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Por: José Luís Neves
Jos Lus Neves

 

“Em verdade, os dados ora apresentados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelam uma dinâmica preocupante de evolução do mercado de trabalho, através da degradação de vários indicadores chaves do mercado de trabalho, com destaque para uma redução significativa da população ativa e da taxa de atividade, mas também um forte crescimento da taxa de inatividade/desencorajados. Em 2017, a diminuição da taxa de emprego indica-nos que a economia revelou menos capacidade de criação de empregos e os dados apontam para uma destruição líquida de empregos em Cabo Verde. Pelo que a questão que não se cala é: se em 2017 temos menos cabo-verdianos empregados do que em 2016, então onde foram parar os 8.531 cabo-verdianos que, segundo o INE, deixaram de estar desempregados?

“Esses dados, convocam o Governo da República a refletir seriamente sobre a eficiência, a eficácia e a efetividade das tão propaladas políticas implementadas para a melhoria do ambiente de negócios, da meta de colocar o País no TOP 50 do Doing Business, dos incentivos ao Setor Privado para a contratação, das políticas de incentivo ao empreendedorismo e criação de auto-emprego, do programa de estágios profissionais na administração pública e no setor privado e da eficácia da implementação das medidas constantes do Plano de Emergência para fazer face ao mau ano agrícola. Mas também, sobre as tão propaladas medidas de combate ao abandono escolar e de isenção de propinas e sobre o Ensino Técnico e a Formação Profissional”.

Se não vejamos:

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) acaba de divulgar as estatísticas do mercado de trabalho para o ano de 2017. Segundo o INE, a taxa de desemprego diminuiu de 15,0% em 2016 para 12,2% em 2017, isto é, uma descida de 2,2 pontos percentuais (p.p), o que corresponde, em termos absolutos, a uma diminuição de 8.531 desempregados.

A taxa de desemprego é o indicador do mercado de trabalho que mais desperta a atenção e o interesse dos vários atores socioeconómicos. Porém, a análise isolada da sua trajetória (descida ou subida), poderá ser extremamente desatenta e falaciosa. Afinal, os homens podem tentar manipular os números em função das suas conveniências analíticas e interpretativas. Nem sempre a descida da taxa de desemprego revela uma dinâmica positiva da evolução do mercado de trabalho. Assim como nem sempre a sua subida revela uma dinâmica negativa. Já houve anos em Cabo Verde que o desemprego aumentou, pese embora uma forte dinâmica de criação de emprego nesse ano, como por exemplo, quando o ritmo de crescimento da população ativa é mais forte que o ritmo de criação de empregos. E nem sempre um crescimento económico forte é gerador de empregos, nomeadamente, de empregos produtivos e decentes, no curto prazo e sobretudo, quando o desemprego contém uma componente estrutural forte, como é o caso de Cabo Verde.

Sendo assim, só uma análise mais atenta, mais séria e mais abrangente dos indicadores do mercado de trabalho permite-nos captar com mais fiabilidade as suas verdadeiras dinâmicas. E esta nota propõe realizar este exercício, através de uma leitura objetiva dos dados e de forma relativamente mais abrangente, não olhando apenas e de forma redonda para o indicador taxa de desemprego, mas também para outros indicadores. Dizem os economistas que “os números não mentem”. Então façamos esse exercício.

Segundo o INE, a população total de Cabo Verde passou de 530.913 em 2016 para 537.231 em 2017, isto é, um aumento de 6.318 indivíduos. Este aumento da população total teve um impacto positivo na população em idade ativa (15 anos ou mais) que cresceu em cerca de 5.208 indivíduos, isto é, passou de 387.147 em 2016 para 392.355 em 2017. Mas o crescimento da população em idade ativa não impacta positivamente a população ativa que registou um decréscimo de 246.680 em 2016 para 232.198 em 2017, isto é, uma diminuição significativa da população ativa em cerca de 14.500 indivíduos.

