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Por: José Maria Neves

A governança tão séria como é não pode ser deixada apenas nas mãos dos governos. E dos políticos. A sociedade civil é chamada em todos os momentos, máxime os críticos, a dizer da sua justiça, denunciar as más práticas, reivindicar ou aplaudir, conforme couber. Os governantes - disse de mim em tempos o saudoso Manuel Delgado - são nossos funcionários. Governam em nome de nós todos recursos que são de todos nós . Em democracia, “esperamos e exigimos de uma forma democrática que a sociedade tenha precedência sobre o Estado, que os governados e o governo aceitem o princípio de que o Estado está a serviço dos cidadãos, e não os cidadãos a serviço do Estado, que o governo existe para o povo e não o contrário(Sartori, Giovanni (1994), A Teoria da Democracia Revistada (Vol. I, O Debate Contemporâneo), Brasil, Editora Ática, p.57).

Indignou-me sobremaneira a forma como a maioria parlamentar tratou a questão da imunidade parlamentar. Desde a década de 90, foi negociado um compromisso entre o MPD, então no poder, e o PAICV, em como, em nenhuma circunstância, seria levantada a imunidade a um Deputado, a não ser que este se exprimisse absolutamente nesse sentido.

Em 2001, quando o PAICV assumiu o poder, este compromisso manteve-se e vários Deputados, da oposição e da situação, a coberto da imunidade parlamentar, deixaram de responder a processos crime, de corrupção e outros mais graves, então instaurados.

Sempre questionei a forma como era tratada a questão da imunidade. Mas para o MPD tão sagrada era a questão, podia por em causa a separação de poderes, a independência dos Deputados e o papel da oposição democrática e abrir caminho à instrumentalização da imunidade pela maioria, que sempre advogou a sobrevivência do consenso da década de 90.

Quando assume o poder, em 2016, o MPD mantém a mesmo posicionamento, não aceita levantar a imunidade parlamentar a seus Deputados, até que chega o primeiro pedido de suspensão da imunidade parlamentar de um Deputado do PAICV. Decide fazer uma outra leitura, eventualmente mais conforme, da letra e do espírito da Constituição da República, e opta por mudar unilateralmente de posição sobre tão delicada questão, sem sequer abrir espaços de negociação com a oposição democrática.

O MPD tem uma concepção belicosa da política. O objectivo essencial é hostilizar e destruir o outro, sem complacência, utilizando as armas do poder. Para o MPD, a sua sobrevivência passa pela destruição do inimigo, com ternura. Sob a capa de um discurso anti corrupção e imoralidade na gestão da coisa pública, contorce a verdade, manipula a comunicação social pública, e apresenta-se como o moralista de serviço, que promove o rigor, a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade como valores cimeiros. Os outros são corruptos, imorais e devem ser banidos. Nós os democratas, os promotores da democracia, da boa governança, a tudo temos direito, tudo podemos, inclusive eliminar os maus do sistema, os “lobos vestidos de cordeiro”. É a necropolítica ou política do terror, na acepção de Achille Mbembe, ou o biopoder, na significação que lhe é dada por Michel Foucault, a política como instrumento de aniquilamento, por todos os meios, do inimigo.

Nessa questão da imunidade dos Deputados não pode haver dois pesos e duas medidas. Desejando mudar as regras do jogo, considero aliás mais razoável o entendimento da imunidade parlamentar vazada na Constituição agora expendido pela maioria parlamentar, devia o MPD dialogar com a oposição e consensualizar novas regras, as quais deverão, doravante, abranger a todos. O que não se pode fazer em democracia é, na calada da noite, por ter a maioria, decidir unilateralmente alterar os consensos anteriores, com o único intuito de fragilizar a oposição democrática.

