As empresas cabo-verdianas já receberam mais de 300 empréstimos com aval do Estado, somando 2.567 milhões de escudos (23,1 milhões de euros), no âmbito das medidas para apoiar a tesouraria dos negócios afetados pela covid-19, anunciou o vice-primeiro-ministro.
Numa nota a que a Lusa teve acesso, Olavo Correia, que é também ministro das Finanças, acrescentou que, além destes financiamentos - apoio em vigor desde abril -, será criada uma linha adicional de apoio com bonificação a 100% dos juros.
Este apoio destina-se às “empresas que se comprometerem com normas de segurança, com a manutenção dos postos de trabalho, com a expansão do negócio, e com a criação de novos empregos”, explicou.
Nesta nova linha, as empresas pagam o capital e o Governo, através do Orçamento do Estado, assumirá os encargos dos juros decorrentes da contratação de empréstimos a serem concedidos no quadro da gestão da covid-19.
De acordo com a informação prestada por Olavo Correia, as empresas cabo-verdianas já receberam créditos no valor de 2.567 milhões de escudos (23,1 milhões de euros), de uma linha cujo aval do Estado ascenderá a 3.300 milhões de escudos (quase 30 milhões de euros).
“No quadro do Orçamento Retificativo, já em vigor, para além das medidas do plano fiscal, o Governo vai continuar o processo de fortalecimento do Ecossistema de Financiamento da Economia para garantir o reforço da liquidez das empresas”, garantiu Olavo Correia.
Com o turismo totalmente parado desde março, setor que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o governante já assumiu anteriormente que durante o ano de 2020 as empresas cabo-verdianas “deverão paralisar ou reduzir drasticamente a sua atividade produtiva, com redução acentuada da faturação e apertos de tesouraria”.
Como exemplos apontou as linhas de financiamento do Banco de Cabo Verde, de mais de 400 milhões de euros, e as linhas de financiamento covid-19 da banca, com 5.000 milhões de escudos (45,1 milhões de euros).
Cabo Verde registava no final do dia 17 de agosto um acumulado de 3.203 de covid-19, diagnosticados desde 19 de março, com 36 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Com Lusa
Como se deveria chamar mesmo?
Há ano me lembro.
De modo que com tantos milhões gostaria de deixar as seguintes questões:
- transportes marítimos, foi um tiro no pé, as coisas não estão nitidamente a funcionar;
- transportes aéreos, foi um tiro no pé, as coisas não estão nitidamente a funcionar;
- porque razão não são pagos às empresas os reembolsos de IVA pendentes e de forma regular?
- alfândega, constantemente com problemas no sistema SIDONIA, pago pelo contribuinte (TAXA ESTATISTICA ADUANEIRA), e que lhe resta apenas esperar;
- enapor, esteve quase um mês sem entregar faturas legais aos clientes (andou a entregar faturas ilegais, cujo NIF da Enapor tem 8 digitos, cuja utilização deixou de ser aceite desde 01-01-2004 (17 anos, portanto), foram ao baú apanhar um livrito para entregar um papelito à malta. Que nos aconteceria se fizéssemos o mesmo?
Sobre a Enapor, ainda gostaria de deixar a seguinte nota, porque razão, e qual foi a base legal, para a Enapor cobrar armazenagem, durante o período em que foi decretado o estado de emergência, visto que as empresas foram obrigadas a encerrar, logo não podiam retirar as suas cargas?
- INPS, também com problemas no sistema, o que aliás é uma constante, só hoje, dia 19-08-2020 pagou as reformas (ou algumas);
Sobre o INPS também gostaria de acrescentar, porque razão, em pleno 2020 o INPS ainda não tem um sistema informático funcional e moderno, e por outro lado participa na estrutura acionista de grande parte dos bancos do país (ex. CECV – maior acionista com 47,21% e BCA – 2º maior acionista com 12,54%), sendo que em alguns deles (NOVO BANCO – 28,28%) entra para retirar apenas prejuízos.