A questão é: qual é a razão para essa redução significativa da população ativa? A resposta encontramo-la num outro indicador apresentado pelo INE – a população inativa – que registou também um forte crescimento em aproximadamente 20.000 efetivos, passando de 140.467 em 2016, para 160.157 em 2017. Isto é, o decréscimo da população ativa é feito fundamentalmente à custa de um forte crescimento da inatividade em Cabo Verde, não descurando um outro fenómeno que poderá estar na base da forte diminuição da população ativa, que é a saída de mão de obra do País, à procura de oportunidades de emprego noutras paragens - fluxos emigratórios.

Sendo assim, a análise feita permite-nos aferir algo que inspira grande preocupação - o nível geral de participação no mercado de trabalho da população em idade de trabalhar está a diminuir em Cabo Verde, conforme atesta um outro indicador apresentado pelo INE, que é a taxa de atividade, que passa de 63,7% em 2016 para 59,2% em 2017. Este é um indicador preocupante sobre a evolução do mercado de trabalho em Cabo Verde. Analisemos então os dados sobre o emprego.

Segundo o INE, há menos gente empregada em 2017, quando comparada com o ano de 2016. A população empregada diminui em cerca de 6.000 efetivos e passa de 209.725 em 2016 para 203.775 em 2017. Há, por conseguinte, uma evolução negativa do emprego e esta conclusão é reforçada pela análise de um outro indicador, que é a taxa de emprego, que passa de 54,2% em 2016 para 51,9% em 2017. A taxa de ocupação/emprego é um indicador extremamente importante, porque traduz a relação entre a população provida de um emprego (trabalhadores assalariados) e a população em idade de trabalhar. Ou por outras palavras, é a capacidade da economia de criar postos de trabalho.

E se quiser, olhemos também um pouco para os dados sobre a distribuição dos empregados segundo a situação na profissão (%). Diz-nos o INE, que de 2016 a 2017 houve destruição de empregos no Setor Empresarial Privado, destruição de empregos por conta própria sem pessoas ao serviço e e destruição de empregos na Administração Pública (Central ou Municipal); Diz-nos ainda o INE que houve estagnação de empregos no Setor Empresarial do Estado, estagnação nos empregos por conta própria com pessoas ao serviço, estagnação nos empregos em casa de família (trabalhador doméstico), registando-se apenas um ténue crescimento de emprego na categoria família (sem remuneração).

Uma nota digna de realce é a destruição de emprego no Setor Empresarial Privado, nas Administrações Públicas (Central e Municipal) e uma forte queda de empregos no Setor Primário da economia (agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), que passou de 20,4% em 2016 para 14,4% em 2017, dados esses que convocam o Governo a refletir seriamente sobre a eficiência, a eficácia e a efetividade das tão propaladas políticas implementadas para a melhoria do ambiente de negócios, da meta de colocar o País no TOP 50 do Doing Business, dos incentivos ao Setor Privado para a contratação, das políticas de incentivo ao empreendedorismo e criação de auto-emprego, do programa de estágios profissionais na administração pública e no setor privado e da eficácia da implementação das medidas constantes do Plano de Emergência para fazer face ao mau ano agrícola.

Portanto, de 2016 a 2017 a economia revelou menos capacidade de criação de postos de trabalho, registando destruição significativa de empregos em alguns setores, não houve criação líquida de empregos, o que refletiu na evolução negativa do emprego e da população empregada em Cabo Verde, análise esta que converge com a leitura feita acima de que o nível geral de participação no mercado de trabalho da população em idade de trabalhar está a diminuir, há menos gente a trabalhar e há menos atividade. Mas analisemos agora os indicadores sobre o desemprego.

