A Cabo Verde Airlines (CVA), privatizada em 2019 e sem atividade comercial desde março, deverá ser redimensionada, em número de trabalhadores e aviões, defende o Governo, representando os 39% do capital social da companhia nas mãos do Estado.
A perspetiva consta dos documentos de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021, quando são conhecidas negociações desde maio entre o Governo e os investidores islandeses que há mais de um ano e meio controlam a companhia aérea para um apoio financeiro estatal, mas ainda sem entendimento.
“O Orçamento do Estado de 2021 deverá criar condições para, conjuntamente com o parceiro estratégico, garantir a salvação da Cabo Verde Airlines (CVA), com redimensionamento do pessoal, da frota e em geral dos custos, adequado e em linha com o volume de operações e ao ritmo da retoma do mercado internacional da aviação civil”, lê-se.
No documento, o Governo afirma manter a aposta na plataforma aérea que em 2019 começou a ser instalada no país – para ligar os voos entre África, Europa e América -, pelo que, “com a retoma da mobilidade internacional, redinamizará o hub aéreo do Sal, cujo conceito deverá ser redefinido no contexto pós-pandemia”.
A administração da CVA não tem previsão para retomar os voos comerciais, apesar da reabertura das fronteiras do arquipélago, e alegou que os níveis de transmissão de covid-19 no país reduzem o interesse turístico.
“É lamentável que, no mesmo dia em que é anunciada a abertura da fronteira [desde 12 de outubro], Cabo Verde registe o maior número de casos de covid-19 jamais registados no país num dia [11 de outubro, 159 casos]. Isto irá reduzir o incentivo para os turistas escolherem Cabo Verde como destino de férias”, alertou o presidente do conselho de administração da CVA, Erlendur Svavarsson.
A posição consta de uma mensagem divulgada terça-feira pelo administrador da companhia aérea, privatizada há mais de um ano e meio e liderada desde então por investidores islandeses, mas que desde março deste ano não realiza voos comerciais, devido à suspensão dos voos internacionais pelo Governo cabo-verdiano, para conter a pandemia.
“A CVA está a envidar todos os esforços para assegurar que possamos regressar a operações eficientes e fiáveis com uma diferença, assim que o ambiente comercial e a situação pandémica tenham diminuído. A abertura de fronteiras estrangeiras e o aumento dos fluxos de passageiros serão as principais métricas para essa decisão”, acrescenta Erlendur Svavarsson, na mesma mensagem.
Cabo Verde registou terça-feira 98 novos infetados com covid-19, elevando o acumulado desde 19 de março a 7.254 casos, com 77 mortos.
Desde as 00:00 de segunda-feira, 12 de outubro, que Cabo Verde reabriu o arquipélago a voos internacionais comerciais, algo que não acontecia desde 18 de março, na sequência da decisão tomada pelo Governo para travar a pandemia de covid-19.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou em 07 de setembro que a negociação para o apoio público à CVA, que em março contava com cerca de 330 trabalhadores e uma frota de três Boeing, “é complexa”, mas garantiu que a companhia, parada há mais seis meses, “continuará a existir”.
Em entrevista à agência Lusa, Ulisses Correia e Silva assumiu que a situação que a CVA atravessa, com o arquipélago encerrado às ligações aéreas internacionais regulares para travar a pandemia de covid-19, é idêntica à da “maior parte das companhias aéreas do mundo”.
“Isto relativamente à não realização de voos e as consequências económicas e financeiras daí advenientes. As soluções de viabilização das companhias no contexto da pandemia do coronavírus não são fáceis na Alemanha, em França, em Portugal, em qualquer outro país e obviamente também em Cabo Verde”, disse.
O chefe do Governo acrescentou que o executivo está a trabalhar com a administração da companhia num “quadro complexo” de apoio, mas deixou a garantia: “Sendo certo que qualquer que seja a decisão final, a CVA continuará a existir e a ser a companhia de bandeira”.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde) por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
O Governo concluiu este ano a venda de 10% das ações da CVA a trabalhadores e emigrantes, mas os 39% restantes, que deveriam ser alienados em bolsa, a investidores privados, vão para já ficar no domínio do Estado, decisão anunciada pelo executivo devido aos efeitos da pandemia.
Com Lusa
1 fica estacionado no fogo em casa do pr da Camara de sao filipe. Jorge Nogueira....... 1 com o Gilberto e 1 na Achadinha em casa do Olavinho....
- Como acho ter alguma razão pessoal, pelos factos que se vêm comprovando diariamente, acerca da característica comportamental do nosso partido no poder, volto a insistir, embora a malta não goste, na mudança do seu símbolo. É que tenho a percepção de que o mpd deve ter sido gerado sob a influência do signo de CÂNCER - CARANGUEJO - pois, esse crustáceo desloca-se mais para trás do que para frente. A sugestão baseia-se no seguinte : em vez de VENTOINHA devia fazer-se representar por esse animalzinho, rodeado pelo seu respetivo círculo, à semelhança dos outros 11 ( onze ).
- Reparem, caros compatriotas, quantos filmes cinematográficos, de todos os gêneros, já se têm realizados e produzidos sobre a TACV depois de 2016 ! Quem tem sido os principais personagens nesses filmes ? Ulisses, Olavo ? O certo é que essas películas aborrecíveis já têm chegado ao seu fim, há muito tempo. Os comentários acerca dos quais serão proferidos na próxima campanha eleitoral em 2021 !!!
Os cartazes sobre os mesmos já estão elaborados, mas por ora e por causa da fobia, ninguém quer ouvir/saber de TACV/CVA. Fobia dos produtores e realizadores dessas desmoralizantes fitas, bem como do Centro Técnico de Produção - MPD !
Obrigado
Casimiro Centeio - PITABOLA