Um Estado de Direito Democrático consolidado exige um governo forte e uma oposição forte. Não se pode falar em liberdades e democracia, tentando a todo custo, a toda a hora, destruir a oposição tida como a inimiga do sistema e criar um clima de medo e de intolerância. “a democracia não é.. puro e simples poder da maioria. Na verdade, “poder da maioria” é apenas uma fórmula condensada para poder limitado da maioria, para um poder restrito da maioria que respeita os direitos da minoria... Democracia não é poder sem reservas (irrestrito, portanto) da maioria” (Sartori, Giovanni (1994)A Teoria da Democracia Revisitada (Vol.I, O Debate Compemporâneo), Brasil, Editora Ática, p.53).

Não temos alternativa à democracia. Os homens e as mulheres de boa vontade devem, pois, com nobreza e liberdade de espírito, lutar pela consolidação da democracia, porque ela é “o principal remédio contra o abuso do poder”. (Bobbio, Norberto (1983), Qual Socialismo, Brasil, Paz e Terra, p.85).

José Maria Neves

 

Comentários  

0 # Pedro Alexandre Roch 30-01-2018 11:08
Quem lê o excerto seguinte não imagina que o seu autor é JMN, aquele que foi Primeiro Ministro deste país. É um autêntico auto-retrato da sua personalidade política, durante os anos da sua governação: "O MPD tem uma concepção belicosa da política. O objectivo essencial é hostilizar e destruir o outro, sem complacência, utilizando as armas do poder. Para o MPD, a sua sobrevivência passa pela destruição do inimigo, com ternura. Sob a capa de um discurso anti corrupção e imoralidade na gestão da coisa pública, contorce a verdade, manipula a comunicação social pública, e apresenta-se como o moralista de serviço, que promove o rigor, a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade como valores cimeiros". Felizmente, ao contrário do que pensa JMN, existem cidadãos neste país que têm memórias (e não curtas) para lhe lembrar que ele fez exactamente, quando era poder o que hoje, na oposição, acusa o Mpd. JMN e a sua equipa foram useiros e vezeiros de perseguição atroz aos seus adversários políticos e àqueles que ousaram, mesmo no interior do seu partido, confrontar a sua postura autoritária e prepotente, movendo contra eles a marginalização política, a prepotência, a negação dos seus direitos, a utilização da terrível arma psicológica de marginalidade, colocando-os nas prateleiras e sem funções, o medo, as ameaças veladas, o exercício musculado do poder para amedrontar cidadãos, são características que marcaram JMN e o seu governo. Hoje, na oposição, vem armar-se de vítima daquilo que é da sua especialidade, enquanto governante deste país, querendo dar lições de moral ao Mpd, sem primeiro as interiorizar. Tudo vem a propósito de querer defender o seu delfim José Veiga que o gostaria de ver escudado na imunidade parlamentar. Coisa que nunca deveria existir no nosso sistema político. Imunidade parlamentar para fugir à justiça e não responder perante ela impedindo que a justiça se realize? Onde está a moral nisto? Todos os cidadãos são iguais perante a lei, não há cidadãos de primeira que não respondem perante a justiça e cidadãos de segunda que, por uma bagatela, respondem à justiça e podem ser julgados e condenados. Essa imunidade vergonhosa deve ser removida do nosso sistema jurídico!
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0 # Juca 29-01-2018 14:21
