O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, afirmou esta sexta-feira, 31, que sem a intervenção do Estado a Cabo Verde Airlines (CVA) “desaparecerá”, mas garantiu que esse apoio será em função da responsabilidade que detém no capital social da companhia.
“Sem o Estado a intervir na empresa, como acionista, a empresa desaparecerá, temos de ser claros nessa matéria. É assim em Cabo Verde, é assim em Portugal, é assim na Alemanha, é assim na Inglaterra e é assim na maior parte dos países”, afirmou Olavo Correia, que é também ministro das Finanças, ao intervir no parlamento, no anual debate sobre o estado da Nação.
Em causa está uma companhia privatizada em março de 2019, liderada desde então por investidores islandeses, em que o Estado ainda detém uma participação no capital social de 39%, mas que está parada há mais de quatro meses devido à pandemia de covid-19, com a suspensão de todos os voos internacionais para o arquipélago.
“O Estado é ainda acionista da empresa. Aliás, a nossa estratégia inicial era privatizar 100% da empresa, mas é óbvio que neste contexto será de todo impossível privatizarmos a empresa a 100%”, afirmou Olavo Correia, quando questionado no parlamento sobre o futuro da companhia aérea.
Há várias semanas que são conhecidas negociações entre o Governo e a administração da CVA sobre o apoio estatal à companhia, ainda sem entendimento, numa altura em que a retoma dos voos internacionais em Cabo Verde é perspetivada para agosto.
Contudo, o vice-primeiro-ministro deixou o aviso: “O Estado só intervirá na medida que é a sua responsabilidade no capital social da empresa. E isso é uma obrigação do acionista”.
Acrescentou que é necessário encontrar no curto prazo “uma solução para viabilizar a empresa, até que o mercado da aviação internacional se recomponha”.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde) por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
O Governo cabo-verdiano concluiu este ano a venda de 10% das ações da CVA a trabalhadores e emigrantes, mas os 39% restantes, que deveriam ser alienados em bolsa, a investidores privados, vão para já ficar no domínio do Estado, decisão anunciada pelo executivo devido aos efeitos da pandemia.
“No curto prazo, tendo em conta as implicações da covid-19 na aviação civil, o Estado não pode sair da empresa. Pelo contrário, o Estado tem de assumir o seu compromisso com a empresa para a poder transformar numa empresa saudável financeiramente e colocá-la ao serviço da economia cabo-verdiana”, sublinhou Olavo Correia.
Explicou que a “solução” para a CVA terá de permitir a sua transformação numa empresa “sustentável” e ancorada na ligação à diáspora, ligação aos principais destinos na Europa e em África, mas também utilizando a companhia para “ajudar à retoma económica” do arquipélago.
A administração da CVA esclareceu esta semana que a recente aprovação de uma garantia estatal de 12 milhões de dólares (10,2 milhões de euros) foi uma “formalidade” de um empréstimo anterior e que a companhia necessita de nova injeção financeira para “melhorar a liquidez”.
Questionado pela Lusa sobre o aval aprovado pelo Governo cabo-verdiano ao empréstimo, o conselho de administração explicou que essa garantia “não faz parte da discussão futura de financiamento em andamento entre os acionistas”.
“Essa garantia do Estado é apenas uma formalidade final entre o Estado e o banco IIB, exigida em conjunto com a participação do Estado nas contribuições anteriores dos acionistas à companhia aérea. Por esse motivo, a garantia do Estado não disponibilizará mais fundos em dinheiro para a companhia aérea no momento”, esclareceu a companhia.
Contudo, a administração assume que aguarda com “expetativa e esperança” de que “outras ações sejam tomadas eminentemente pelos acionistas da companhia aérea, a fim de melhorar a liquidez atual da empresa em benefício de seus funcionários, credores e todas as demais partes interessadas”.
Antes da crise provocada pela pandemia de covid-19, a administração da CVA já tinha apontado que a companhia necessitava com urgência de um empréstimo de longo prazo para garantir a sua operacionalidade.
