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 enacol

Os lucros da distribuidora petrolífera Enacol, liderada pela portuguesa Galp, aumentaram 2% em 2019, com a empresa a distribuir quase 10 milhões de euros de dividendos, segundo o relatório e contas.

De acordo com o documento, a empresa, que assinalou em 2019 os 40 anos de atividade e que renovou por 30 anos o contrato de concessão da atividade, registou um volume de negócios superior a 17,8 mil milhões de escudos (161 milhões de euros), um crescimento de 9% face a 2018.

Os resultados líquidos da empresa, que conta com 217 trabalhadores, subiram 2%, para 855,4 milhões de escudos (7,7 milhões de euros) de lucros em 2019.

A Enacol é liderada pela Galp, principal acionista, com uma posição de 48,29%, contando na estrutura acionista também com a sucursal cabo-verdiana da Sonangol (38,99%).

Além dos lucros de 2019, a administração aprovou uma proposta de distribuir dividendos que incluem resultados acumulados de 247.182.845 escudos (2,2 milhões de euros). Assim, a distribuição de dividendos da Enacol pelos acionistas, relativos a 2019, ascenderam ao montante total de 1.102.650.000 escudos (quase 10 milhões de euros).

Em todo o ano de 2019, a Enacol adquiriu no exterior 263.904 toneladas métricas de produtos petrolíferos, quantidade superior em 5,5% relativamente às compras do ano anterior, no valor total superior a 13,8 mil milhões de escudos (124,7 milhões de euros), neste caso mais 2,3% face a 2018.

As vendas em todo o ano aumentaram 11,8% face a 2018, superando as 272.192 toneladas métricas, sobretudo gasóleo e gasolina, com a Enacol reforçar a liderança no mercado da distribuição no país, atingindo uma quota de 55,8%.

Com Lusa

Comentários  

-1 # César Isabel da Cruz 14-09-2020 17:03
A quem esteja interessado em entender o conceito, recomendaria a leitura do artigo "O EBITDA nos relatórios e contas das empresas em Cabo Verde", no seguinte link:

https://expressodasilhas.cv/opiniao/2019/10/21/o-ebitda-nos-relatorios-e-contas-das-empresas-em-cabo-verde/66229
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-2 # César Isabel da Cruz 11-09-2020 19:16
Fui dar uma vista de olhos ao Relatório e Contas de 2019 da Enacol, fiquei chocado. Depois de procurar no índice, sem sucesso, fui encontrar o Balanço, a Demonstração de Resultados, bem como os restantes mapas de apresentação obrigatória no ponto 10, “Anexos”. E assim, na Enacol SA, as Demonstrações Financeiras passam a fazer parte do Anexo. Invertem-se os papéis: em vez de o Anexo ser parte integrante das Demonstrações Financeiras, estas é que passam a estar incluídas no Anexo. Dá-se assim mais um pontapé no SNCRF, e na normalização contabilística que o mesmo persegue. E ninguém diz nada.

Eu já venho criticando o ostensivo desrespeito das grandes empresas às normas de divulgação financeira instituídas pelo SNCRF, mas agora acho que se exagerou.

A Enacol continua a divulgar no mapa do Balaço “Ativos fixos tangíveis em curso” e “Ativos intangíveis em curso”, como no revogado PNC, contrariando as novas normas de divulgação do SNCRF (não tão novas assim, porque já têm 11 anos). Continua, também, a divulgar na Demonstração de Resultados por Natureza, em “Juros e ganhos similares obtidos” rendimentos de aplicações financeiras, apurando “Resultados financeiros” que não existem, no SNCRF (isso era no antigo PNC). Esses rendimentos fazem parte do “Resultado Operacional” e devem ser incluídos na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”. Obviamente que, como procedem, o valor do EBITDA fica falseado (isso é recorrente, na maior parte das grandes empresas).

O Ministro das Finanças precisa intervir, e mandar pôr ordem nesta bagunça.
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+2 # Enacol 14-09-2020 10:29
Caro,
Os comentários acima são desprovidos de conhecimento!