No IUE em Assomada, a Direção está de pernas para o ar. O Director, que nunca moveu uma palha, apenas está a aguentar o tempo passar para se reformar com um salário que nunca mereceu. Duedo, go!
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0 # SÓCRATES DE SANTIAGO 28-01-2018 19:45
EIS O HOMEM! O País ainda precisa de si, caro DOUTOR NEVES. Sei que o MPD não o quer ver nem pintado. No fundo, não por não morrer de amor por si, mas por ter MEDO, mas MUITO MEDO do seu regresso à POLÍTICA ACTIVA. Exemplo concreto: basta escrever um artigo de opinião sobre assuntos quentes da actualidade-como esta forma absurda e estranha do levantamento da imunidade ao um um de[censurado]do da oposição-basta escrever um artigo-dizia-para os "ventoínhas" começarem a funcionar mal e aparecerem uns cabos de serviço para dizerem mal de si. Um desses cabos mais conhecidos é esse tal talibã radical, representante da Europa, Senhor Emanuel Barbosa.
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+1 # Juca 28-01-2018 15:24
É isso Zé Maria. De tanta falta do conhecimento e sensibilidade pelos princípios da Governança, o MpD agora já apanhou a mania de, todas as vezes que se fizer uma manifestação, aparece alguém (dirigente) para dizer que essa manifestação não tem razão de ser. Assim, disseram aquando da manifestação dos Polícias; assim e mais grave ainda disse o PM no passado dia 13 que aquela manifestação nada tinha a ver com o seu governo (talvez tinha a ver com o governo do PAICV?) e há dias, disse o Delegado da Agricultura no Fogo que a manifestação realizada não tinha a razão de ser. Isso que é a Democracia e este que é um governo democrata mesmo! Só troça!
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0 # Zebedeu 28-01-2018 15:09
Muito bem Zé Maria. Cabo Verde muito precisa de si e das suas opiniões. É claro que isto se indispõe a muita gente e já já vai reagir o Deportado Caldo Babosa. Mas contigo, eles só têm de chupar limão.
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0 # Delonge 28-01-2018 15:05
É os Rabentólas no seu MAIOR. Em Santa Catarina andam a distribuir dinheiro, uns já receberam 30 contos, outros 20, outros 15 e assim por diante. Ninguém explicou como é que é isso e donde vem esses recursos e à custa de quê. Sob o signo de MALABARISMO e ASTÚCIA, vão fingindo de que estão a governar o país. que castigo pagam os caboverdianos?
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0 # Roberto Correia 28-01-2018 13:00
Grande reflexão! Grande leitura! Retrata muito bem o que é o MPD: falso, sem palavra e dissimulado. Ponto final.
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0 # Zé Totinho 28-01-2018 11:53
Oh meu caros amigos, deixem de tretas e digam claramente ao Dr. José Maria Neves que ele está errado, porque este consenso estabelecido entre o MPD e do PAICV, na década de 90 ou seja lá o que for, é no mínimo descarado e criminoso. Deixem de defender asneiras. Imaginem um de[censurado]do violador de uma criança não pode ser perseguido criminalmente por causa da disparatada imunidade. O PAICV está tão emporcalhado nisto como o MPD. Até nisto vocês estão a partidarizar para tirar dividendos políticos, caramba! Depois, vem os próprios senhores falar em partidarização da sociedade. Por amor de Deus? Então, um partido que tem esse tipo de consenso com um outro, tem moral para criticar o quê? Fogo!!!
