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A Morabeza-Festa do Livro arranca hoje, na Cidade da Praia, com formações sobre a internacionalização da literatura cabo-verdiana e o lançamento da reedição da obra de Eugénio Tavares. O evento, que vai até 5 de Novembro, está orçado em 100 mil euros e promete envolver cerca de 40 escritores.

O orçamento da festa foi revelado pelo ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente, num entrevista ao Diário de Noticias de Portugal, onde aquele governante explica o porquê do nome Morabeza para o festival no seguintes termos: “é a palavra cabo-verdiana que usamos para explicar o espírito natural deste povo ao querer que os visitantes os conheçam bem”.

Vicente quer com esta festa “abrir as portas de Cabo Verde à literatura lusófona e a escritores que tenham obra consagrada e desse modo possam ajudar-nos a promover os nossos autores. A intenção é dar palco aos mais conhecidos, como o Prémio Camões, Arménio Vieira, bem como repescar nomes do século XX que ficaram no esquecimento”.

A organização garante que já está tudo a postos e que todos os escritores convidados já confirmaram presença para o certame literário que envolve cerca de 40 escritores e artistas de África, Ásia e Europa.

Um outro objectivo da festa é, segundo o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas marcar a reabilitação da Biblioteca Nacional como a casa da literatura e como instituição pública de apoio e de incentivo à leitura, à promoção do livro, dos autores cabo-verdianos e da literatura no geral.

“Com este evento, a Biblioteca Nacional assume o seu papel de coordenador nacional da política nacional da coordenação do livro e da literatura”, afirmou o governante, para quem eventos do tipo devem servir como o culminar da celebração de uma política pública de promoção, patrocínio e de incentivo à cultura do livro e de todas as literaturas e de todas as formas de sentir a cultura.

Esta primeira edição, esclarece Vicente, é uma edição de “aprendizagem, mas será um grande momento cultural, tanto nas formações, workshops, partilha de técnicas de escrita, como nos debates”.

Para hoje estão previstas duas sessões de formação sobre a “Internacionalização da literatura cabo-verdiana”, lançamento de todas as obras de Eugénio Tavares, numa reedição da Biblioteca Nacional, e uma sessão especial “Escrever como quem planta Ocás”.

A abertura do Morabeza-festa do Livro está marcada para o dia 03 de Novembro, no largo do memorial de Amílcar Cabral, ocasião que serve para homenagear o pai da nacionalidade cabo-verdiana.

Logo em seguida, o foco vai ser no tema “Sodade: esta língua que nos separa”, com participação dos escritores Arménio Viera e Francisco José Viegas.

A Biblioteca Nacional, com um acervo de milhares de livros, vai oferecer a cada biblioteca municipal, através das Câmaras Municipais, um kit de mil livros, assumindo assim o seu papel como dinamizadora das bibliotecas municipais, informou o ministro.

As mesas de debates com os escritores nacionais e internacionais iniciam-se no dia 04, com diversos temas: “A construção de narrativas ilustradas”, “Stória, Stória”, “Dança ma ni crioula”, “É doce morrer no mar”, “Em busca di um futuro”, entre outros.

A festa conta com a presença de vários escritores cabo-verdianos e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), nomeadamente Arménio Vieira, Germano Almeida, Osvaldo Osório, Vera Duarte, Dina Salústio, Joaquim Arena, Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Afonso Cruz e Valter Hugo Mãe.

“Morabeza-Festa do Livro” recebe também escritores oriundos da África, Ásia e Europa, e assume-se como um ponto de ligação entre os vários continentes onde a expressão portuguesa está presente e viva, através de parcerias com o Festival Rota das Letras (Macau), o Festival da Palavra (Porto Rico e Nova Iorque) e o LeV-Literatura em Viagem (Matosinhos).

Com Inforpress

Comentários  

0 # Contabilista 31-10-2017 11:26
Neste momento, por aquilo que se sabe (pois, há muita coisa escondida), o evento já vai em 150 mil euros, ou seja dezasseis milhões e quinhentos mil escudos
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0 # ATENTO 31-10-2017 09:10
Senhor Abraão Vicente, kela é mais um farsa k bu sta na el pa bu engana poetas e escritores caboverdianos... Ainda bem que José Luiz Tavares, meteu contra parede e desvenda tudo podridão que estaba detrás de quel morabeza de faixada la k bu inventa...
Kel 100 mil euros la bu ta daba empresas caboverdianas, assi empresários nacionais ta ganhaba e assi es dinhero ta circulaba tudo dento Cabo Verde, mas bu prefire da portugueses pa ês bem li pa ês bem ganha dinhero e subi dobra e nôs empresários ta fica ta pidi nhôs zimola....
Nhos politica pa dinamiza economia sta bonito mesmo, nhôs gosta de lembi brancos, k pouco ta importa ku nôs... tudo tostão k nu teni em vez de nu geril entre nôs, ta surgi kes patetas k ta sai pa leba brancos como bó bu sta fazi.
Abó é um governante de vergonha... bu ca mereci representa Cabo Verde, pmd bu ca tem respeito pa povos de ês terra.

Keli é nhôs jogadas moda kês de livros... goci tudo kusas e pa investiga pa odja...
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0 # Caty Lopes 30-10-2017 16:22
O senhor Abraão Vicente, jà deve ter recuperado da estrondosa queda que sofreu com os ataques poéticos do Dr. José Luiz Tavares. Realmente, o senhor Abraão não ficou bem nessa celeuma de «Morabeza» cigarrette, please, mas o caju tem korri bedjû e jà esta pronto para outra queda. Gostamos do Abraão por não ter papa na lingua e expressa o que pensa, sem que esteja a fingir para nos enganar, como os outros membros do governo do Nepotista.
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0 # Planalto 30-10-2017 13:15
Os partocinadores CVMovel e Unitel T+ eram capazes de dar um tostão para ajudar as familias no campo que numa situação muito complicada?
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