E por falar em NOVO BANCO, até hoje já existiram culpados/condenados? Creio que não, pois não? E vão existir? Não, pois não? Lembro-me do salário luxuoso do PCA, dos créditos atribuídos aos próprios administradores e outras empresas da praça (existe a famosa listagem). No ato de inauguração, a 07-10-2010 o Ex-Primeiro Ministro - José Maria Neves disse “Esta instituição bancária de carácter social surge para apoiar pessoas com escassos rendimentos, as micro e pequenas empresas, as instituições de economia social, as ONG's, e os emigrantes” A sério? A este propósito a também Ex-Ministra das Finanças – Cristina Duarte, na CPI-NOVO BANCO, disse “A criação do Novo Banco ia explorar duas vantagens comparativas, que têm a ver com a exclusão financeira. O Novo Banco ao emergir e direcionado para o segmento da sociedade cabo-verdiana que padece de exclusão financeira, à partida contaria com mercado próprio, fora da concorrência dos bancos tradicionais. A questão que se punha numa perspetiva de negócio: será que a população excluída criaria valor económico? E aí a aposta do governo do PAICV, em este segmento que apesar de excluído do sistema financeiro, com baixa renda, mas tem um grande valor económico e daí a criação do Novo Banco” Existem algumas partes, que são hilariantes. Continuando na CPI-NOVO BANCO, gostaria também de deixar aqui o excerto da justificação da Ex-Ministra das Finanças – Cristina Duarte, para o luxuoso salário do PCA. “Os acionistas utilizaram a grelha salarial da CECV como referência. Era impossível e arriscado contratar quadros com comprovada experiência bancaria, abaixo dos preços do mercado. Basicamente o Novo Banco pegou a grelha salarial da CECV, usou como referência e tentou pautar os seus salários com a grelha da CECV”, hilariante.
Ora bem, vamos ver se entendi bem, o estado entendeu utilizar a grelha salarial da CECV (provavelmente o maior banco de Cabo Verde), como referência para atribuir o salário do PCA do NOVO BANCO (um banco novo e de caracter social, como diziam). Bom já que a Dra. Cristina Duarte é casada com um Italiano, gostaria de tentar fazer uma comparação com empresas do ramo automóvel de Itália, ou seja:
Isto seria a mesma coisa que uma empresa nova do ramo automóvel, recentemente criada em Itália, usasse a grelha salarial da FERRARI, para atribuir o salário do seu PCA, certo? Dra. Cristina Duarte, creio que deve ter faltado às aulas de economia.
Ora com justificações destas e atendendo a que recentemente o secretário-geral da ONU, Dr. António Guterres, nomeou a Dra. Cristina Duarte, como sua conselheira especial para Africa, fico preocupado com a forma como o nosso país se faz representar por esse mundo fora, e com os conselhos que o Dr. António Guterres vai receber. Será que vão usar as grelhas salariais de Singapura para o Sudão do Sul?
E enquanto isto, por onde andam os nossos atuais governantes? À sim, em inaugurações (em vez de resolverem os problemas do país), isso sim é que interessa, manter a cadeira quentinha, nem que para isso, se façam inaugurações de obras de obras que mal começaram e com aglomerações de pessoas, ao contrário do que pedem para o Zé Povinho fazer, enfim é isto que temos e será que é isto que queremos?
Mais tarde podemos também abordar temas do SNS (uma desgraça), e sobre as múltiplas empresas e institutos públicos que são criados diariamente em Cabo Verde, que apenas servem para criar mais uns quantos tachitos. Ainda que alguns possam fazer sentido, pergunto se esta era a altura indicada para o fazer? Creio que não.
Nha Béx, Tecnicil, Jornal O País, Farmácia Tony Santos, etc,etc...bá da ku pedra, tosco di [censurado]....