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0 # Caty Lopes 28-01-2018 08:28
Senhor doutor JMN, realmente o MpD é um Movimento com ADN de santopeia e apetite do lobo, que não escolhe a oportunidade de se matar ou comer os seus adversàrios ou inimigos politicos. Se a pràtica anterior estiver errado, que vinha desde os anos 90, é bom que fosse alterada, de modo a defender os valores mais nobres da democracia e teriamos duas formas de as fazer, ou sejam, defender os casos de pedido de levantamento da imunidade parlamentar protegendo os actuais infractores ou mandar levantar os três casos de pedido de levantamento de imunidade dos de[censurado]dos infractores, o que devia ser descutido entre os Grupos Parlamentares e os de[censurado]dos da UCID. No entanto, o MpD como considera de Pai e Mãe da democracia cabo-verdiana, tomou a decisão de levantar a imunidade da testemunha, Eng. José Maria Gomes da Veiga, para ser ouvido pelo Ministério Publico, procedimente que voluntariamente jà teria tomando, recorrendo do voto secreto dos de[censurado]dos em exercicio, enquanto que para os outros de[censurado]dos com indicios de crimes, bem mais graves, podem ficar sujeitos a apreciação dos de[censurado]dos e com o chamado voto simbolico e secreto dos de[censurado]dos, em que prevalece e ganha sempre o voto da maioria, em que esse Paneleiro e Pedofilo LIDER, defende ser circunstâncial, ou seja, dependente do partido que estiver no poder. As medidas do MpD são sempre de dois pesos para uma medida, como a [censurado] e a kàkà do Palacio da Assembleia Nacional. PS, o Eng. Gomes da Veiga, é testemunha de um caso em que està envolvido, antes de ser De[censurado]do da Nação, enquanto que os crimes dos de[censurado]dos do MpD foram cometidos durante o exercicio de cargo de De[censurado]dos da Nação. O MpD e a [censurado] são as Mesmissimas COISAS.
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0 # Carla 27-01-2018 22:23
Este texto é infeliz e revela que afinal precisamos averiguar muita coisa que anda a ser combinada entre os partidos Políticos. O JMN baixou no meu ranquing e demonstra agora que ele próprio sabia das coisas que estavam sendo feitas para empoderar um grupo dentro do seu próprio Partido, em detrimento dos direitos dos demais membros. Foi assim que se financiou a campanha de Inocencio contra o Aristides e também assim se financiou a campanha da Janira contra o Filú. Ou seja, a democracia do PAICV, mesmo internamente, constitui uma farsa autêntica. Este, de todo, é um problema do PAICV e seus militantes. Como cidadã sem Partido e que normalmente votava PAICV, o que me interessa neste caso é saber se os nossos recursos foram desviados como indicia os dados disponíveis. E se assim aconteceu os criminosos e corruptos têm de repor esses dinheiros e serem encarcerrados. Só lamento concluir que o JMN não é quem eu pensava e talvez ele próprio não esteja tranquilo neste caso. Agora admitir que casos envolvendo dinheiro Público gerido por pessoas que depois viram De[censurado]dos fique em águas de bacalhau constitui uma afronta à cidadania e um insulto aos pobres desta terra.
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0 # djimbo 27-01-2018 18:29
Só podes estar a gozar com os Caboverdianos. No entanto vi que o seu estudo está a dar frutos, somente não é possível voltar no passado..