A CVA transportou quase 345 mil passageiros no primeiro ano após a privatização (01 de março de 2019 a 28 de fevereiro de 2020) de 51% da companhia, um aumento de 136% face ao período anterior, segundo dados fornecidos à Lusa pela empresa.
Com Lusa
Eu acredito na sua boa fé e reconheço o seu esforço e empenho, mas tem de reconhecer também que muitas coisas não vão bem. Não é só na aviação civil. Podia referir-me à política orçamental, à política fiscal, à política monetária, etc., mas também, às micro, como política industrial, agropecuária, pesca, etc. Não posso dizer que o governo padece delas, porque, mesmo sendo más, políticas sempre existem, embora, às vezes são tão básicas e incipientes que dá vontade ignora-las.
Como acima disse, acredito na sua vontade em fazer que as coisas aconteçam e que aconteçam bem, mas julgo que precisa mudar urgentemente o seu entourage e mudar de ares. Às vezes é preciso ouvir quem não esteja de acordo connosco, que tenha visões divergentes, os No, Man! Mormente, os que estejam fora da esfera partidária, sem interesse pessoal acima do nacional.
Francamente julgo que foi mal assessorado em muitas matérias e, aviação civil, é certamente uma delas. Mas, nunca é tarde de mais, enquanto haja vida.
A gestão do transporte aéreo está sendo um desastre.É preciso rever tudo, tanto o domestico como o internacional. Urge uma solução mais eficiente e que sirva efetivamente o país. Tanto a Binter como a CVA falharam.
Se a CVA não sobrevive sem a intervenção do Estado, que morra, pelo menos morre sozinha e não leva o país com ela. Agora, padecendo permanente e eternamente de subvenção do Estado para sobreviver, é insustentável.
Sei que é preciso coragem, muita coragem mesmo, mormente, para enfrentar interesses internos instalados, mas a julgar pelo ónus que o país está a suportar, mais vale, precipita-la à morte. De qualquer forma a CVA pouco tem servido ao pais, nem em termos de rotas nem em termos tarifários. As tarifas continuam altas para os cabo-verdianos. As rotas tradicionalmente étnicas não são operadas. Praia, Boavista, S. Vicente, Dakar. As eventuais externalidades não são melhor distribuídas. Não as podemos concentrar no Sal.
Eu sei que existem várias alternativas e propostas, muitas delas não de hoje, basta decidirem. Veja as da TAAG, da Guiné Equatorial. Open the Sky, escancarem-na, principalmente a rota RAI-LIS, que tem sido um monopólio da TAP e da qual ela usa e abusa. Compare as tarifas que ela pratica em rotas com "bloco hour" muito mais longa do que Lis-Rai. Todos que quiserem vir operar que venham, que sobrevivam os mais eficientes, os melhores. E verá que os emigrantes, os turistas, os homens de negócio, os académicos e investigadores virão mais, para todas as ilhas, mais empresas de catering aparecerão, as externalidades serão para todos. Talvez nem venhamos a precisar de companhia de bandeira.
Finalmente Sr. Ministro, voltando à carga, reveja o seu entourage e a sua assessoria, uns não tem estado à altura das suas competências, outros só lhes interessa o que podem levar ao bolso. Amigos... negócios à parte.
« Se a CVA não sobrevive sem a intervenção do Estado, que morra, pelo menos morre sozinha e não leva o país com ela. Agora, padecendo permanente e eternamente de subvenção do Estado para sobreviver, é insustentável.» kkk boa Sr. Consul
https://santiagomagazine.cv/index.php/sociedade/4826-amadeu-oliveira-a-ministra-da-justica-nao-fez-nada-de-util-janira-e-um-bluff-ha-juizes-gatunos-e-uma-aldrabice-total
Ponham a claro o acordo de privatização que fizeram para que todo o mundo conheça as cláusulas, principalmente as confidenciais.
Neste negócio de privatização, o único que ganha é a Icelandair com aluguer de 3 aviões Boeing 757-200, ao preço mensal de seiscentos e tal mil dólares por cada avião. Três vezes mais do que o preço atual no mercado Internacional de aluguer de aviões.
