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Por: Rui Araújo

 Rui Araujo

No número anterior informei que suspenderia os artigos “até depois das eleições que se avizinham, seja qual for o resultado das mesmas”.

As eleições foram ganhas na Praia por uma nova força política - o PAICV, com seu candidato Francisco Carvalho. Ora, tendo o novo edil eleito dito, com simbólica verdade, num debate durante a campanha eleitoral, que a corrupção fundiária constitui já o estatuto especial da capital, é legítimo esperar que algumas questões venham a ser esclarecidas e medidas tomadas. Justifica-se, assim, um compasso de espera nestes textos, pelo menos até à posse.

Mas aproveito este meio-tempo para trazer uma informação nova e surpreendente para mim, no quadro dum assunto já tratado; e para corrigir dois lapsos, um deles na verdade irrelevante em conteúdo, mas sempre de corrigir, e o outro irrelevante porque apenas a palavra inspirada de Kodê di Dona será ouvida: ele cantou “kantu dia ku kantu noti/ kantu dia sen kebra djudjun”, atirando a nossa imaginação para o tempo indefinido duma dor infinda e não os “séti dia...” em que no leak II se enclausura o infinito. Fica esta correção.

Revisitemos o assunto já tratado:

Ficou claro que, mais do que aquilo que aconteceu em 1954 (o ilegal alargamento registal dos terrenos adquiridos por Fernando Sousa), a causa próxima que motivou os PRAIALEAKS localizou-se na segunda metade dos anos noventa, culminando com o assalto criminoso às matrizes em 1999 e com a entrega de Palmarejo Pequeno, Terra Branca e Tira Chapéu pelo Presidente da Câmara aos assaltantes.

Um tal assalto (que, rasgando e reescrevendo falsamente as quatro primeiras folhas do livro de matrizes rústicas n.º 1, permitiu a jusante a produção da matriz falsa 1.105 – além de outras não menos falsas), está tão comprovado como o fica ter havido um homicídio quando se encontra um corpo esfaqueado e morto na rua. Ninguém jamais ousou negá-lo.

Lendo a acusação do Ministério Público vê-se que até se sabe quem concretamente fez o trabalho com sua própria caligrafia (pessoa já falecida) e vê-se a preparação desse assalto a um alto nível político e municipal, partindo duma carta de 1997 em que um advogado português de Fernando Sousa praticamente pede colaboração das autoridades para a fraude (veja-se Praia Leaks – III). E sabe-se, porque resumido na expressão FS/NANÁ, quem tirou e vem tirando, continuamente até hoje, proveito da fraude matricial de 1999.

Ora bom, como vimos, em 2017 a Câmara Municipal da Praia de Óscar Santos, seguindo um Memorandum de Entendimento de 2014 de Ulisses Correia e Silva, negociou com FS/NANÁ, através dum contrato falsamente chamado de compra e venda, os terrenos correspondentes à matriz falsa 1.105. Negociou e na base desse negócio ficou de dar rios de dinheiro a FS/NANÁ.

Mas – e este é o ponto! - até hoje absolutamente ninguém (nem FS/NANÁ, nem qualquer dos citados autarcas, nem algum vereador ao serviço dos mesmos), apresentou, quanto aos prédios invadidos pelo registo fraudulento, qualquer documento de aquisição por parte de Fernando Sousa, seja por compra e venda, por doação, por arrematação em hasta pública, por herança, por usucapião ou outro meio previsto nas leis para a aquisição de direitos.

E note-se que todos esses modos de aquisição só podem constar de documento, incluindo a usucapião, que é declarada por tribunal ou reconhecida por notário e conservador em processo próprio. Ora, tais documentos constam, até hoje, dos livros da conservatória do registo predial da Praia, em nome de outras entidades.

Acredito firmemente que nenhum jurista sério seria capaz de afirmar que a arrematação dos prédios descritos sob os n.ºs 5.779 e 5.780 foi uma forma de aquisição dos prédios já descritos sob os n.ºs 3.561, 3.562 e 5.210, bastando para tanto que aqueles prédios arrematados fossem fraudulentamente alargados no registo para cobrirem estes últimos e se falsificasse uma matriz para eles.

