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Olavo Correia

Governo apresentou há menos de um mês um plano que prevê o crescimento da economia até 7 por cento nos próximos quatro anos. O FMI acaba de publicar um relatório a contradizer tal cenário: até 2022, o PIB de Cabo Verde não crescerá mais de 4,1%.

A edição de Outubro do World Economic Outlook, divulgado esta terça-feira, 10, estima que este ano o Produto Interno Bruto de Cabo Verde será de 4%, mais 0,1 ponto percentual face a 2016. Esse documento do Fundo Monetário Internacional (FMI) perspectiva ainda que a economia cabo-verdiana deverá crescer 4,1% ao ano nos próximos cinco anos, ou seja, até 2022.

Há menos de um mês, o ministro das Finanças havia apresentado na Praia um cenário bem mais optimista. No passado dia 19 de Setembro, Olavo Correia divulgou ao país o draft do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável (PEDS) 2017-2021, num encontro que reuniu diferentes governantes, parceiros nacionais e internacionais e a sociedade civil.

Esse documento, que mostra a visão do Executivo para o país no médio e longo prazos, projecta uma taxa de crescimento do PIB de 7%, uma redução do desemprego dos actuais 15% para 8,8% e quebra dos indicadores da pobreza na ordem dos 7 pontos percentuais.

“O que queremos aqui reafirmar é a visão do país, o que nós queremos ser daqui a 5, 10 anos”, dissera então o ministro das Finanças, Olavo Correia, aos jornalistas.

Para tal, o Governo prometeu aproveitar as oportunidades que podem estabelecer o país como uma “plataforma de serviços no domínio do turismo, no domínio da economia do mar, no domínio das tecnologias, no domínio financeiro, mas também no domínio dos transportes aéreos e marítimos”.

Ou seja, transformar Cabo Verde num “centro de prestação de serviços à escala global”, algo que o governante considera possível, desde que o país “faça o trabalho de casa ao nível da qualificação dos Recursos Humanos e na criação de um ecossistema propiciador dessa visão”.

Mesmo assim, o FMI perspectiva um cenário menos optimista, ao prever um crescimento da economia cabo-verdiana até um máximo de 4,1% ao ano até 2022.

Comentários  

0 # Djosa Neves 12-10-2017 05:40
A diferença está nos pressupostos que sustentam cada um dos cenários. O Governo conseguirá atingir os seus objectivos se implementar as reformas que pretende. Daí se compreender porque toda a acção politica do PAICV ser direcionada para a OBSTACULIZAÇÃO - É que desconfiam serem esses objectivos alcançáveis, o que é contra os interesses e ambição da actual direcção, assombrada pelos resultados anémicos da Governação anterior e personificada na Ex-Ministra
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0 # Daniel Carvalho 11-10-2017 11:24
Não sou economista, percebo muito rasamente sobre a matéria, que não é exclusiva dos especialistas. Mas essa coisa de se pensar o FMI tem sempre razão, já se provou ser uma falácia em vários cenários.Como semii-leigo na matéria,perguntava, se por exemplo, o presente mau ano agrícola, de todo antes imprevisível, não vai afectar essas metas previstas? Se uma eventual Guerra que ameaça a humanidade não é um factor que pode comprometer todas as previsões do mundo.Pensar que o FMI é dono da verdade, é um erro. Ele tem as suas projecções e o Governo o seu projecto. Mais para diante, nós outros teremos a oportunidade de avaliar, quem tinha razão. Vamos esperar mais um bocadinho, para formularmos mais razoávelmente uma avaliação sobre quem teria razão.
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+1 # ATENTO 11-10-2017 09:21
Sinceramente... Como dizia o nosso herói Amilcar Cabral... "Tell no lies, claim no easy victories.
Traduzindo... não conta nenhuma mentira, não tenha vitórias fáceis.
Na nha ponto de vista nhu começaba dreto, mas kes inverdades la dja começa ta poi nhó ta suja imagem... Pa bem de nhó e de tudo colegas de nhó nhôs pára ku mintiras, nhôs ser realistas pa nhôs pode dado credibilidade e governa em condições.
Keli é ka solução, engana pais ku dados falsos, so pa nhôs pode tenta passa bom imagem, se afinal cenários sta NEGRO em Cabo Verde. Nhõs adimite e nhôs trabadja pa nhôs reverte es quadro NEGRO que dja assombra Cabo Verde.
Nu sta aguarda pa solução credível de nhôs parte.
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