Cabo Verde prevê gastar mais de 176 milhões de euros, cerca de 19.551 milhões de escudos, com o serviço da dívida no próximo ano, um máximo histórico, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2021.
Segundo um documento de apoio à proposta orçamental para o próximo ano, fortemente marcada pelas consequências económicas da pandemia de covid-19, documento que o Governo entregou na quinta-feira na Assembleia Nacional, o serviço da dívida vai aumentar em 3,2 mil milhões de escudos (28,8 milhões de euros), no espaço de um ano.
O total do serviço da dívida – juros e amortizações da dívida - de Cabo Verde, após o Orçamento Retificativo aprovado em julho devido à pandemia de covid-19, deverá chegar este ano a 16.385 milhões de escudos (147,6 milhões de euros).
Em 2021, entre juros e amortizações, Cabo Verde prevê um máximo histórico de 19.551 milhões de escudos (176,1 milhões de euros) para o serviço da dívida, quando dez anos antes, em 2011, esse total foi de 8.296 milhões de escudos (74,7 milhões de euros).
Só com o serviço da dívida, Cabo Verde vai gastar em 2021 o equivalente a 10,1% do Produto Interno Bruto – toda a riqueza produzida no país num ano.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, tem insistido na necessidade de um perdão da dívida externa, para permitir o investimento público necessário à recuperação das consequências económicas provocadas pela pandemia de covid-19 no arquipélago.
A proposta de Orçamento do Estado para 2021 ascende a 77.896 milhões de escudos (706,4 milhões de euros), o que corresponde a um aumento de 27,3 milhões de euros em relação ao Orçamento retificativo ainda em vigor, elaborado devido à crise provocada pela pandemia.
“Nunca o Estado foi chamado a intervir como hoje. E a intervenção do Estado significa gastar”, sustentou o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, depois de entregar na quinta-feira a proposta orçamental no parlamento, indicando a saúde, educação, proteção social e dos rendimentos, e apoio às empresas como algumas das áreas de maior investimento.
Depois de uma recessão histórica, entre 6,8% e 8,5% este ano, o ministro avançou que as previsões apontam para um crescimento económico no próximo ano de 4,5%, mas só se o país conseguir controlar a pandemia e se verificar um desconfinamento em todo o mundo.
Para o próximo ano económico, o Governo cabo-verdiano prevê ainda uma inflação de 1,2%, défice orçamental de 8,8, uma taxa de desemprego a reduzir de 19,2% para 17,2% e uma dívida pública de 145,9% do Produto Interno Bruto.
Cabo Verde vive uma crise económica provocada pela pandemia, com o setor do turismo, que garante 25% do PIB, parado desde março, com perdas que podem chegar aos 70%.
Para o próximo ano, o executivo prevê o aumento do número de turistas, entre 22% a 35%, dependendo do quadro epidemiológico, quer no país, quer no mundo.
Cabo Verde regista um acumulado de 6.125 casos de covid-19 desde 19 de março, com 61 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Com Lusa
Viagens pa tudu cantu di cabo verdi, numa boa.
O ano de 2021 vai ser catastrófico para cabo verde e para os caboverdianos.
2022 pior ainda, claro.
Antes, gostaria de subscrever, na íntegra, os comentários de FRANCISCO RAMOS, CABRA PRETA e TI LOBO .
- É comum ouvir dizer-se por aí que ninguém jamais acredita num mentiroso, mesmo quando fala a verdade. Quem mente uma, duas, três vezes, se não tiver vontade de se corrigir, mente sempre até morrer. Este sujeitinho é mesmo um mentiroso da marca G .
- Costuma-se dizer, na gíria popular, que um panoleiro ( paneiro ) que faz um metro de pano pode fazer uma centena, a questão é ter materiais e tempo.
- É incongruente ouvir frequentemente, através dos meios da comunicação social, que Cabo Verde tem recebido, ou vai receber certas ajudas financeiras de determinados países ou de organismos internacionais, quando deveria ser o contrário, uma vez que Cabo Verde tem dinheiro que nunca mais acaba !!!
- A questão sobremaneiramente preocupante, que todos os caboverdeanos levantam, relaciona-se com o destino dado, ou que se vai dar, sobre essas ajudas ! Onde, quando, como ? Não há controle, não há prestação de contas, não há visibilidade de nada, senão MENTIRAS !!!
- Foi apresentado aqui o montante gasto na ordem de 19,5 milhoões de contos... Só o número não chega. Como acreditar nele se sai da boca de um mentiroso ? Da boca e quem nunca presta contas da gestão das coisas públicas ?
Se chamarmos alguém de mentiroso é porque a razão o motiva ! Pois, é o princípio de causalidade, ou da causa eficiente : não há efeito sem causa !
- Para melhor ilustração, vejamos e analisemos o quadro segunte :
" O QUE A PANDEMIA JÁ RENDEU AOS COFRES DO ESTADO DE CABO VERDE :
-3/Abril/20 -Banco Mundial...USD 5 milhões
-17/Abril/20-União Europeia... " 5 milhões
-20/Abril/20-Nações Unidas... " 120 milhões
-23/Abril/20- Empréstimo no Fundo
Monetário Internac. .. 32 milh.
-25/Maio/20-Emprést. do BAD.......38 milh.
-Organiz. Mundial de Saúde...........570 mil
-Empresas Chinesas sediadas na Praia 76 mil
-Set./20 - EUA...............................1,5 milh.
TOTAL................USD-200.647.500 milhões ( dolares ) !
Onde anda este dinheiro a ser aplicado e em quê, pois os testes PCR foram oferecidos não sei quantos kites.
Ainda continuam a sobrecarregar e a surripiar 14 contos por testes a cada viajante, ninguem viaja nesta altura para fazer turismo. O INPS desta vez não é tido nem achado, serve a todos menos a quem o sustenta... "
Aliado ainda a este facto, voltamos a perguntar : onde foi parar o dinheiro de Olavo que " nunca mais acaba " ? É preciso contradizer que não são mentirosos?
Obrigado.
Casimiro Centeio - PITABOLA
Ora, as cestas básicas distribuídas durante a pandemia foram fornecidas por emigrantes cabo-verdianos, cabo-verdianos residentes , ONGs e lojas chinesas em Cabo Verde, o Lay-off foi suportado pelos descontos feito pelos trabalhadores cabo-verdianos e os testes para deteção do covid19 foram oferecidos pela comunidade internacional.
Então, fastou esse dinheiro onde? Como? Quando?
O povo precisa saber!
Para tecnicil e vossas contas bancárias no estrangeiro? BANDIDO!
Pá modi?