Dizê-lo seria acrescentar às formas legais de aquisição do direito de propriedade mais uma, muito estranha: a fraude, o crime.

Compreenda-se, pois, o desabafo expresso no Leak I: “Jurei para mim lutar contra a ideia de enfraquecer o Estado, fragilizando para isso a Administração Pública, como guardiã da Legalidade de procedimentos, ao reduzi-la à vontade discricionária de governantes (...)”.

Pois bem: Vamos agora à tal informação nova, surpreendente e talvez chocante. O leitor que se sente confortavelmente e ouça:

Quando escrevi os textos antecedentes a este eu estava convencido de que o prédio 3.561 se encontrava inscrito no registo predial, desde 1907, em nome dos Tavares Homem (António Gil e João de Deus Tavares Homem – respetivamente sob os n.ºs 1.024 e 1025), apesar de recoberto pelo registo ilegal de Fernando Sousa de 1954 e pela matriz da mesma laia de 1999. Lembrava-me de ter visto a certidão atualizada do 3.561 ainda em inícios de 2019 e lá estavam aquelas inscrições como sendo as últimas.

Entretanto, alguém disse-me há dias: olha que o 3.561 tem um registo provisório, por compra feita à ENAVI, em nome da EFE – Sociedade para o Ensino, Formação e Educação, SA, que é dona do Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais e da qual Arnaldo Silva é sócio!

Não acreditei. Tinha ideia de que realmente a EFE tinha comprado terreno na área do 3.561, pois cheguei a ver aí uma tabuleta de onde se depreendia isso, mas pensei que o vendedor teria sido FS/NANÁ, usando este a descrição 5.780 falsificada e a matriz 1.105 idem que sempre usou, pelo que no 3.561, intencionalmente ignorado, tal aquisição não poderia estar registada, mas sim no 5.780.

Mas surpreenda-se o leitor com esta trapalhada: Em 2014 a EFE, sociedade de Arnaldo Silva, comprou à ENAVI, SARL, 50.000 m2 de terreno na área do 3.561, mas sem referir este prédio. Ou seja, a EFE, SA, de Naná, comprou à ENAVI tereno efetivamente dentro do 3.561, mas que segundo ele FS/NANÁ estaria no seu 5.780 alargado.

Dá para entender? A sociedade de Naná comprou na ENAVI terreno que FS/NANÁ dizia pertencer-lhe?!...

Vim a saber que em 2015 uns Tavares Homem meteram uma providência cautelar para retirar à EFE a posse abusiva que tinha tomado, tendo o juiz deferido o pedido e restituído a posse, mas a ação definitiva marca passo paralítico até hoje.

Mais: tendo a EFE, de Naná, comprado apenas 5 hectares dum prédio descrito com número diferente quer do 3.561, quer do 5.780, mas na realidade dentro da área do 3.561, o conservador registou em 2019 provisoriamente todo o 3.561 (que tem a área de mais de 300 hectares) em nome da EFE.

Óh ke sabe!!!

E é com esta sabura amarga para o país que fechamos esse assunto “fastento” e passamos alegremente ao lapso ainda não corrigido, mudando por completo de espírito, mais para nos descontrairmos com uma história interessante de utilidade indireta para o nosso tema do que para corrigir o lapso. Inspiro-me, com descontração imaginativa de quem não é historiador, numa obra rigorosa e saborosíssima de Laurentino Gomes intitulada “1808”.

No leak VIII, mostrando que o poder colonial verberava contra a ocupação fraudulenta de grandes extensões de terrenos nas possessões ultramarinas, escrevi:

Estou a ver o Príncipe regente Don Pedro, no seu Alvará de 18 de Setembro de 1811, a pressionar, aguerridamente, desde o Rio de Janeiro, no sentido da divisão das grandes propriedades para o bem da agricultura. Ele proclamava o propósito de “desterrar de vez e extinguir pela raíz as maquinações perniciosas, com que se tem procurado, por manejos criminosos, e particulares interesses, dilatar a execução das minhas paternais disposições, tendentes a promover o aumento e melhoramento da Agricultura”.