Segundo o INE, há menos 8.531 desempregados em 2017, quando comparado com o ano de 2016. Ou seja, a população desempregada passou de 36.955 para 28.242 em 2017. A taxa de desemprego diminui de 15,0% em 2016 para 12,2% em 2017, uma queda de 2,8 p.p. De permeio, o INE diz-nos que a taxa de subemprego também diminuiu, passou de 19,4% em 2016 para 16,0% em 2017. A taxa de subemprego cai em todos os Concelhos do País, com excepção dos Concelhos de São Miguel (52%), São Salvador do Mundo (36%) e São Lourenço dos Órgãos (31%). E de acordo com toda a análise feita anteriormente julgamos que é consistente dizer que além da destruição de empregos, há também destruição de subempregos.

Mas, os números do INE dizem-nos que o desemprego continua jovem (32,4% entre os 15-24 anos e 12,9% entre os 25-34 anos) e elevado (12,2% da população ativa), que o desemprego afeta com mais acuidade os níveis de instrução secundária (54,5%) e superior (11,7%), que o desemprego é de longa duração (em média o desempregado demora 16 meses para encontrar um emprego) com tendência para o desemprego de muito longa duração (em média 24 meses no desemprego), que persiste uma franja significativa de desempregados sem nenhum nível de instrução, que requer uma atenção redobrada, porque confere uma natureza social mais aguda. Um outro dado preocupante e que convoca a reflexão do Governo da República sobre as tão propaladas medidas de combate ao abandono escolar e de isenção de propinas é a percentagem da população jovem de 15-24 anos (cerca de 31%), sem emprego, mas também que não estão a frequentar um estabelecimento de ensino ou de formação.

O desemprego cresce em vários Concelhos, tais como, São Lourenço dos Órgãos, Ribeira Grande de Santiago, Maio, Calheta de São Miguel, São Salvador do Mundo, Boa Vista, São Vicente, Brava e São Domingos. Os Concelhos da Praia e de Santa Catarina de Santiago , dois das maiores concentrações populacionais do País, destacam-se com as taxas mais elevadas de desemprego a nível nacional, de 16,2% e 17%, respetivamente, e configuram, de certo modo, juntamente com São Vicente (12,2%) os barómetros sobre o mercado de trabalho em Cabo Verde.

Para concluir, voltamos então à questão inicial: se a economia revela menos capacidade de criação de postos de trabalho, se há destruição de empregos e subempregos, se há menos empregos e subempregos, se a taxa de atividade diminuiu, se há menos gente a trabalhar, então qual é a explicação para a diminuição da taxa de desemprego em Cabo Verde de 15,0% em 2016 para 12,2% em 2017? E Para onde foram os 8.531 indivíduos que saíram do desemprego em 2017?

De acordo com a leitura dos dados do INE, as respostas só poderão ser estas: empregados não estão, porque a população empregada diminuiu de 2016 para 2017; subempregados não estão, porque o subemprego também diminuiu. A única explicação, de acordo com os dados que nos são fornecidos, é que foram parar ao grupo dos inativos / desencorajados e daqueles que decidiram deixar o País, aventurando-se em outras paragens.

Esta é a minha leitura dos números do INE, que pretendeu ser objetiva. Se alguém de entre vós tem outra leitura, que atirem a primeira pedra...!

Texto originalmente publicado na página de Facebook do José Luís Neves.

Comentários  

+1 # manuel horta 05-04-2018 19:26
Fica mal a um Secretário-Geral de uma organização patronal ter um posicionamento político quando está em exercício de funções privadas, por opção própria e pessoal. Pretendendo ser político ou ter uma opinião política o problema é outro e deveria deixar imediatamente as funções que ocupa e ter todas as opiniões idênticas ao do Samilo Moreira, do Carlos Moura, do Paulo Soares, do José Brito e de tantos outros que afundaram Cabo Verde nos últimos anos.
Por isso, sequer entro na substância da questão e fico pela questão formal: quem está a escrever? Pode fazê-lo nas funções que ocupa?

