Mui (in)digno Presidente do Conselho da Administração do
Hospital Agostinho Neto e Diretor do mesmo Hospital
Foi por isso que senti, sinto, muita dor ao tratar-me desta forma.
(Hoje reconheço que esse tratamento VIP era por causa dos DOIS MIL E QUINHENTOS ESCUDOS).
O senhor, não querendo expor e comprometer a sua funcionária, disse-me:
Que ideia, acha, vou passar a ter de si, doravante?
Cabo-verdianamente,
Olímpio Varela
Cidade da Praia, aos 31 dias de Julho de 2019
P.S. Sobre o processo da Junta, em si, escreverei numa próxima oportunidade.
Pense nisso.
A minha conduta, como pessoa e como profissional, é baseada em princípios éticos, morais e de respeito para com todos.
Tenho uma educação de berço e a vossa carta aberta não merece resposta nos aspectos ofensivos.
Contextualizando, encontrei o Senhor Olímpio Varela no corredor da Secretaria do Hospital, tive a amabilidade de cumprimenta-lhe, convidar-lhe para entrar no meu gabinete e perguntar-lhe a razão de estar no corredor do Hospital.
Depois de saber que pretendia ter informações sobre a Junta de Recursos, saí do meu gabinete e fui pedir informações à Secretária da Junta sobre o ponto de situação do processo do Senhor Olímpio Varela.
Regressei ao meu gabinete e dei-lhe todas as informações sobre a Junta de Recursos e, em seguida, solicitei-lhe o número de telefone para posterior contacto. Disse-lhe que quando reunisse todas as informações contactar-lhe-ia por telefone. Nunca lhe falei sobre a “Junta Médica na próxima quarta-feira” até porque a Junta Médica, por norma reúne às quinta-feiras.
Acontece que a coordenadora da Junta e a Presidente da Junta estão de férias e não pude reunir as informações necessárias para poder resolver o pedido da Junta de Recursos solicitado pelo Senhor Olímpio Varela.
Encontrei o Senhor Olímpio Varela sentado no corredor da Secretaria do Hospital, dirigi-me a ele perguntando-lhe a razão de estar no Hospital, convidei-lhe a entrar e sentar no meu gabinete, expliquei-lhe as normas da Junta Médica de Recursos, fui falar pessoalmente com a Secretária da Junta Médica, pedi-lhe o número de telefone para posterior contacto, ainda considera-me indigno e que só tem tratamento VIP por causa dos dois mil e quinhentos escudos.
Tenho a minha consciência tranquila pois sempre dei o máximo de mim aos meus doentes e ao Serviço Nacional de Saúde.
Lendo a sua resposta, concluí que para além de não ser nem educado, nem ético e nem sério, possui mais este atributo:
FALTAR DESCARADAMENTE A VERDADE!
Veja se os seus dentes ainda estão intactos!
Omiti propositadamente a primeira parte do nosso encontro para não revelar às pessoas a humilhação a que fui sujeito para falar consigo no interior do seu gabinete.
Efetivamente, quando me encontrou no corredor e me cumprimentou, tirando a sua mão da minha como se denotasse alguma doença contagiosa, disse-lhe que queria falar consigo, abriu a sua porta e eu com medo de não me deixar entrar não lhe dei tempo de fechar a porta, algo que nunca tinha feito na minha vida por saber ser acto deselegante.
Disse-lhe que eu ia falar com a “secretária da Junta” mas que ela no dia anterior pediu-me para levar os documentos que permitiam a minha integração nos doentes à junta de recurso, pois que eram documentos que eu já tinha entregue aquando da minha presença na Junta normal havia apenas três meses.
Invoquei-lhe os documentos exigidos para Junta de recurso pelo Decreto/Lei que regula a junta de recurso e pedi lhe que falasse com ela antes de eu lá ir. Depois de procurar no seu tablet esse Decreto/Lei e ler deu me razão, inclusive, lembre-se, se a sua memória o permite, que lhe perguntei se estava a duvidar de mim quando lhe informei que a senhora Dra. M do Céu Teixeira recusara aceitar o documento exigido (declaração passada por qualquer médico) conforme estipula a Lei, só porque foi passada pela minha médica, dizendo não aceitar por ela ser endocrinologista e não cardiologista. O senhor pôs dúvida se ela teria dito isto.
O senhor pega no telefone fixo e chama a “secretária”, pedindo para ela me receber.
NÃO LEVANTOU DA SUA CADEIRA COISA NENHUMA!
PORQUÊ MENTIR DESTA FORMA DE DIA E COM SOL PENETRANDO NA JANELA DO SEU GABINETE?
Depois de eu ser recebido pela senhora e me disse uma carrada de nosentesa disnesesaria a ponto de provocar a subida da minha tensão arterial, pois quis que eu assinasse um documento feito pelo Director Clínico do Hospital que nada tinha, tem, a ver com o meu caso, para que eu confirmasse que os documentos em poder dela há três meses eram os que eu tinha entregue.
Foi nessa altura em que, baseado naquilo que lhe informara antes, estando acometido de tanta raiva, cheguei na porta do seu gabinete bati e entrei sem esperar pela autorização pelo que lhe peço desculpas.
Contei lhe o sucedido e pedi-lhe para chamá-la na minha presença para saber se eu ia ser presente na Junta na QUARTA FEIRA, SIM, E NÃO QUINTA, pois já tinha informações de que ia ser visto nesse dia.
Devo informá-lo que Juntas de recurso podem e costumam ser feitos a qualquer dia.
Brevemente, o senhor e todos os leitores conhecerão o podre dessa Junta de Homicídio Lento.
Afinal, desde Maio passado que entreguei os documentos, todos, exigidos para Junta de recurso, todos os médicos estiveram fora de forma a não existir nenhuns para substituírem os da Junta de forma a evitar a morte de um cidadão que conforme opinião dos cardiologistas está na eminência de um enfarte por falta de condições para detetar determinadas situações?