A referência a Don Pedro foi um lapso: príncipe regente era o pai dele, D. João VI, filho de D. Maria I, “a louca”. D. Pedro, que, como se sabe, viria a proclamar a independência do Brasil a partir das margens do Ipiranga (um riacho) em 1822, na altura do alvará se abeirava dos 13 anos.

Será interessante – porque de algum modo faz parte da nossa história, até porque no ato da Independência do Brasil ficou consignado que este nunca reivindicaria direitos sobre Cabo Verde e isso por alguma razão foi – falar um pouco da ida de toda a corte portuguesa, isto é, de toda a governação (milhares e milhares de pessoas) para o Brasil, protegida pela armada da “Senhora dos Mares” (Inglaterra), fugindo ao bloqueio continental imposto por Napoleão Bonaparte a todos os países europeus contra os interesses ingleses.

O Imperador e general, que não digerira bem o esmagamento naval infligido por Lord Nelson em 1805 às esquadras francesa e espanhola juntas, na Batalha de Trafalgar, ordenou o bloqueio continental de todos os interesses ingleses, pois em terra mandava ele.

Ordens a que nenhum rei ou rainha ousou desobedecer, se excluirmos a Dinamarca que “tuntunhiu” (hesitou) e foi preciso para a convencer uma saraivada de quatro dias seguidos (noite e dia) de tiros de canhão sobre Copenhaga, despejada pela armada francesa – pois, como se sabe, em política a força do argumento nada vale perante o argumento da força.

Mas Portugal, pequeno e fraco país europeu, teria de se esquivar de algum modo, pois a sua economia dependia totalmente da Inglaterra. Aliás, era uma aliança antiga em que, por exemplo, havia cerca de século e meio os cidadãos ingleses em Portugal só eram julgados por juízes nomeados pela Inglaterra (hoje em dia, com alguns ajustes, chama-se “SOFA” a essas coisas).

Assim, a fuga para o Brasil, tantas vezes defendida como forma de manter a Independência (já perdida uma vez no passado para uma “tróica” de Filipes espanhóis sucessivos), acabou por acontecer em 29 de novembro de 1807.

Nessa altura a França e a Espanha já tinham dividido Portugal entre si, em três partes, cabendo a parte central e mais rica ao irmão mais novo de Napoleão, Luciano, que entretanto a repudiou (achou pouco?!). Mas pouco tempo depois a Espanha teve um comportamento que desagradou a Napoleão e este depôs o rei Carlos IV e deu o trono espanhol a seu outro irmão, José Bonaparte (naquele tempo isso não era nepotismo), o que provocou revolta popular sufocada por massacres.

A fuga foi uma aventura sem precedentes que viria a ditar os novos destinos de Portugal, da sua colónia americana e até do próprio Napoleão Bonaparte antes do desastre final de Waterloo.

O general invencível, que em dez anos não sofreu qualquer derrota de algum exército regular, na península ibérica enfrentaria uma guerra esquisita do povo, com repentinas pauladas na nuca e pedradas na cabeça, vindas de mãos, forquilhas e fundas invisíveis, foices nas pernas, engenhos explosivos e emboscadas que criavam um inferno.

Assim, quando o general Junot chegou a Lisboa e, depois de encolher um dedão do pé que teimava em querer sair da bota a romper-se, aplicou o binóculo e julgou ter avistado na linha do horizonte, longe do Tejo, as naus da fuga que tinham partido dois dias atrás e a que finalmente os ventos enfunavam as velas, concluiu: “apanhei vazio!”.

Ele já tinha perdido centenas de homens e sabia que se metera numa alhada, mas nem imaginava o mais que lhe esperava... e não vou contar.

No Brasil foi assinado em 1810 um tratado a reforçar os laços de amizade (os SOFA, digamos) com a Inglaterra, com componentes de vantagens comerciais importantes, pois em política não há almoços, nem viagens e proteções grátis e no Brasil – largo mercado potencial para a Inglaterra industrial inundar de tudo - é que morriam o peixe do ouro e do diamante.