Ninguém percebe que o Presidente da CCIB seja um advogado em exercício de funções. O advogado tem de exercer funções com independência e não me parece que ser Presidente de uma organização patronal dá a independência necessária exigida para ser Advogado.

Estamos em "caboverduras" e toda a gente hoje acha que ocupando um cargo de relevância pública pode também fazer política!
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 05-04-2018 13:02
Confesso que achei muito estranhos os números apresentados pelo INE. Não sendo pessoas da área, estava à espera de uma leitura mais técnica e científica como esta do MESTRE JOSÉ LUÍS NEVES, "expert" na matéria. Sinceramente, estou muito mais de acordo com o MESTRE NEVES do que com o nosso INE.
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0 # Djosa Neves 05-04-2018 14:27
Vejam só, o INE, de repente passou a não valer nada, ainda mais perante um post de um "espertinho da matéria". O post é uma opinião pessoal com pouco rigor cientifico, guiado por paixões e talvez frustações. Vale o que vale!!
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0 # Terralonge 05-04-2018 17:11
Djosa Neves, o sr. é que está a agir por paixão e isto está a torná-lo cego. Se não vejamos: se em 2017 o nº de pessoas empregadas passou a ser MENOR do que o nº de pessoas empregadas em 2016, como é que a taxa de desemprego se diminui? ou não leu bem os dados? Ou melhor, está CEGO?

Quer dizer o nº de desemprego aumenta e a taxa de desemprego diminui. Que cálculo é este?
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0 # Terralonge 05-04-2018 09:21
2016 2017
População empregada 209.725 203.775
População desempreg. 36.955 28.424
População inativa 140.467 160.157
Pop. inativa + desemp.177.422 188.581

Guentis, É preciso ser-se completamente ignorante na leitura elementar dos números e cálculos para se perceber que, com esses dados, há diminuição do desemprego em Cabo Verde. Isto é tudo falso e é PUBLICIDADE ENGANOSA, a tão propalada pelo MpD no passado.

