disparatar. Vá trabalhar, seu mandrião e oportunista.
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+4 # Cabo-verdiano 20-12-2020 18:48
Os maus tratos, violência e abusos nas Esquadras da Polícia no SEF entre outras instituições sobre cidadãos cabo-verdianos são antigos. Os nossos governantes é que não servem para nada e os cabo-verdianos são por natureza submissos e bajuladores! Apanhar e cala!
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 20-12-2020 12:27
Enquanto os BRANCOS, neste caso concreto, os TUGAS, nos maltratam, nós aqui, em Cabo Verde, continuamos abrir-lhes pernas, pior do que PROSTITUTAS PROFISSIONAIS. E o nosso Embaixador em Lisboa fica mudo e calado. E o nosso Governo da República fica mudo e calado. E o nosso Presidente da República, amigo íntimo do homólogo portuga, fica mudo e calado. E a nossa Sociedade Civil fica também muda e calada. Todo o mundo fica mudo e calado. Enquanto os BRANCOS NOS MATAM, NOS MALTRATAM, NOS HUMILHAM E NOS MANDAM DE VOLTA À TERRA, SEM NADA, SEM NADA. E é isto que dói, dói tristemente, profundamente. Parece até que, como cantou ZEZÉ DI NHA RENALDA, num funaná lento e magoado, NÓS KORENTI INDA KA SAPADU.
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0 # Alécio Romão 29-12-2020 14:57
Sr. Sócrates. Nhu liberta mênti di nho des "miséria psicológico e mental". Hoje em dia, nu sta longe disso! Prublema dexa di ser a preto i branko. Góci inda tem um cinzento. Nu skeci di passado, ô midjor, nu vivel d'otu manera, como apredizáji, nu dexa di tem ódio e rancor pamó el. ê claro ki nu dêbi luta pa noz espaço, má n'um kuadro di igualdade pa tudo alguêm. criminoso pôdi ser branku, preto, burmedjo, amarelo.

Si nhu kontina ku kel pensamento li, talvez sim, nunka korenti di nhô ka ta sapádu. I nhu ta kontina skrávu ti nhu mórri. Skravu di própi cérebro, ku pensamento ki nhu ta alimenta.
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+3 # Rui Rodrigues 20-12-2020 19:59
Esse senhor devia ter vergonha do comentário que fez.o que tem o povo português a ver com o sef.esse sef maltrata toda a gente até nos portugueses.pensam que são superiores a tudo e todos.Por isso o sef tem que ser banido.coloquem lá pessoas competentes
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+4 # Selucreh Obol 20-12-2020 19:09
Mais uma chega da sua demência. O quê que o povo português tem a ver com o que se passou no aeroporto de Lisboa? Nós não maltratamos os Guineenses nos nossos aeroportos? Vê as estatísticas? Começo a pensar que o Sr não passa de um complexado que vem cá exacerbar e bradar porcarias sem nexo tais como os brancos nos matam e maltratam, dando uma de vítima. Graças ao trabalho que milhares de Crioulos fazem nas terras “dos brancos” que não morrem à fome e têm o suficiente para enviar às suas famílias na terra-mãe.
Deixa de asneiras por favor e educa-se. Milhares de Caboverdeanos passam pelo aeroporto de Lisboa todos os anos e não passam pelo o que este jovem passou. São casos isolados e infelizmente pessoas como o Sr. aproveitam para tirar partido numa chacota de fazer de vítima.
Vá trabalhar por favor.
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-1 # Anibal silva 28-12-2020 01:16
Este e resultado de mobilidade do Governo do MPDesvergonhado. Injuriando os cidadaos caboverdianos no pais dele e dd fazer de cona da Joana.
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