A governação de Portugal a partir do Brasil durou até 1821. A viagem de regresso da corte coincidia com o último suspiro do incomparável e culto general que, desterrado e deprimido por ali no meio do Atlântico sul, na rochosa ilha de Santa Helena, já não magicava heroica fuga (como de Elba) nem melhorias no seu cadastro predial ou grandes reformas sociais para além da Constituição e do Código Napoleónico da liberdade contratual e da igualdade, com que fechava o “Ancien Régime” e abria o futuro.

Salva a interpretação de modernos doutos, vá para Napoleão Bonaparte o louvor de Camões aos Antigos: “numa mão sempre a espada noutra a pena”.

Pois bem: foi lá do longe, no Brasil, onde se praticava, com bênçãos da corte e pela corte, a mais braba e inovadora corrupção naquela altura (hoje não sei), que o Príncipe regente se insurgiu, como vimos, contra o que de igual – se tanto! - acontecia nas (outras) colónias.

Comentários  

0 # Bem bem! 16-11-2020 17:51
Eu não sou o articulista, vou avisando desde já mas,
o Álvaro parece aquele tipo de caboverdeano que, sem recursos intelectuais e principalmente, educacionais, pega em qualquer coisa, para poder falar qualquer coisa.
Faz parte daquela classe de caboverdeanos das redes sociais que estão felizes por poderem falar e escrever porque todos têm esse direito mas, que nunca acrescentam nada para o bem da sociedade.
E não é porque são maus, não é porque não querem.
É simplesmente porque não conseguem. Não sabem como.
Deficiências da educação!
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0 # Daniel Carvalho 16-11-2020 15:36
HISTÓRIA VIVA sempre acompanhando com interesse esta HISTÓRIA VIVA. Força Dr. Rui que não está isolado.
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-1 # Álvaro 16-11-2020 11:13
Quando o articulista é ao mesmo tempo comentarista e joga em duas mesas torna se complicado debater, ainda por cima detentor de alguns documentos públicos que pd manipular para a opinião pública como quiser. Já que ele reiteradamente pergunta pelo assalto de 1999 aos documentos ele tinha a soberana oportunidade de saber como, onde e quem pois foi de 2000/08 assessor jurídico de FV e 15 anos como dono do património do Estado. Está em melhor posição de responder que qualquer outra pessoa interessada, por que não o faz?
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0 # Pateta 15-11-2020 00:35
Parece que o Dr. Parcialidade quer tratar todos por patetas e começa a pôr muitas hipóteses de outras fraudes ou engamos anteriores a 1954, para confundir tudo sem esclarecer nada.
Ele diz: De qualquer forma, a Enavi registou terrenos no local em que possuia aviários, invocando usucapião, terrenos esses que, salvo erro, ou fazem parte do 3561 ou do 5779.
Sr. Dr. Parcialidade, talvez o caso da ENAVI é diferente do seu. Mas se ENAVI justificou posse do terreno dentro do 3.561 ou do 5.779 então porque motivo a EFE de FS/NANÁ comprou, se tudo já estava registado em seu nome desde 1954?
Outra coisa Sr. Dr.! O Dr. Rui Araujo dfisse que o tribunal tirou a posse abusiva de EFE desde 2015 até hoje. Foi uma confusão do juiz? Outra coisa mais: o assalto de 1999 aos documentos foi para quê? Seja homem e apareça com o seu nome e tenta dizer coisa com coisa porque pafrece quwe você só quer confundir as pessoas com palavras à toa
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0 # Vampirão 14-11-2020 23:20
Não é difícil imaginar que o Dr. Parcialidade é pessoa ligada ao FS/NANÁ, mas que não tem coragem de dar a cara talvez porque está a dizer bluff para confundir as pessoas. Diz que não é Dr., mas ninguém sabe se é verdade isso. Diz que não é topógrafo. A única coisa que sabe é que o Dr. Rui Araújo, que deu a cara, é parcial. Eu não compreendi as suas perguntas evasivas mas compreendi o que o Dr. Rui Araújo escreveu. E afinal: o que diz você do assalto ao livro? Nada?
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+1 # Vampirão 14-11-2020 10:39
O Dr. Parcialidade então não está a negar a fraude de 1954, confirmada em 1999, com assalto a matrizes, mas está a dizer que antes de 1954 havia também fraudes e que os Tavares Homem participaram e o Dr. Araujo deve fazer toda a história de Cabo Verde acerca de terrenos.
Mas o Dr. Parcialidade, que poderá estar a inventar coisas com aparência de verdade porque ele não dá a cara, não contestou nada do que o Dr. Araujo disse e indiretamente confirmou tudo, e não notou que o Dr. Araújo não é advogado de ninguém e a sua maior preocupação é Palmarejo Pequeno e Terra Branca por causa da indecência que aconteceu.
Já agora, o Dr. Parcialidade concorda com o assalto às matrizes?
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0 # parcialidade 14-11-2020 13:01
Não posso confirmar nem desmentir as fraudes denunciadas pelo Dr. Rui Araújo. Não sou topógrafo nem Dr. em coisa alguma, nem tenho elementos suficientes par isso ou para acusar quem quer que seja.
Apenas gostaria de ver esclarecidas as questões que colequei, podendo haver respostas perfeitamente razoáveis para as mesmas.
Pode ter havido fraude anterior a 1954, nos averbamentos de 1902 e/ou de 1907, pode ter havido falha da conservatória que omitiu o registo da usucapião, pode ter havido falha dos "TH" e da conservatória, que de boa fé registaram terrenos que na verdade não pertencia aos primeros, etc.
No entanto, parece que neste artigo se fez confusão entre o prédio 5779 com o 5780, porque a Enavi não possui terrenos no 2°.
Perante o averbamento de 1907 no prédio 3561, do qual foi desanexado o prédio 5779, é duvidoso se este prédio, arrematado por FS, fica a norte ou a sul do prédio 3561, e seria bom ver essa questão esclarecida.
De qualquer forma, a Enavi registou terrenos no local em que possuia aviários, invocando usucapião, terrenos esses que, salvo erro, ou fazem parte do 3561 ou do 5779, dependendo de qual deles se considerar estar situado a sul do outro, isto é, que faz fronteira com a estrada Cidade Velha-Praia, à frente da Univ. J. Piaget.
P.S: Vampirão é nome de igreja?
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-2 # parcialidade 14-11-2020 09:59
Apenas fala de ilegalidades cometidas a partir de 1954. Porque não explica aqui:

