Pub

 olavo correia28

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, defendeu esta segunda-feira, 27, uma “reconversão” da dívida de 600 milhões de euros a Portugal em “investimentos estratégicos” no arquipélago, em “condições” que sejam “do interesse” de ambos os países.

A posição foi assumida por Olavo Correia, depois de receber o novo embaixador português em Cabo Verde, António Albuquerque Moniz, tendo sublinhado que Portugal “é um parceiro estratégico”.

“É o maior credor da dívida externa cabo-verdiana, entre financiamento bilateral e operações com a banca. Estamos a falar de aproximadamente de 600 milhões de euros”, reconheceu o governante, acrescentando que a abordagem, no futuro, passa pela “reconversão dessa dívida em investimentos estratégicos nos mais diversos domínios”.

“Do digital, à transformação agrícola, das energias renováveis, da educação, da transformação de Cabo Verde enquanto país plataforma, mas também a inclusão social e da promoção da qualificação das instituições. Uma reconversão em condições que poderão ser do interesse de Cabo Verde e de Portugal”, sublinhou Olavo Correia.

Cabo Verde vive já uma crise económica provocada pela pandemia de covid-19, com o setor do turismo, que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB), parado desde março. Para colmatar a falta de receitas fiscais e face ao aumento das despesas com prestações sociais e cuidados de saúde, o Governo anunciou que já negociou moratórias para o pagamento da dívida do país.

A intenção de “reconversão” da dívida a Portugal, que o vice-primeiro-ministro não concretizou, é uma “abordagem” que, afirmou ainda Olavo Correia, o Governo quer levar “aos demais parceiros bilaterais do país”.

Recordou que a dívida externa do país ronda atualmente os 1,6 mil milhões de euros, com a previsão de chegar aos 150% do PIB em 2021, devido aos efeitos da pandemia de covid-19.

“É essencial que na estratégia 2030 (programa a médio prazo lançado pelo Governo), possamos enquadrar a dívida, particularmente a dívida externa, porque, pelos dados que dispomos, Cabo Verde precisa investir, até 2030, mais 500 milhões de contos (4,2 mil milhões de euros) nos mais diversos setores e isto não será possível com o nível de dívida pública que temos no nosso balanço”, reconheceu ainda Olavo Correia.

Daí que, para o ministro que tutela as Finanças, seja necessário um “espaço orçamental” para que o país continue a investir, “não só nas áreas da inclusão social, que têm a ver com investimentos imediatos, como em setores que são também fundamentais, num curto prazo”, apontando como exemplos a saúde, o saneamento, o setor digital, a qualificação os recursos humanos ou o acesso à água.

Com Lusa

Comentários  

+1 # Lurdes Barnabé 29-07-2020 10:04
É o mais acabado exemplo de chico-espertismo. Pegam no dinheiro e distribuem entre os ociosos camaradas amigos, para acumulação de capital primitivismo e depois vem chorar que não ha dinheiro. Todos os dias enterram o dinheiro Num cancro que se chama Cabo Verde Airlines e outros elefantes brancos. Olavo não disse que havia dinheiro para nunca mais acabar? Investir Num país sep justiça? Resolvam primeiro a roubalheira de terrenos e o processo/denúncia do Dr. Amadeu Oliveira. Coisas de comunistas convertidos, em cima dos joelhos. Deixem-nos em Paz, seus malandros!
Responder
0 # Falabarato 29-07-2020 05:23
Este é um grande vendedor da Banha de Cobra. Quem comprar os seus blá-blas que se lixe.
Responder
+3 # Cidadão Prejudicado 28-07-2020 20:00
Este nosso governo é uma autêntica comédia. É uma tirada à Chico Esperto! Uma vez que sabe que não consegue pagar a dívida e, para não declarar default / bankrupcy, vai propor aos credores transformar a dívida em investimento! Quem lhe disse que os credores estão interessados em investir num país falido?! Sinceramente, um governo de espertalhões.
Responder
+1 # Beny Fernandes 28-07-2020 23:40
Parece-me que o Sr. Ministro de Finança quer vender uma das Ihas de Cabo Verde a Portugal!!!!
Responder
-2 # bom 29-07-2020 10:49
Eu sou de S.Vicente e não importaria nadinha que ele vendesse S.Vicente a Portugal. Era matarmos vários coelhos de um so cajadada. Vermos livre da Praia seria o mais importante deles. E outrossim qualquer pessoa para vir para S.V. teria que ir por na fila no Centro Comum de Vistos para tomar visto ou ir mendingar um vistinho na porta de Consulado de Portugal. SEria bonito.
Responder
0 # Pedro Paulo 29-07-2020 22:35
CContinue delirando. Faz bem a egos lunáticos
Responder
0 # Pedro Paulo 29-07-2020 22:34
Continue delirando. Faz bem a egos lunáticos
Responder
0 # Sergio Corra 28-07-2020 16:00
O governo do MPD, o lema do 2016 foi "soluções para Cabo Verde" apresenta agora, no final do mandato, muitas "soluções" no final há sempre muitas ideias, e preciso ter ideias quando há tempo para implementação, e não quando já e' time-out.
Responder