Portanto só com aluguer de avões a Icelandair recebe por mês, cerca de dois milhões de dólares ($2.000.000), qualquer coisa como cento e oitenta e sete mil e setecentos contos CVE (187.700.000).
E olhem que esta é a primeira despesa a ser paga pela CVA, razão pela qual quem controla todo o produto de venda da CVA é a Icelandair, a partir de Reykjavik, (capital da Islândia).
Pouco importam com pagamento de salários aos funcionários, à ASA, INPS, FINANÇAS, CVHANDLING, ASA ou à IATA.
Privatização assim, para que serve?
Os governantes gostam de afirmar de que no ano de 2019 a CVA transportou 345.000 passageiros. Falta-lhes dizer que mesmo assim a CVA perdeu e muito neste negócio, pois a tarifa praticada para levar e trazer os Brasileiros à Europa não dava para cobrir sequer metade dos custos operacionais.
Diz o Ministro da Economia que Cabo Verde ganhava com externalidades, como Companhias petrolíferas, hotéis, restaurantes, etc. Esta, gostei de ouvir. Ter um negócio a funcionar que nem dá para pagar salário aos seus funcionários, mas é muito bom, porque permite a outros ganhar alguma coisa.
Para terminar, uma sugestão, como Cabo-verdiano;
Ponham fim imediatamente a este negócio arruinador para Cabo Verde.
Aprendam com o que o Governo Português fez com a TAP. Injetou recursos, mas passou a mandar na TAP.
2. A pergunta que se impõe fazer é, qual foi o destino de tanto dinheiro avalizado em menos de 1 ano (32 M Euros) e de o, que o governo está inclinado a disponibilizar?
3. Vem o Armindo, financeiro, esclarecer, em contramão com a info veiculada pelo governo, que o montante ora avalizado não é para gastos futuros, mas sim, para cobrir um empréstimo (12 M USD) já concedido à CVA pelo IIB e que estava descoberto, pelo que a CVA necessita de nova injeção para arrancar e suster-se nos próximos tempos.
4. De novo, a pergunta - Para quê? Tudo indica que entramos num poço sem fundo, e o governo está ser arrastado para um abismo financeiro sem precedentes.
5. Compreende-se e, aceita-se, que certos governantes, políticos, não dominam o negocio da aviação civil, e por isso, assumem estratégias e tomam decisões nem sempre, mais acertadas ou economicamente racionais. Mas o mesmo não se aceita, de pessoas, cabo-verdianas, experientes, com muitos anos da aviação civil e que estão na Companhia, caso do Armindo, do Raul A, etc., que afinal, não se sabe para quem estão a trabalhar.
5. Por mim, a decisão mais acertada é deixar cair a CVA. Nem mais um centavo.E criava uma nova Companhia, de raiz, com objetivos específicos, estratégias comerciais e financeiramente rentáveis, gestores criteriosamente escolhidos por concurso internacional.
6. Contrariamente ao que alguns gurus da praça em tempos afirmaram, a aviação não é nenhum monopólio natural. Pura ignorância técnica. Pode-se criar uma companhia sem grandes investimentos.
7. Pode-se sim, fazer funcionar uma companhia com custos controlados e rentável. Essa nova Companhia, não precisa ter aviões próprios, bastava alugá-los na modalidade ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance) e preocupar-se basicamente com o essencial, i e, na comercialização dos voos, o que requer uma estrutura mínima, sem grande investimento inicial. O quadro de pessoal seria estritamente dimensionado às necessidades essenciais. Nada de militantes nem de amigos. A rede de rotas e gestão tarifária devem obedecer rigorosamente critérios de rentabilidade. Nada de aventuras. Nada de interesses obscuros. Não é rentável,deixa pra lá. No fim, essa nova companhia funcionava como uma agencia de viagens. Contrata chanters (ACMI), paga os custos operacionais, que são mínimos, e vende bilhetes.
8. Esta solução seria adoptada até que a companhia se estabilize. Uma vez estabilizada pode pensar em outros voos, com pés bem ficados no chão, cabeça levantada e visão comercial.
9. Experimentem e verão que funciona, pode ser a tábua de salvação.
Isso aí meu caro.