1- Como é que os "Tavares Homem" registaram o direito de propriedade em 1902/1907 sobre todos esses terrenos, e porque não analisa a validade dos respetivos registos predias, que não foram realizados com base na usucapião, mas, aparentemente com base numa mera justificação da posse;

2- Como é que os "TH" conseguiram alterar as confrontações do prédio 3561 fazendo com que ficasse por baixo do prédio 5779, quando em 1902 ficava por cima, isto é, fazendo com que o 1°passasse em 1907 a confrontar a sul com a estrada Praia-Cidade Velha, quando em 1902 era o prédio 5779 que se confrontava a sul com essa estrada;

3- E talvez mais interessante, se o prédio 3562 se confronta ou não com o mar no atual Palmarejo Baixo, uma vez que na descrição original esse prédio confrontava-se a sul (cartográfico) com Varzea e Terras do Palmarejo (que como o Dr. afirmou em publicações anteriores ia da Achada de S. António até Palmarejo Grande) e não com o mar.
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+1 # JpB 14-11-2020 09:41
Se o MPD pensa que os artigos PRAIA LEAKS, não tiveram contribuído para a sua derrocada na Praia está muito enganado.
Estamos a 4/5 meses das legislativas. Se mais podres vieram à tona envolvendo nome do Sr PM e de personagens políticos ligados ao MPD, o estrago será maior. Tenho dito!
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+4 # Álvaro 14-11-2020 09:01
Eleições legislativas são daqui a 4/5 meses se está estratégia com Praia Leaks resultou com a mudança na CMP porque não resultará nas legislativas?. Com Governo mudo. Nana quedo e calado. ACarvalho a compor cabeça com seu gin J Santos a jogar aos berlindes, depois esperam que militantes do MpD tenham convicções e moral para saírem a rua.
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