O que há, realmente, é o AUMENTO DO DESEMPREGO. Se em 2017, o nº de pessoas empregadas passou a ser inferior ao de 2016, em cerca de 20.000, como é que se pode falar de diminuição do desemprego?
Essa estória de INATIVOS, é preciso que seja acautelado aqui em Cabo Verde. Inativo é um conceito que é aplicado lá fora nos países desenvolvidos para designar pessoas que não querem trabalhar. Logo, essas pessoas nem se quer se inscrevem nos Centros de Emprego para a procura do trabalho ou tão pouco para receberem o fundo de desemprego. Nada disto é realidade aqui em Cabo Verde. As pessoas querem trabalhar, sim Senhor! O que lhes falta é o trabalho! Portanto, se ao nº de pessoas desempregadas se juntar o nº de pessoas ditas inativas, o saldo, como se pode verificar em cima, entre 2016 e 2017 é de 11.159. Ou seja, passou-se a ter mais 11.159 pessoas desempregadas. Com isto, em rigor e se não se quer tratar os caboverdeanos de PARVOS, a verdade é que a taxa real do desemprego é de 21,2%, ou seja, um aumento de 6,2%. Aliás, não é difícil de percepcionar isto. Aonde é que há emprego?
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0 # Djosa Neves 05-04-2018 10:07
Então vossa Exa pega num conceito (da sua conhecedora optica) que não corresponde á realidade em Cabo Verde para tentar desacreditar o CONJUNTO de dados fornecidos pelo INE? Sabe o numero de pessoas que deixam de procurar trabalho por estarem na expectativa de receber vistos de emigração ou mesmo emigrarem? Sabe o numero de funcionários fantasmas que foram descobertos nos Ministérios? Conhece o numero de indivíduos atingidos pela seca? Ou ignora o efeito que a falta de chuvas tem sobre a atitude das pessoas? Se quer ver o emprego para a população veja os trabalhos que estão sendo realizados a nível dos municipios, os investimentos turísticos e industriais... O que acabou foram os EMPREGOS das Associações Camaradas, os recursos direitinhos para meia dúzia de privilegiados, dos que viviam ás custas dos fundos do Ambiente - Talvez por isso não consiga enxergar o trabalho....só enxerga emprego!!
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0 # Terralonge 05-04-2018 11:54
ÓÓÒHHHHHH, Djosa Neves, não como dar volas isso. Está tudo mau, pá! É uma vergonha, este governo. Admito que muitos de vocês estão muito preocupados com o baixo desempenho do vosso governo, mas os factos são factos e contra eles não há argumentos.
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0 # Djosa Neves 05-04-2018 14:22
Apesar do impacto da seca, 4 é sempre QUATRO VEZES o modelito 1%. Os factos são medidos e para isso serve o INE (a não ser, claro, que de repente os dados do INE deixaram de ser confiaveis). O desemprego DIMINUI, a segurança AUMENTA, a confiança AUMENTA, a Regionalização (embora discorde!!) está sendo implementada, a distribuição dos recursos do Turismo chegam as populações. Mas esteja certo, os RESULTADOS começam a aparecer mas ainda são INSUFICIENTES. No final será feita a avaliação GLOBAL e pelos primeiros resultados(depois de um tempo de espera pelos primeiros efeitos) o país ficará MUITO MELHOR
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0 # PEPETELA 05-04-2018 09:20
Estamos em frente de uma linha de demarcação clara: de uma parte aqueles que acreditam que em Cabo Verde "tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis", “tudo é mar de rosas”. E outros que vivem a dura realidade do quotidiano a procura de solução para sobreviver. Li com muita atenção os dados estatísticos apresentados pelo INE. O trabalho foi muito malconduzido e não estamos costumados com a má qualidade na apresentação dos dados estatísticos. É claro que os dados são FORJADOS, FORÇADOS e feito a pressa para criar uma realidade de conforto no poder para aqueles que governam, mas que não existe para aqueles que sobrevivem. O INE DEVE RESPONDER PUBLICAMENTE E DE FORMA CLARA A ESTA PERGUNTA: ”Para onde foram os 8.531 indivíduos que saíram do desemprego em 2017?”
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0 # Djosa Neves 05-04-2018 10:15
Grande ESTATISTICO!!....Leitura tremendamente atenta e analise profundíssima. Um hino de sabedoria!!!Parabéns pelo eco.
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0 # Antoninho 04-04-2018 17:57
MPD pansa ma povo sta nocente. ninguem consegue encontrar trabalho. Muitos jovens estudantes que saem da universidade ficam em casa sem trabalho, muitos que as empresas mandaram para casa. Entao como que a taxa de desemprego baixaram? So o MPD sabe explicar isso.
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0 # #caboverde# 04-04-2018 17:22
