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Por: Glória Sofia
glória sofia 

 

Estas palavras são cordas que partem me o pescoço

Lâminas que ferem o pulmão do verso

Pedras afiadas que cortam a carne do poema

 

As batalhas das almas incomunicáveis

Morrem no calor dos desejos

Que são asfixiada pelo silêncio

 

Morre em mim também

Deixem a aflição morrer em mim

Façam-lhe um funeral sem flores

Atrás da planície da lua

 

Já que estou morta na ruga dos teus olhos

Tirem a vida a esta emergência de

Querer sentar contigo no lençol

Da praia, de ondas assassinadas

E de canções mudas e versos singelos

 

Já que morri nos teus dedos

Morre em mim também

Porque continuas a labutar 

No meu peito, que nem um pássaro ferido?

Porque mexer as asas com esse desespero?

Não vais conseguir voar jamais

Este pensamento é um céu que enegrece

 

Já que morri nos teus jogos

Morre em mim também

Porque continuas a persistir

Que nem um peixinho dourado 

Em agonia, já que as barbatanas 

Estão cansadas e partidas

Mesmo assim não abandonas-te

Nas profundezas de fantasia

 

Amargem-me este devaneio

Com gosto de mel

De envelhecer nas mãos do teu sorriso

 

Raptam-me deste mundo de fantoches

De amor urgente de sonhos trêmulos

 

Deixem a verdade amolada

Cortar os pedaços da melodia

Que alucinam com a tua língua

Por favor matem o retrato

Das cores que com velocidade

Instalam na esquina da minha mente

Morre em mim

Comentários  

0 # Gloria Sofia 19-07-2020 09:43
Caro Daniel Carvalho,
O Sr ë poeta?!.

Obrigada pelo incentivo.
Gostaria de te-lo como meu amigo virtual nas redes sociais.

Cumprimentos
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+2 # Daniel Carvalho 13-07-2020 17:30
Poetisa nascente!
Esforça-te para aperfeiçoares continuamente, toma notas, mas não te preocupes com os reparos. Que chovam e chovam, pois permitem simplesmente limpar o caminho em linha recta que leva ao infinito mudo do conhecimento e da imaginação.
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0 # Gloria Sofia 12-07-2020 17:02
Carissimos

É com um enorme satisfação que leio o vosso comentário...
Muito obrigada
Em relação a gralhas, admito a minha dificuldade em dominar as "línguas" e entendo perfeitamente os agradecimentos de Nicholas Sparks para os revisores da obra sobretudo a sua.

E recordo numas entrevistas quaisquer o Mia Couto sublinhou que seria incapaz de viver num país onde não falasse a língua portuguesa. Também o Vinícius Moraes (exercia profissão de diplomata) escreveu uma carta para esposa senão me engano que iria regressar ao país porque estava "com dificuldade em escrever na língua portuguesa"...

Enfim eu pessoalmente sempre que "transpiro"num poema.... De qualquer forma as mensagens da alma acabam de ser adulteradas.

Muito Obrigada
Aprecio muito o vosso elogio...
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+2 # SÓCRATES DE SANTIAGO 10-07-2020 08:49
Maravilhoso poema, feito de quentes e sábios versos. Este poema, pesem embora algumas gralhas a serem corrigidas, tem lugar, seguramente, na Glória da Poesia. Saudações poéticas, ó Sofia. Temos POETISA!
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+2 # jose luis hopffer al 09-07-2020 20:51
Muito bonitos e bem conseguidos os versos. Carecem todavia de melhor revisão de gralhas. Parabéns, poetisa!
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+1 # Daniel Carvalho 09-07-2020 14:56
Versos muito lindos, cheios de simbolismo e de poesia, arrumados em estrofes equilibrados, ligados por um fio em nó que descreve o estado da alma do sujeito poético confiante da sua capacidade de resistir, permitindo apenas que matem o retrato.
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+2 # Jrunder 09-07-2020 14:08
Muito bonito.
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+1 # Gloria 09-07-2020 10:40
Muito obrigada pela partilha...
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