achas que durante a sua governação governou em democracia?

A sua nomeação como professor auxiliar na Uni-CV é um ato democrático.

as infra-estruturação do País foi democrático.

Pega nos dossiers e verifica agora que tens muito tempo livre e ver se governaste em Democracia.

Ou a Democracia que falas é novo modelo a ser lançado por si neste momento.

Os conceitos Democráticos existentes está longe da sua lógica e interpretação.

Sem nunca dar aulas na UNI-CV já estais a frente de muitos professores Doutores e efectivos, achas isto um acto democrático?

De democracia não falas

Agora podemos respirar a democracia graças a este novo governo

Bons estudos
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0 # Vitor 28-01-2018 13:05
Falar d democracia com este governo!Desde qando
Ja la vão 2 anos e alguem mais deu um pio neste pais ha não ser eles que estão ai no bem bom porwue são eles quem MANDA E DESMANDA e ate tiveram a coragem de dizer que não iriam aceitar opiniao de ninguem.
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0 # Djosa Neves 27-01-2018 17:13
Caro Sr. Marino, o que se pode depreender é que o PAICV está chateado porque acha que deu cobertura a algumas situações que na optica desse partido, poderiam configurar como CRIMES e agora estava á espera da reciprocidade que não aconteceu. Começa-se a entender (??!!) o porque de certas listas, para os lugares "imunes", estarem prenhes de gente que mexeu com o dinheiro de TODOS NÓS. Se o acordo mafioso foi quebrado, temos que aplaudir. Mais vale tarde que nunca; deve-se ir mais longe e acabar de vez com a ABERRAÇÃO.
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0 # dimukrata 27-01-2018 15:23
Imunidadi ka ta fazi sentidu num stadu di direitu dimukratiku. Ta izigidu risponsabilidadi i kenha ki ka kumpri debi ser risponsabilizadu kriminalmenti komu kualker sidadao.
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0 # JJ da Veiga 27-01-2018 14:23
Opinião contraditória do senhor JMN. Defende a democracia e, ao mesmo tempo, a existência de um grupo com imunidade contra crimes horrendos. Onde está o mesmo direito em democracia? Uns podem ser julgados e outros não? A criação da imunidade é a mesma que criação de bandidos e criminosos. Esse comportamento incentiva a violência e o aparecimento de terrorismo. Todos, sem excepção, devem ser julgados pelos seus crimes. A imunidade não tem razão de ser. Deve acabar imediatamente. Quem não deve não teme.
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0 # Marino 27-01-2018 13:07
Senhor Djosa Neves o problema de fundo é o tratamento desigual dado aos de[censurado]dos; o parlamento levantou a imunidade a um de[censurado]do do paicv para comparecer como testemunha num acto e o mesmo partido não aceita o levantamento de imunidade a um de[censurado]do do MPd para apresentar como arguido numais caso de Violencia doméstica aonde a vítima foi brutalmente espancada para o mpd doravante todos os pedidos de levantamento de imunidade contra o de[censurado]do do paicv será levantada mas caso vier um pedido para o de[censurado]do do mPD isso será arquivado; assim funciona o mpd tá joga tá pita.
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0 # Djosa Neves 27-01-2018 12:08
Particularmente acho a imunidade uma ABERRAÇÃO. O que foi escrito neste artigo é MUITO GRAVE pois revela que essa aberração dá cobertura a possiveis CRIMES (Não foram julgados, por isso conserva-se a presunção de inocencia).Em países com a Suecia não existe imunidade; O que se espera é RESPONSABILIDADE. Há que acabar com esse acordo mafioso. A existencia dessa imunidade fere a Democracia na sua essencia da IGUALDADE. Quem defende a continuidade dessa aberração, está é preocupado com interesses e práticas pouco sérias, e não com os VALORES da Democracia
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+1 # Ze dos Santos 27-01-2018 09:38
PAICV debi kumessa ta ataka esses pseudodimokratas. Mostra tudu ladu podri di mpd e dismonta kel diskursu di kampanha ki foi maior mentira ki kontadu a eleitoris kabuverdianus. ku ess mpd ninguem ka debi tem komplacencia.
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-1 # djimbo 28-01-2018 15:47
Meu caro

Veja como não entendem nada da democracia?

Para os senhores todos os comentários feitos a artigos escritos pelos dirigentes do PAICV, são dos militantes do MPD, não pode ser de militantes de outro partido político ou simplesmente de um cidadão comum.

Declaram guerra a todos que não coabitam com a vossa ideologia, aliás já nem da ideologia mais se fala, Porque o PAICV de 2001 a 2016, não estribou orientado em nenhuma ideologia, senão por uma mera cultura malabarista.

Nós, amigo, também somos filhos desta terra e amamos-a mais de que qualquer um de vós.

Nunca aceitaríamos nada em troca para atraiçoá-la, senão o misero vencimento que temos e pelo qual confortamos.

Ter uma nação, é a maior virtude de um ser humano.

PAICV precisa primeiro saber viver numa democracia, e isto só é possível consegui-la na oposição e leva muitos anos.

Portanto comecem o vosso estágio.

Somente os cidadãos vão saber quando estão prontos para governar em democracia.

Quando eu ver algum dirigente do PAICV a assumir e enumerar os erros que cometeram durante a governação de 2001 a 2016 publicamente, ali posso analisar e dizer se estão a iniciar este doloroso caminho de estagiário, mas que só faz bem a alma.

Desejo-lhes a todos bom caminhada.
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0 # Artur Ribeiro 29-01-2018 11:58
Uma boa analise e o pais precisa dela.
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