o Governo está a gabar-se com os resultados recentemente publicados pelo INE. contudo no país existem aqueles que estao na lista de desencorajados,sim, mas é pela falta de oportunidade que nunca lhes foram dadas. ou seja, o " bai bo bem manha, manha p nunca mais" é a conversa q se predomina. A palavra EMPREGO é a ferramenta usada em todas as campanhas eleitorais, no entanto, chega-se ao poder, as sete letrinhas sao "deletadas". os cabo-verdianos ja estao cansados das promessas
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0 # Caty Lopes 04-04-2018 15:44
Os dados apresentados pelo INE estão cheios de gralhas técnicas, incoerência dos indicafores e uma gritante falta de rigor técnico. Trata-se de divulgação de dados estatiscos, de uma instituição que deixou de ser autonomo, para ser um defensor do Governo do MpD, pondo em causa a dignidade de todos os seus quadros e funcionarios. Afinal o desemprego aumentou e foi escondido no grupo dos inactivos de forma oportunista. Como o emprego pode aumentar no paîs em que o Estado não fez ainda e nem vai fazer, por opção politica, investimerntos e os empresarios estão a espera do crédito do Dr Olavo Avelino Garcia Correia. Se o INE tivesse declarado de forma clara que o emprego se aumentou seria a morte do Governo do MpD, que so sabe MENTIR AOS CABO-VERDIANOS. Caro José Luîs Neves essa é a nossa primeira pedrada e esperamos a reacções dos gajos do MpD para fazermos analises mais aprofundadas dos indicadores apresentados na solado da mentira.
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0 # Djosa Neves 05-04-2018 03:00
Se o INE passou para os "gajos" do MPD, para quê então estar aqui a analisar o que quer que seja? Aliás, estranha-se tanta preocupação por parte dos "gajos" do PAICV em desvalorizar os números do INE que até a poucos dias era competente e independente,
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0 # José Antônio Martins 05-04-2018 10:13
Meu explícito, amigo Djosa! Os gajos de PAICV descredibilizar os números do INE, mas não avançamos bem com providência cautelar, nem com manifesto de apreciação dos mesmos na ANP, para que seus de[censurado]dos possam avalia-los. Esses paus-mandados devem tomar juízo. Tudo esse falatório em redor desta Estatística não passa de manobra para desviar atenção do CPI que já se encontra na fase do Relatório Final para ser entregue na PGR. Sabendo que cabeças grandes vão rolar e que o PAICV fica enfermo, vêm esses putos de recados fazer das suas. Só digo: "Filho de Onça sabe caçar. Esta metáfora é carapuça para seu dono, o dono deste post infeliz."
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0 # Terralonge 04-04-2018 11:10
Muito bem, Zé Luís, uma boa reflexão e em tempo real. Assim, ajudas os menos preparados e entenderem as manobras enganosas deste governo.
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0 # Tomé Varela 04-04-2018 10:57
Uma leitura interessante e, ao mesmo tempo, preocupante, pois, a partir dos números avançados pelo INE, mostra que o Governo está de calças na mão e deixa a nós todos muito aflitos, relativamente ao presente que temos e ao futuro que nos espera.
Que fazer? Que cada um se desenrasque é a solução?
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0 # manuel horta 05-04-2018 19:39
Tomé Varela mete na tua cabeça. Os empregos devem ser criados pelo sector privado numa economia de mercado e nunca pelo Estado. Portanto, quem está com a calça são aqueles empresários que constroem moradias de 6.000.000 € para morarem e depois dizem que não há crédito ao investimento. Os países que triunfaram partiram da poupança privada e do investimento privado e não com a intervenção do Estado em destruir os sectores económicos.
O sector da construção civil e da imobiliária privada foi destruído pelo Projecto de Casa para Todos e para gáudio e prazer das empresas portuguesas.

Tomé Varela os Governos não são eleitos para criarem empregos. Isso é tarefa das empresas e do investimento privado.
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-1 # Atento dos Picos 04-04-2018 10:48
MPD, pensa ma povo sta bacan, e ma es sta ingana ku numeros. Povo sta xinti na pele dor e desespero, perpectuado pa es governo. Pa tudo ladu sta queixado desemprego e falta de oportunidade. Povo das ilhas sta desembarca na Praia pmd la ka teni solução, mau ano agricola, ainda gô es ta bem ku kel taxa de emprego na Cabo Verde?
Agora pergunto: será ki é ku kes trabadjo de FAIMO, que djes abri, dento de plano de mitigação la ki sai es dado? Se sim ainda a nivel nacional ka txiga es numeros.
Undi k kes pessoas li sta?
K tipo de emprego k es teni?
Nu ta lembra ma na campanha MPD, promete trabalho qualificado aos caboverdianos, pelo visto ainda kela ka acontece muito na prática.
Agora digo claramente... nhôs ba ta brinka ku kara de POVO, mas ka nhôs eskeçi ma é povo quem ORDENA e JULGA... "Kenha ki ka ta obi consedjo e ta odja"... Djentis Grandis k ta fla
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