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Protocolo Governo de Cabo Verde empresas PEMSMAA

Governo repete a fórmula de 2015 e decide subsidiar as empresas de produção e venda de ração animal, de modo a baixarem o preço do produto, que passa a ser comercializado a um valor unificado e reduzido.

O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva assegurou esta sexta-feira, 24, na Cidade da Praia, que os agricultores e criadores de gado afectados pelo mau ano agrícola podem comprar ração a preço unificado e reduzido em todo o país.

O governante fez este anúncio, no final da assinatura do protocolo de colaboração entre o Governo e as empresas de produção e venda de ração, designadamente, Unidade de Produção de Ração Animal – Rações de Cabo Verde (Upranimal), Moagem de Cabo Verde (Moave), Suinave e Mutivet.

Gilberto Silva adiantou que esta parceria vai permitir produzir e colocar no mercado ração num preço unificado e reduzido a nível nacional permitindo assim o salvamento do gado, uma vez que Cabo Verde está a viver uma das piores secas das últimas décadas.

Entretanto reconheceu a necessidade de implementação de um conjunto de outras medidas, negociações com todos os intervenientes do sector e mobilização de recursos e parcerias nacionais e internacionais.

“Com os fabricantes de ração, o Governo faz de tudo para suprimir aquilo que contribui na estrutura do custo em reduzir ou isentar e da parte deles espera-se a supressão da margem de lucro para podermos colocar a ração a um preço reduzido no mercado”, apontou o ministro realçando que para além dessas empresas tiveram também a colaboração da Electra na questão da taxa de potência e da ARFA.

Adiantou, por outro lado, que o protocolo abrange ainda o vale cheques, que será um instrumento utilizado na bonificação de aquisição da ração junto dos fabricantes e distribuidores, assegurando que este subsídio em conjugação com o crédito sem juros vai permitir que de facto tenham condições de salvar os seus rebanhos.

Na ocasião agradeceu os fabricantes que colaboraram com o Governo, e apelou os outros fabricantes de ração e importadores de cereais e de outras matérias primas que sirvam para o fabrico de ração a seaderirem a esta causa.

Em representação das empresas, Félix Fernandes, da Mutivet disse que neste momento difícil de seca e de mau ano agrícola, é preciso esquecer e colocar de parte a questão do “lucro” e dar as mãos para juntos fazerem o melhor e acabar com os sofrimentos dos animais.

“Se não houver gado, a empresa não funciona e não conseguimos vender ração”, disse Félix Fernandes assegurado que neste momento a prioridade é colocar à disposição dos agricultores e criadores de gado, ração a preço unificado e acessível para se salvar aquilo que ainda resta.

Com Inforpress

Comentários  

0 # Caty Lopes 26-11-2017 14:15
A maior parte dos criadores utilizam o pasto recolhido na alimentação animal e a complementa com a ração numa proporção de 85% de pasto e 15% de ração, para os melhores produtores, sendo a maioria dos pequenos criadores mal utilizam a ração. Com a falta de pasto os criadores são obrigados a alimentar os seus animais com base na ração a quase 100%, o que significa que tem de comprar ração para se manter o seu efectivo animal. Não sabemos com que meios financeiros os criadores terão de se recorrer para salvar os seus animais, sabendo que a produção animal e os seus derivados, não vão suportar os custos de manutenção do efectivo animal, visto não existir palha de milho, palha de achadas e palha da cordeira, bem como um redizido sub-produto do regadio, que também vai sofrer os efeitos dessa seca. Assim, pensamos que o Governo deve evidênciar no sentido de distribuir a polpa de beterraba e pasto importado aos criadores, como se fez na I Republica com as secas registadas nos anos 80. Caso contrario os agricultores vão perder os seus efectivos pecuarios e tiremos de importar mais leite e mais carne. Temos de recorrer a àgua dessalinizada, através de energias renovaveis, modernizar a produção agricola e as pràticas agro-técnicas, provocar a chuva artificial como se faz em muitos paises da nossa sub-região africana e importar a carne de vaca e carneiro dos paises da CEDEAO e que pode ser vendido no nosso mercado a menos de 200.00 o Kg. Temos medo de que muitas comunidades vão passar fome e que muitos, também, vão se aguentar com base em reservas de milho e cereais guardados em tamboros. Os homens rurais são mais organizados, nesses aspectos de reservas nutricionais, do que os nossos politicos da situação e da oposição, que so sabem papaguar para fazer o boi dormir e ressonar ou roncar.
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