Pub

 aguas santiago

O Governo vai investir de 771 mil contos para entrar no capital social da empresa intermunicipal Águas de Santiago (AdS), com uma quota de 49%. A anúncio foi feito esta segunda-feira, 8, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

O entendimento foi fechado, numa reunião na cidade da Praia entre o Governo e os presidentes das câmaras municipais da ilha de Santiago – que concentra cerca de metade da população do arquipélago.

O "nosso principal interesse é a melhoria das condições de mobilização e distribuição da água, bem como a qualidade do mesmo para as pessoas. O acesso à água é um direito humano muito importante que o Estado deve assegurar à população, para que possa viver bem e desenvolver as suas atividades económicas”, anunciou Ulisses Correia e Silva, numa mensagem divulgada após a reunião de hoje, que concluiu as negociações que estavam em curso entre o Governo e os nove municípios da ilha de Santiago.

De acordo com o primeiro-ministro, o Estado vai investir 771 mil contos (sete milhões de euros) para passar a ter uma participação de 49% do capital social da AdS.

“Uma decisão acertada que vai aumentar os investimentos em redes de mobilização da água e da sua distribuição, mas também da mobilização de energia alternativa para fazer diminuir o preço da água, assim como melhorar a gestão da empresa e sua capacidade de resposta”, justificou o chefe do Governo.

A empresa pública intermunicipal AdS foi criada oficialmente em maio de 2014, no âmbito da reforma do setor de água e saneamento promovida pelo governo de Cabo Verde em parceria com os municípios de Santiago e o MCC - Millennium Challenge Corporation, dos Estados Unidos da América.

Com sede na cidade de Assomada, município de Santa Catarina, a AdS tem como acionistas todos os municípios da ilha de Santiago.

Com Lusa

Comentários  

+2 # César Isabel da Cruz 15-06-2020 15:39
Na verdade, o Governo não investe coisa alguma na AdS. A cena é assim: a Electra deve ao Estado o que não pode pagar; a AdS deve à Electra o que não pode pagar; o Governo converte a dívida da AdS para com a Electra em participação do Estado no capital da AdS; melhora-se os indicadores financeiros de ambas as empresas, e a AdS deixa de se preocupar com a Electra, no imediato; depois, a AdS vai continuar com os mesmos problemas de ineficiência, e a acumular nova dívida para com a Electra; depois o Estado volta a converter dívida em capital; depois …
Responder
-1 # atento 17-06-2020 22:47
Nem diga mais César, porque senão a roma cai :), depois........kkkkk, nada para acrescentar, disseste tudo :)
Responder
0 # pedro amado 10-06-2020 13:29
onde para os crmis de peculatos registado ha ja algum tempo,em que estava o sr francisco tavares e mais tres denuciados pelo ministerio publico?
Responder
0 # Fantonneli Mariah 09-06-2020 20:42
Se se não controlar as perdas técnicas como alguém fez questão de referir, nem o governo nem ninguém conseguirá fazer com que a AdS seja sustentável. Às vezes fica a impressão de que existe concluídos para não desmantelar os roubos da água de uma forma vergonhosa e aos olhos de todo o mundo, enquanto bairros vizinhos onde se rouba água, ficam a ver o navio a passar.
Responder
0 # corona 09-06-2020 20:36
Mas quem é capage de parar essa robalhera na cabo verde?
Tem ki ser paicv otru bess!
Responder
+1 # SÓCRATES DE SANTIAGO 09-06-2020 16:23
Faço meus os comentários dos Senhores Poirot e António Pedro Borges, ao que parece, dois experts na matéria.
Responder
0 # Poirot 09-06-2020 09:09
A empresa ADS foi criada sobre pressupostos errados, pelo menos no que tange à parte rural da ilha de Santiago. Se se der a qualquer pessoa que vive no meio rural aqui em Santiago a opção de escolha entre os Serviços Autónomos de Água e Saneamento (SAAS) e Água de Santiago AdS) muito provavelmente a escolha cairia sobre o SAAS.
O que acontece no meio rural aqui em Santiago é que existe uma linha tênue, para não dizer invisível, entre a água para consumo doméstico e a água para a pecuária familiar.
Uma família que vive em Ribeirão Chiqueiro (idem para mais de 80% das localidades rurais de Santiago) por falta de opção em termos de ponto de água, é obrigada a usar a água da rede doméstica para dar de beber aos seus animais (galinha, porcos, cabras, …). É evidente que em questão de dias o seu consumo ultrapassa os 6 m3 e logo a sua água é faturada a 345$00 o m3. Como consequência a família é colocada sob pressão. Ou terá de se desfazer dos seus animais o que é impossível para as famílias rurais ou deixam de honrar os seus compromissos junto da AdS colocando a empresa em má situação ao nível financeiro.
Tudo isso, tão somente porque o diagnostico inicial não foi suficientemente holístico para perceber a realidade da ilha.
A solução passa forçosamente por revisitar o “negócio” da AdS, introduzindo a componente água para agropecuária. Caso contrario, não tardará os municípios vão começar a abandonar esse projecto já que existe um descontentamento em relação aos serviços prestados tanto a nível dos “donos da empresa” as Câmaras Municipais como a nível dos seus clientes.
Responder
0 # Cidadela 08-06-2020 18:08
É desta que vamos ter água nas redes em Cidadela. Será que ninguém quer Saber do povo de Cidadela. Esperem para verem . As eleições eestão à porta . O povo de Cidadela acredita que os governantes vão ter pena e consciencia para mudar tal cenário. Queremos o líquido mais precioso que julgamos ter direito.
Responder
-2 # António Pedro Borges 08-06-2020 17:54
Embora reconheça que a empresa tem necessidade de dinheiro vivo para poder fazer os investimentos necessários, tenho sérias dúvidas se isso irá resolver os problemas da AdS. Para já, contraria o espírito da reforma do sector que preconizava uma gestão empresarial independente dos poderes políticos, como eram os SAAS.
Por outro lado, a ideia de a ADS não herdar os problemas dos SAAS, não funcionou bem desde o início.
As perdas administrativas e técnicas continuam e os investimentos na extensão da rede de distribuição ainda estão à espera. Não se compreende como é que um bairro como Cidadela (onde as pessoas podem pagar) continua sem acesso à rede.
Responder
-2 # Aniceto Semedo 08-06-2020 16:37
A ADS é uma empresa que nasceu mal e vai continuar mal. Foi criada com objectivo claro de melhoria de condiçao de abastecimento de Agua as populaçoes da Ilha de Santiago. No entanto, recebeu muitos problemas das Camaras Municipais e dificilmente consegue libertar desses problemas. Por exemplo, em Sao Domingos existem muitos desvios de agua que a Camara tinha conhecimento e tomou medidas a alguns. Existe um cliente com reservatorio no chao abergando grande quantidade de agua, no entanto nao paga o valor que ultrapassa 2 toneladas mensal. Localizada ao lado do Posto Policial de Sao Domingos, com ligaçao da Rede Geral onde agua passa sempre, cultiva uma AREA atraz da sua casa. Muitas vezes pessoas comentam que esse senhor tem um furo em cima do seu predio e sem lhe custar nada. O pessoal de ADS conhece esta situaçao e nunca faz nada enquanto muitas localidades recebem agua commuita dificuldade.
Responder
0 # duquespada 09-06-2020 11:11
Afinal, o que faz os serviços internos de controlo da ADS!? Apenas ganhar dinheiro!?
Responder