A Cabo Verde Connect Services (CVCS) - empresa pertencente a Mário Almeida, ex-director da TACV e que foi criada no ano passado pela empresa portuguesa Lease Fly, em consórcio com o Grupo Newtour e com a Cabo Verde Airlines (CVA), para assegurar as ligações inter-ilhas, apoiando a operação da CVA, então totalmente dirigida para o Aeroporto da Ilha do Sal - anunciou esta terça-feira, dia 10, o início de voos internacionais, que serão assegurados por aviões da companhia portuguesa SATA Azores Airlines.
O anúncio do início das operações coincide com um período de grande indecisão quanto à retoma dos voos da Cabo Verde Airlines, companhia do Grupo Icelandair, cujos aviões estão estacionados num aeroporto norte-americano à espera que passe o período mais agudo da pandemia de covid-19, e numa ocasião em que se sabe que a CVA se encontra totalmente descapitalizada, com o seu acionista islandês também em grande dificuldades financeiras. E a entrada da Cabo Verde Concect na rota Praia-Lisboa, a mais rentável da CVA, poderá ajudar a afundar ainda mais a companhia de bandeira cabo-verdiana, observam alguns analistas.
A Cabo Verde Connect Services apresenta-se hoje no mercado sob a liderança do português Tiago Raiano e do cabo-verdiano Mário Almeida, do Grupo Newtour e ex-delegado da TACV para Europa (a esposa é a actual delegada da CVA para o mercado europeu), e fez o anúncio do seu primeiro voo no dia 2 de Dezembro, entre Lisboa e a cidade da Praia, com um avião do Grupo açoriano SATA, onde está agora Mário Chaves, o português que, ao serviço da Icelandair, esteve um ano a preparar a TACV para a privatização e que inclusive liderou o processo de mudança da linha Praia-Lisboa para Sal-Lisboa, resultando em quebras significativas no número de passageiros e receitas para a CVA.
A rota entre as capitais portuguesa e cabo-verdiana será operada uma vez por semana em aviões Airbus A320 e A321ER da Azores Airlines, “com horários que permitirão aos passageiros fazer o seu voo de conexão para outras ilhas do arquipélago”, segundo um comunicado da CVCS.
Tiago Raiano e Mário Almeida, que integram a Comissão Executiva do Grupo Newtour, também com sede nos Açores, e proprietário do operador turístico português ‘Solférias’, com grande movimento de turistas para Cabo Verde, e da rede agências de viagens ‘Best Travel’, também em Portugal, são os administradores da Cabo Verde Connect Services, sendo Mário Almeida, que já foi diretor comercial da TACV, o diretor-geral da empresa.
A empresa “fornece diversos serviços especializados no sector da aviação” e anunciou hoje que vai lançar no mercado cabo-verdiano “um conjunto de operações aéreas” para os mercados europeus e americanos.
Na primeira fase, a operação vai centrar-se “nas principais cidades europeias, como Lisboa e Paris, e norte-americanas, nomeadamente Boston, onde residem as maiores comunidades cabo-verdianas”.
Para a realização os voos, a empresa contratou a SATA Azores Airlines, “que disponibilizará os aparelhos para a execução do plano de voos que dinamizará a conectividade com as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal”.
Os voos estarão disponíveis para reserva em GDS e permitirão às agências de viagens e operadores turísticos ter acesso “a tarifas a partir de 182 euros (por trajeto)”.
“Acreditamos no potencial das rotas que comercializamos e estamos seguros da qualidade de serviço comprovada que podemos prestar aos nossos parceiros de negócio”, afirmou Mário Almeida, citado no comunicado.
Tiago Raiano, por sua vez, destaca que “para assegurar o sucesso das operações é fundamental esta parceria com a SATA Azores Airlines que, com o seu know-how, qualidade de serviço e experiência comprovada a operar nos arquipélagos e a ligar os Açores ao mundo, se torna um marco de confiança incontornável”.
Ao fim da tarde de ontem, terça-feira, 10, a SATA Azores Airlines confirmou, em comunicado, que tinha sido escolhida para parceiro operacional da Cabo Verde Connect Services, para assegurar um conjunto de operações aéreas.
Para a concretização dos seus objetivos, a CVCS celebrou um contrato com a SATA Azores Airlines, que disponibilizará aparelhos para a execução do plano de voos que dinamizará a conectividade com as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal.
Para a SATA Azores Airlines esta parceria vai permitir manter e assegurar a sustentabilidade das ligações que já eram efetuadas ao Arquipélago de Cabo Verde, através da conjugação de esforços com experientes parceiros que atuam naquele mercado. Esta operação da SATA Azores Airlines continua a dar corpo a uma estratégia de rentabilidade das suas aeronaves no período de Inverno, época cumulativamente deprimida pelo impacto devastador da pandemia de covid-19.
Santiago Magazine/Newsavia
Nesse interegno apenas uma escura e grande incógnita, reforçada por um tão secreto quanto hermético silêncio do Governo, não só sobre os moldes em que o "negócio" foi feito, mas também aquilo que (ainda) é nosso. Companhias "nossas", aviões "nossos", o que nos leva em seguida a questionar que companhia (s) irá (ão) surgir ao invés daquelas, e aparecerão "de pára-quedas" na "cena" dos transportes aéreos (inter)nacionais. Ninguém escapa de ser suspeito (ou mesmo culpado) de conspiração diabólica, utilizando o "drama" da morta-viva TACV/CVA para se catapultar e criar negócios próprios com dinheiros que não se sabe bem de onde vêm, e sobretudo "para onde vão" (ou até se saiba, se calhar, restando apenas saber quem).
Para mim, o sentimento que fica é como a sensação de nos despedirmos, numa cama de hospital, de alguém a quem muito amamos, e que se irá sujeitar a uma cirurgia difícil, com aquela apreensiva e sófrega incerteza de que a voltaremos a ver com vida, apesar de alimentarmos, bem no fundo, essa esperança.
Em ano atípico de covid-19, de polícias matando colegas, de deputtados questionando seus próprios partidos, de presidentes apoiando ditadores e usurpadores de poder, de advogados acusando juízes de aldrabice, de suspeitos sob TIR a serem nomeados embaixadores, estou a tentar decidir o que é que deveria, sinceramente, me causar espanto!
E quem vai beneficiar???
Será que não tem truta aí,????
Depois de infiltrar e espreitar tudo sai e vai ser dono de outra empresa ???
Muita coisa por debaixo do pano
1. O governo de Cabo Verde nao da nenhuma informacao sobre CVA. Isto nao acontece em paises desenvolvios onde Cabo Verde almeja atingir.
2. Existe o problema de traicao a patria, trafico de influencia, conflito de interreses e mafia no verdadeiro sentido da palavra.
3.Ou os nossos governantes sao muito ingenuos/tecnicamente analfabetos ou estao a governar Cabo Verde de ma fe.
3. O Sr. Orlando Sanches ja disse quase tudo.
4. Caramba.
Ninguém é responsabilizado! O dito cujo de fato e gravata passeia pelos corredores dos Ministérios como que nenhum trabique fez?
Em que país e planeta estamos????