A Enacol SEMPRE FOI AUDITADA PELOS BIG FOUR DE AUDITORIA. Utilizar o termo "Chocado" para um relatorio e contas da Enacol so pode ser alguem ridiculo e ultrapassado!

Os mapas estão de acordo com o SNCRF, agora o facto de elucidar uma rubrica não significa que ase está a dar "um pontapé no SNCRF" como referiste acima. No template do balanço de facto não tem o termo "em curso", mas uma vez que esta rubrica tem grande peso, optamos por elucida-lo no balanço, mas é uma informação adicional e conforme o velho ditado tudo aquilo que abona nunca é demais, ou seja é uma informação útil!

No que toca a informação publicada, se tiveres o cuidado, ha um indice com varios pontos e no seu ponto 10 tem a descrição Anexos. Qualquer leigo na matéria sabe que um relatório e contas tem uma estrutura composto pelo relatório de gestão, onde se faz uma apreciação da sociedade e das contas (onde fala-se das rubricas da DR e do balanço) e junto ao relatorio de gestão temos as DFs e o relato. Isto é universal, não estamos aqui a inventar nada!

A DR do SNCRF é o que é, bastante limitado! Se formos discutir o que deve constar ou não como EBITDA será uma conversa longa. A titulo de exemplo as correcções dos exercícios anteriores (positivas e negativas) devem fazer parte do EBITDA? Senão como coloca-la na DR para que não impacta o EBITDA?

Referiste os juros de aplicações financeiras, se me perguntar te digo logo que não é um rendimento operacional e logo não pode impactar o EBITDA! Mas é um mal menor nos números da Enacol!

A Enacol é um empresa cotada na Bolsa e as contas desta empresa são escrutinadas pelos Auditores, AGMVM e Bolsa valores e os dois principais accionistas são empresas de referencia mundial e as contas são igualmente escrutinadas por estes!

Talvez que os seus o objectivo dos seus comentários sejam outros, mas o relatório e contas está "clarinho que nem água de pote".
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-1 # César Isabel da Cruz 14-09-2020 16:48
Caros,

Sou mesmo ignorante. E assumo a minha ignorância. Por isso, estudo as questões, para adquirir conhecimento, e não repetir as carneiradas que vejo por aí.

Quanto às “big four”, é como gosta de dizer um amigo meu: “Fia-te na virgem e não corras!”. Conhecem a história da Enron? Também era auditada por uma “big five”, a Artur Anderson. E saberão, certamente, como as duas faliram. A “big five” fechava os olhos às manipulações pela sua auditada, do valor das suas filiais, para puxar para cima o valor das acções da empresa. Quando a manipulação veio à tona, foi o que foi. E durante muito tempo, questionou-se o valor da auditoria nas empresas.

Pelo vosso comentário, fica-se a ver que, como eu desconfiava, o conceito de EBITDA ainda não é muito inteligível para muitos. E acham que a DR do SNCRF é que “é o que é”. O que é, é que muita gente ainda não entendeu o SNCRF, ainda está no PNC. Os juros de aplicações financeiras são “Rendimento operacional”, sim senhor. Para o SNCRF, todo o activo é operacional, todos os rendimentos são operacionais. O que não são rendimentos operacionais são os juros de aplicações, provisórias, de financiamentos obtidos. Esses juros são deduzidos aos juros pagos, encontrando-se os “Encargos de endividamento líquido”. Vão ver, quando entenderem, me vão dar razão. Aliás, não a mim, porque não fui eu que inventei isso. Simplesmente, entendi , e aplico o que está no SNCRF, que também é a prática a nível internacional.

Não tenho outros objectivos (Não pretendo um emprego na Enacol. Há muitos anos recusei um na Shell). O meu único objectivo, como contabilista, é que se respeite a normalização contabilística preconizada pelo SNCRF, para que todos falemos a mesma linguagem. Não vale cada um estropiar as normas, para as pôr à medida do seu entendimento.
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