Cheira a pólvora esta ficção toda e um CVA/LEAKS precisa-se urgentemente e sem dúvidas algumas.
CV mesti de um companhia pa poi alguém como máximo na Portugal, talvez na Porto ki custos é mutu más barato e dexa kenha ki cre bai otus destinos panha otus aviões.
Um pa PT, um pa Merca, na aeroporto más barato tb, e um pa Dakar. O resto é conto li sta sainu mutu carro.
De resto, TAP tem voos pa Praia tudo semana (4 nes tempos de pandemia), é pmd é debi sta ganha algum cusa. Anos go nu cre à força poi alguém a passa pa Sal. Pmd?
De resto kes estatísticas a vulso de aumento de passageiros, de voos, etc., se ca traduzido em aumento de lucro, é ca ta significa nada pmd nos ki sta financia kes viagens lá. Estória de externalidades ki Ministro bem cual lá é só ca si. Tudo kal ki é papia oras ki bem djobedu em referência a rentabilidade (se tem) de CVA deve ser menos do que kel ki Estadosta ta poi lá.
Saldo de Icelandair sobre CVA é de 37.000.000 USD em contra partida de 1.000.000 ki é paga CVA. Keli é maior negócio ki tem na mundo. Ami tb nh cre, nhos ranjan.
- Perdoai, meu Deus do Céu este infeliz, porque positivamente não sabe o que diz !
Há tanto descaramento nesta terra que até Monte Cara, em S. Vicente, está chorando dia e noite, de tristeza e traição que enlutam o nosso país,outrora repleto de morabeza !
Diz-se, lá pela banda onde Judas perdeu o seu pé de botas, que o Diabo e Satanaz é a mesma criatura. A única diferença é que o primeiro ( o Diabo ) tem manias, quando de boa fé, de grande filantropo - que se aparenta ao amor e simpatia aos homens, prometendo-lhes melhorar a sua vida e a sua sorte. Enquanto o segundo ( o Satanaz ) é um escarnecido misantropo, um ditador de marca registrada, ardiloso, de sorriso cínico e traiçoeiro, mentiroso e anti-social !
- II -
Mpd quer tratar-nos de insetos, pelo que tende pulverizar-nos com a inseticida da sua linguagem política, para que possamos comportar-nos indiferentemente, com medo, face à sua incompetência, negligência, irresponsbilidade e aos seus atos de nepotismo, corrupção e de lesa-pátria, características estas que evidenciam e definem a sua desgovernação !
Senhor Vice, nós estamos todos os dias a perguntar se governar um país é a mesma coisa que ter a função de um ecónomo (dispenseiro ou mordomo ) de uma mansão ? Não temos tido a resposta, pelo que continuamos a perguntar, visto que não conseguimos aguentar mais o vosso sarcasmo. Todas as coisas têm um limite : os senhores já passaram as raias inadmissíveis ha muito tempo !
Senhor Vice, os meus pais ( que Deus lhes dê um descanso feliz ) me ensinaram que o homem que faz oração de macaco, isto é, que fala por entre dentes, não é e nunca é de confiança ! Desculpe, com o devido respeito, mas não acreditamos em si/vós, a menos que nos prove que Cabo Verde tem esse tal dinheiro que nunca mais acaba !
Obrigado.
PITABOLA
O RESTO QUE VEM A SEGUIR E MENTIRA... é assim na Alemanha, é assim na Inglaterra e é assim na maior parte dos países”, afirmou Olavo Correia, que é também ministro das Finanças, ao intervir no parlamento, no anual debate sobre o estado da Nação. Afinal para que quisemos investidores estrangeiros para que viessem usufruir do dinheiro de contribuentes caboverdianos. O que estao a fazer com a CVA e mil vezes pior do que faziamos com os TACV. Antes tudo ficava em CV mas agora tiramos da boca do homem caboverdiano e entregamos aos abutres islandeses. Olavo parece ter a cabeça metida no rabo e nao sabe o que fazer. Ja ninguem acredita nas tuas palavras vazias de conteudo e seriedade